Saiba algumas das situações mais comuns em que os bancos podem recusar-se a atribuir um crédito:
#1. Não ter um bom historial de crédito
Os bancos, quando emprestam dinheiro, como o caso do crédito à habitação, pretendem ter a garantia de que o consumidor paga de volta o montante atribuído acrescido de juros.
Como tal, não é de estranhar que não emprestem a clientes que não tenham um histórico de pagamentos “limpo”. Caso já tenha falhado prestações em empréstimos anteriores, os bancos que comercializam crédito à habitação em Portugal podem ter certas reservas referentes ao seu perfil de risco, dificultando-lhe o acesso ao financiamento pretendido.
Além disso, deve-se dar especial atenção à taxa de esforço, a qual identifica a sua capacidade de fazer em relação aos encargos dos seus créditos.
O banco no qual vai solicitar o financiamento vai estar atento, existindo maiores probabilidades de ver o crédito à habitação aprovado caso determine uma relação rendimentos-encargos viável.
#2 Loan-to-Value com risco elevado
Um dos principais rácios para avaliação do risco de crédito, principalmente no crédito à habitação, é o Loan-to-Value (LTV), que não é mais que a relação que existe entre o valor de um financiamento e a garantia dada.
Este rácio, usado nos empréstimos imobiliários, equaciona assim o valor da hipoteca com o do imóvel dado como garantia, estando associado com o risco de incumprimento na medida em que quanto mais inferior este valor for, maior será o incentivo do cliente em pagar a prestação.
Contudo, o LTV influencia o custo do empréstimo. Quanto maior for o valor, maior será a taxa aplicada no crédito (spread), dado que o risco de financiamento por parte da entidade credora também será superior. Por outro lado, quanto menor for o LTV, menor será a taxa de juro aplicada.
O rácio recomendado deve ser até 75%. Quanto mais elevado for esse valor, menos espaço de manobra tem para negociar as condições do empréstimo e menor confiança existe junto do banco, para além de não beneficiar de uma taxa de juro inferior.
#3 Instabilidade profissional
Os bancos privilegiam os clientes que demonstrem uma situação profissional estável. Deste modo, procuram reduzir o risco de atribuir crédito a alguém que, de um dia para o outro, possa deixar de conseguir pagar as prestações devidas.
Neste sentido, terá mais hipóteses de obter um crédito habitação aprovado se tiver um contrato sem termo, trabalhar numa empresa financeiramente sólida e de grande dimensão ou possuir antiguidade na mesma.
#4 Solicitar um empréstimo habitação antes dos 25 anos
A idade conta para conseguir um empréstimo. Primeiramente, é natural que quem esteja com 20 e poucos anos receba um salário menor que não possibilita fazer face aos pagamentos inerentes a um empréstimo, além das outras despesas mensais.
Além disso, é uma etapa em que há menos estabilidade profissional, visto que os jovens ainda estão nos primeiros empregos.
Por fim, há a questão de não haver historial de crédito. Os bancos retraem-se na altura de atribuir crédito a clientes que não conhecem.
#5 Conceder crédito apenas a um titular
Os bancos veem com bons olhos o facto de no crédito à habitação haver mais do que um titular, visto que havendo mais do que um, é possível diluir o risco por ambos.
Por exemplo, se um dos titulares se encontrar numa situação profissional precária, o segundo titular poderá garantir o esforço dos pagamentos mensais, evitando que se entre em incumprimento.