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Crédito habitação jovem: tudo o que tens de saber

17 ABRIL 2024
Tópicos
Dicas Imóveis Bancos Euribor Taxas de Juro Comprar Casa em Portugal Preço das Casas Prestação da Casa Spread Taxa de Esforço Crédito Habitação Despesas Proprietários Jovens
Comprar uma casa é um passo que muitos jovens sonham realizar. Descobre tudo o que deves ter em conta para pedir este financiamento.
Crédito habitação jovem: tudo o que tens de saber
Fonte: Freepik
Autor: Redação

O crédito habitação jovem é um apoio de financiamento concedido por instituições financeiras para ajudar jovens com idades entre os 18 e os 35 anos a comprar uma casa. É um conceito muito simples de entender, pois trata-se de um crédito habitação semelhante ao tradicional com pequenas diferenças e condições especiais, que podem significar benefícios para os jovens que queiram dar o passo de comprar uma casa

Avançar com a compra de um imóvel atualmente pode significar encargos avultados que nem todas  as carteiras conseguem aguentar, e por isso é que existe uma modalidade específica para os mais jovens.

Como funciona o crédito habitação jovem?

É importante que reter que, caso estejas a pensar avançar com um pedido de crédito habitação jovem, tenhas em conta que existem critérios que deves preencher para seres considero elegível à concessão deste empréstimo, nomeadamente os seguintes.

Entrada inicial

Para começar, antes de avançares com um pedido junto do banco, deves avaliar o teu capital disponível, pois quanto mais alto for o valor que estiveres disposto a dar para a entrada da casa, maior é a probabilidade de te ser atribuído um financiamento. Para conseguires uma aprovação, deves ter no mínimo 10% do total do valor de venda do imóvel, contudo, é aconselhável que, caso consigas e tenhas esse valor, pagues mais para aumentar a segurança do crédito.

Taxa de esforço

A tua taxa de esforço não pode ser alta. Isto significa que o teu crédito habitação não poderá ultrapassar mais de 40% dos rendimentos que auferes todos os meses, mantendo um equilíbrio das tuas contas e orçamento mensal. Este é um cálculo que o banco fará por ti, avaliando a tua capacidade financeira para conseguires assegurar o pagamento das prestações do crédito. 

Trabalho seguro

Este fator tem influência na tua estabilidade financeira, pois com um trabalho seguro e uma situação profissional estável e regularizada, terás mais hipóteses de ver o teu pedido de crédito ser aprovado. Se estiveres efetivo é um ponto a favor, conseguindo obter mais confiança por parte da instituição financeira.

Condições financeiras

Além de um trabalho estável, deves reunir condições financeiras estáveis, demonstrando que não tens muitos encargos à tua responsabilidade, ou que os que tens são compatíveis com o teu pedido de financiamento. 

Fiador

Um fiador vai intervir em teu nome, assumindo o pagamento das prestações, caso não cumpras essa obrigação, e alguns bancos existem esta figura de forma a garantirem que a dívida será paga. 

Taxa mista, variável ou fixa? Como escolher

Assim que pedes o teu crédito habitação e são avaliados todos os critérios de elegibilidade, ser-te-á pedido que seleciones o tipo de taxa que queres para o teu empréstimo. Existem três: a taxa mista, a taxa variável e a taxa fixa. 

Taxa mista

Esta taxa funciona de duas formas, sendo que no período inicial do teu crédito, que poderá ser de 5, 10 ou 15 anos, terás em vigor a taxa fixa, sendo depois aplicada a taxa variável. Trata-se então de um tipo de taxa que pretende, numa fase inicial, ajudar o mutuário a organizar-se financeiramente durante os primeiros anos.

Taxa variável

A taxa variável é calculada através da soma do spread e do indexante da Euribor, que variará ao longo do período do crédito. Portanto, a taxa variável será paga conforme as taxas de juro diretoras (Euribor) subam ou desçam, nunca sabendo exatamente que valor vai pagar no futuro, pois é variável em função da Euribor. 

Taxa Fixa

Esta é a taxa mais segura para quem pretender pagar sempre o mesmo valor da prestação, sendo uma taxa que se mantém igual durante todo o prazo do empréstimo. Tem, habitualmente, um valor mais alto do que a taxa variável, contudo, oferece mais segurança ao mutuário, que saberá sempre, exatamente, quando dinheiro tem que ter disponível para assegurar o pagamento da prestação. 

Conceitos a reter

  • Euribor (European Interbank Offered Rate): trata-se da taxa de juro Euribor, resultante da média das taxas de juro praticadas nos principais bancos e instituições de crédito da zona euro, no mercado interbancário. É o valor de referência do mercado europeu.
  • Loan-to-value (LTV): este é o rácio que corresponde à percentagem que o banco pode solicitar relativamente ao valor do imóvel. É assim, uma percentagem que apura o valor que o banco pode emprestar, face ao valor do imóvel, e sendo que nenhum banco empresta a totalidade do valor da casa, o LTV vai variar conforme seja um empréstimo de maior ou menor risco para a instituição financeira. 
  • Taxa de esforço: esta é a taxa que vai representar a percentagem dos rendimentos totais do mutuário (ou casal) que se destinará ao pagamento do crédito. Ajuda, assim, a perceber qual é o valor disponível, dos rendimentos auferidos, para fazer face às despesas depois do pagamento das prestações.
  • Montante total imputado ao consumidor (MTIC): esta sigla é o que vai permitir saber quanto te vai custar, exatamente, o crédito habitação, correspondendo ao total que terás que pagar pelo crédito através da soma do valor do empréstimo com os custos das comissões, juros e impostos.
  • Taxa Anual Efetiva Global (TAEG): esta é a taxa que representa a totalidade dos encargos com o crédito, nomeadamente comissões bancárias, registos, impostos, entre vários outros. 
  • Spread: trata-se da taxa de juro que é aplicada nos contratos de crédito pelo banco e representa a sua margem de lucro. 

Que documentos precisas para pedir um crédito habitação jovem?

    • Cartão de cidadão;
    • Recibos de vencimento dos três meses anteriores (ou os mais recentes);
    • Declaração comprovativa da entidade onde trabalha;
    • Extrato bancário dos últimos meses;
    • Declaração de IRS.

Fiador: o que precisas de ter em conta

O mais provável é que te seja pedido que elejas alguém como teu fiador, ficando esta pessoa comprometida a assumir a responsabilidade do pagamento da dívida caso incorras em incumprimento do contrato de crédito. 

Assim, o teu fiador será a garantia do banco para o teu crédito, e pode ser exigido pelo banco nas seguintes situações:
    • Se se verificar algum risco de incumprimento;
    • Se a taxa de esforço se verificar elevada;
    • Quando há histórico de crédito irregular;
    • Se tiveres uma situação financeira pouco estável. 

Caso o banco verifique que a tua situação financeira é estável, cumpridora e equilibrada, poderás conseguir obter um crédito sem que seja necessário um fiador. Contudo, deves sempre procurar obter mais do que uma simulação de crédito, junto de vários bancos e instituições financeiras, para perceber em qual te compensa o crédito, sendo que os valores e taxas podem variar. 

Esperamos ter-te ajudado e ficamos à tua espera em supercasa.pt para dares início à busca pela tua futura casa!

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