Concorrência entre empresas é essencial para manter os preços baixos e não elevar ainda mais a inflação, afirma Autoridade da Concorrência.
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Autor: Redação
Para a Autoridade da Concorrência (AdC) a concorrência saudável entre empresas é necessária para combater a inflação, caso contrário os preços irão tornar-se cada vez mais elevados. Afirmou que o papel da concorrência é essencial "na proteção do poder de compra em tempos de inflação", acrescentando ainda que "em tempos de crise, mercados competitivos e uma aplicação eficaz da lei da concorrência têm um papel essencial a desempenhar. A concorrência é fundamental para manter preços baixos para os consumidores."
"Ainda que a política de concorrência não tenha como objetivo dar resposta à inflação crescente a curto prazo, pode contribuir para alcançar uma recuperação económica mais sustentável, com custos mais baixos". A AdC enfatiza ainda que "tanto a inflação como a falta de concorrência conduzem a preços mais altos e uma economia mais competitiva pode influenciar as políticas macroeconómicas e a dinâmica da inflação", afirmou o regulador em comunicado.
Margarida Matos Rosa, líder da Autoridade da Concorrência, evidência que "mais concorrência nos mercados de produtos leva a preços mais baixos através de uma pressão descendente sobre as margens de lucro e sobre os custos", e que "esta relação implica que a concorrência pode reduzir os preços e contribuir para conter a inflação", destacou que "reformas que aumentam a concorrência nos mercados de trabalho e de produto podem reduzir o grau de rigidez dos preços e, no que lhe concerne, ajudar as políticas de estímulo ou estabilização a serem mais eficazes".
Perigo no controlo dos preços administrativos é uma preocupação, e a Adc afirma que "em tempos de inflação, existe uma maior propensão por parte dos governos para a implementação de controlo administrativo", a AdC julga que as medidas podem traduzir-se em "riscos para a concorrência, uma vez que os controlos de preços distorcem os sinais de preços no mercado e podem conduzir involuntariamente à escassez de oferta e a ruturas na cadeia de valor".
Segundo o regulador, "o limite de preços pode funcionar como um ponto focal de conluio se for fixo demasiado alto em relação aos custos de produção das empresas", contudo, informa que "a imposição de um limite a um nível artificialmente baixo, que não permita às companhias recuperarem os seus custos, pode desencadear a saída de empresas, particularmente as de menor dimensão", para além de "enfraquecer os incentivos para a entrada de concorrentes no mercado", concluindo "Os controlos de preços", conclui, "distorcem os sinais de preços no mercado e podem conduzir involuntariamente à escassez de oferta e a ruturas na cadeia de valor".