Para além da escolha da casa dos seus sonhos,
a decisão entre que taxa de juro escolher é uma das mais importantes aquando do compromisso de crédito habitação, uma vez que é algo que o vai acompanhar até à liquidação do crédito. As taxas sofrem alterações conforme o mercado e os seus indicadores financeiros, e por isso,
para o ajudar a entender as diferenças relativamente às taxas disponíveis, o SUPERCASA Notícias esclarece as suas dúvidas. Vivemos atualmente tempos em que a inflação na Zona Euro está descontrolada, e o grande impacto incide nos cidadãos, aumentando o custo de vida em geral. Neste sentido,
o BCE (Banco Central Europeu) tem estudado a possibilidade da redução das taxas de juro, que estão intimamente relacionadas com a inflação, causando, por isso, um
alívio gradual e uma maior margem às famílias, a nível financeiro.
Estas alterações flutuam com a
Euribor, que por sua vez é calculada diariamente e
define a taxa de juros média dos empréstimos interbancários.
A taxa de juro fixa
Se optar por uma taxa de juro fixa,
pagará sempre o mesmo valor ao banco independentemente das oscilações da Euribor. Contudo, deve ter em conta que poderá ficar com um valor mais elevado em comparação à taxa variável, devido à segurança de não ter prestações aumentadas.
O valor da taxa a aplicar depende da instituição bancária, mas tem por base os valores de mercado para o mesmo prazo – a isto designamos taxa de
swap.
As vantagens resumem-se, assim, à
previsibilidade e segurança, permitindo um
planeamento financeiro mais preciso uma vez que as prestações mensais serão sempre iguais, e
protege-o contra aumentos inesperados das taxas de juro, o que pode ser crucial para famílias com orçamentos mais restritos.
Os contras, por outro lado, estão no custo, pois a taxa de juro fixa é, geralmente, mais alta do que a variável, devido ao risco assumido pelo banco, e na
inflexibilidade, uma vez que o impede de beneficiar de potenciais descidas nas taxas de juro durante o período do contrato.
A taxa de juro mista
Esta é a taxa que tem sido mais procurada, dado que tem
juros fixos no início do contrato, sendo seguida de taxa variável. Quem procura maior
estabilidade prefere aderir a esta taxa, uma vez que
não está sujeito a variações. Combina, assim, as características da taxa fixa e variável, dividindo o período do contrato em duas fases: na primeira, a taxa é fixa por um período determinado – por exemplo, 5 ou 10 anos –, enquanto que na segunda fase a taxa passa a ser variável, indexada à Euribor.
Este tipo de taxa oferece, assim,
equilíbrio e potencial de poupança, pois terá maior flexibilidade e benefícios relativamente à descida das taxas de juro aquando da fase variável, mas também nos primeiros anos, durante a fase fixa, em que o impacto das prestações no orçamento é mais crítico.
Em contrapartida, o tipo de taxa de juro mista confere menos previsibilidade, aumentando o sentimento de incerteza, pois a prestação mensal poderá subir depois do período da taxa fixa, caso as taxas de juro subam, dificultando-lhe, a longo prazo, o planeamento financeiro.
A taxa de juro variável
No caso de optar pela taxa de juro variável, terá de ter em conta que esta se encontra
depende de dois fatores: do spread e da taxa Euribor de 3 ou 6 meses. Portanto, se optar por esta versão, poderá contar que,
se a taxa Euribor subir, pagará mais. Por outro lado, se descer, pagará menos prestação. Assim, as vantagens residem no custo e no
potencial de poupança, enquanto que as desvantagens estão intrinsecamente ligadas ao
risco e imprevisibilidade das taxas de juro, que tanto como subir como descer.
Qual é a melhor escolha?
É importante considerar que,
cada situação sendo única e concreta, deve sempre ser acompanhada por uma instituição financeira, que lhe apresentará as melhores condições e opções face à sua disponibilidade financeira e perfil. Ainda assim:
• Se valoriza a segurança e a previsibilidade, a taxa fixa pode ser a melhor opção, mesmo que implique um custo ligeiramente superior;
• Se procura um equilíbrio entre segurança e flexibilidade, a taxa mista pode ser uma boa alternativa,
• Se tem um perfil de risco mais elevado e está disposto a arriscar em troca de um custo potencialmente menor, a taxa variável pode ser vantajosa, desde que esteja preparado para lidar com a possibilidade do aumento das prestações.
• O potencial de progressão de carreira.