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Entenda as diferentes taxas de juro: fixa, mista ou variável

12 AGOSTO 2024
Tópicos
Imóveis Bancos Mercado Imobiliário Euribor Taxas de Juro Comprar Casa em Portugal Inflação Preço das Casas Prestação da Casa Spread Crédito Habitação Finanças Glossário Intermediação de crédito
Está a pensar comprar casa e precisa de apoio bancário? Decida quais as taxas de juro que mais se ajustam ao seu caso.
Entenda as diferentes taxas de juro: fixa, mista ou variável
Fonte: Adobe Stock
Autor: Redação

Para além da escolha da casa dos seus sonhos, a decisão entre que taxa de juro escolher é uma das mais importantes aquando do compromisso de crédito habitação, uma vez que é algo que o vai acompanhar até à liquidação do crédito. As taxas sofrem alterações conforme o mercado e os seus indicadores financeiros, e por isso, para o ajudar a entender as diferenças relativamente às taxas disponíveis, o SUPERCASA Notícias esclarece as suas dúvidas.    

Vivemos atualmente tempos em que a inflação na Zona Euro está descontrolada, e o grande impacto incide nos cidadãos, aumentando o custo de vida em geral. Neste sentido, o BCE (Banco Central Europeu) tem estudado a possibilidade da redução das taxas de juro, que estão intimamente relacionadas com a inflação, causando, por isso, um alívio gradual e uma maior margem às famílias, a nível financeiro.  

Estas alterações flutuam com a Euribor, que por sua vez é calculada diariamente e define a taxa de juros média dos empréstimos interbancários.    

A taxa de juro fixa

Se optar por uma taxa de juro fixa, pagará sempre o mesmo valor ao banco independentemente das oscilações da Euribor. Contudo, deve ter em conta que poderá ficar com um valor mais elevado em comparação à taxa variável, devido à segurança de não ter prestações aumentadas.
   
O valor da taxa a aplicar depende da instituição bancária, mas tem por base os valores de mercado para o mesmo prazo – a isto designamos taxa de swap.

As vantagens resumem-se, assim, à previsibilidade e segurança, permitindo um planeamento financeiro mais preciso uma vez que as prestações mensais serão sempre iguais, e protege-o contra aumentos inesperados das taxas de juro, o que pode ser crucial para famílias com orçamentos mais restritos.

Os contras, por outro lado, estão no custo, pois a taxa de juro fixa é, geralmente, mais alta do que a variável, devido ao risco assumido pelo banco, e na inflexibilidade, uma vez que o impede de beneficiar de potenciais descidas nas taxas de juro durante o período do contrato.

A taxa de juro mista

Esta é a taxa que tem sido mais procurada, dado que tem juros fixos no início do contrato, sendo seguida de taxa variável. Quem procura maior estabilidade prefere aderir a esta taxa, uma vez que não está sujeito a variações.           

Combina, assim, as características da taxa fixa e variável, dividindo o período do contrato em duas fases: na primeira, a taxa é fixa por um período determinado – por exemplo, 5 ou 10 anos –, enquanto que na segunda fase a taxa passa a ser variável, indexada à Euribor.

Este tipo de taxa oferece, assim, equilíbrio e potencial de poupança, pois terá maior flexibilidade e benefícios relativamente à descida das taxas de juro aquando da fase variável, mas também nos primeiros anos, durante a fase fixa, em que o impacto das prestações no orçamento é mais crítico.

Em contrapartida, o tipo de taxa de juro mista confere menos previsibilidade, aumentando o sentimento de incerteza, pois a prestação mensal poderá subir depois do período da taxa fixa, caso as taxas de juro subam, dificultando-lhe, a longo prazo, o planeamento financeiro.

A taxa de juro variável

No caso de optar pela taxa de juro variável, terá de ter em conta que esta se encontra depende de dois fatores: do spread e da taxa Euribor de 3 ou 6 meses. Portanto, se optar por esta versão, poderá contar que, se a taxa Euribor subir, pagará mais. Por outro lado, se descer, pagará menos prestação.  

Assim, as vantagens residem no custo e no potencial de poupança, enquanto que as desvantagens estão intrinsecamente ligadas ao risco e imprevisibilidade das taxas de juro, que tanto como subir como descer.

Qual é a melhor escolha?

É importante considerar que, cada situação sendo única e concreta, deve sempre ser acompanhada por uma instituição financeira, que lhe apresentará as melhores condições e opções face à sua disponibilidade financeira e perfil.

Ainda assim:

    • Se valoriza a segurança e a previsibilidade, a taxa fixa pode ser a melhor opção, mesmo que implique um custo ligeiramente superior;

    • Se procura um equilíbrio entre segurança e flexibilidade, a taxa mista pode ser uma boa alternativa,

    • Se tem um perfil de risco mais elevado e está disposto a arriscar em troca de um custo potencialmente menor, a taxa variável pode ser vantajosa, desde que esteja preparado para lidar com a possibilidade do aumento das prestações.

Lembre-se que a escolha da taxa de juro é uma decisão crucial, com potencial significativo nas suas finanças a longo prazo
. Investir tempo na análise das diferentes opções e na consulta de um intermediário de crédito é fundamental para tomar a decisão mais acertada para si e para o seu futuro. Os critérios que deve ter em conta antes de escolher são:

    • A estabilidade dos seus rendimentos;

    • O prazo e valor do empréstimo bancário;

    • O potencial de progressão de carreira.

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