Fonte: Freepik Autor: Redação Depois de dois anos de forte constrição na procura por créditos habitação, a banca antecipa uma retoma desta procura já a partir do segundo trimestre do ano . As famílias pararam de pedir créditos habitação sobretudo pelo aumento das taxas de juro, que incidiu pressão nos orçamentos familiares e levou a uma contração da procura por financiamento. Agora, pela primeira vez desde o segundo trimestre de 2022, o índice de difusão do Banco de Portugal acerca das expectativas dos bancos para a procura por crédito para a compra de casa voltou a um valor positivo , o que significa que o setor antecipa a procura , por parte das famílias, de créditos habitação, estando previsto um crescimento depois da queda dos últimos dois anos. A perspetiva vem acompanhada de uma previsão sobre o alívio dos juros de referência , nos quais o Banco Central Europeu já admitiu mexer a partir do verão. Esta diminuição representa uma queda nas taxas de mercado , nomeadamente a Euribor, utilizada no cálculo para o empréstimo habitação. Os bancos apontam, assim, um ligeiro aumento da procura de crédito habitação no segundo trimestre de 2024 , conforme apurou o inquérito sobre o mercado de crédito partilhado pelo Banco de Portugal esta terça-feira. Sobre a procura registada no primeiro trimestre, registou-se uma ligeira diminuição nos segmentos da habitação e do consumo , pelo elevado nível em que estão as taxas de juro, bem como a confiança frágil das famílias. Mantenha-se a par: Novos créditos habitação: só 3% das famílias mais pobres teve acesso
Fonte: Freepik Autor: Redação Recorrer a um intermediário de crédito é mais comum aquando da compra de uma casa, se houver a necessidade de um financiamento para a cobertura do valor pedido na venda . Nesta situação, estará a contratar um crédito ao consumo para comprar um imóvel. Contudo, poderá aplicar-se não só ao mercado imobiliário, mas também à compra, por exemplo, de um automóvel ou eletrodoméstico, sendo que os intermediários de crédito atuam em vários segmentos do mercado. Se não sabe no que consiste, como funciona ou que tipo de profissionais o podem garantir, este é o artigo certo para ler. O que é um intermediário de crédito? Como o próprio nome pressupõe, intermediários de crédito fazem a mediação entre consumidor e instituições de crédito , ou seja, entre a pessoa que pede o empréstimo e os bancos. É essencial entender que, em caso algum, são os intermediários de crédito quem faz a concessão do empréstimo. O intermediário de crédito vai ser a ponte entre si, o consumidor que precisa do crédito, e a instituição bancária , apresentando propostas, aconselhamento e apoio. Assim, caso precise de um crédito, poderá recorrer a estas entidades para o ajudarem no processo junto do banco, mediando o processo e guiando-o pela melhor opção possível. Que entidades podem ser intermediárias de crédito? Para desempenharem esta atividade, as entidades são obrigadas a cumprir certos requisitos e a receber a autorização do Banco de Portugal (BdP), de forma a assegurarem não só o cumprimento dos direitos dos consumidores, bem como os deveres legais para poderem exercer atividade. Um intermediário de crédito pode ser uma pessoa singular ou empresa, desde que tenha a autorização do Banco de Portugal para apresentar e propor contratos de crédito . E pode: • Prestar apoio na preparação de contratos; • Celebrar contratos em nome dos bancos, desde que devidamente contratualizados pelas entidades bancárias; • Prestar serviços de aconselhamento especializado. Assim, um intermediário de crédito funciona como uma entidade agregadora da informação, podendo apresentar-lhe uma ou várias propostas de crédito, de uma ou de mais instituições bancárias habilitadas a esta prestação de serviços, bem como serviços contratuais. Além disso, uma das suas responsabilidade é prestar aconselhamento e apoio nas várias etapas de contratualização. Quais são as etapas de contratualização de um crédito? É importante estar a par do step by step associado à contratualização de um crédito, sobretudo se estiver a recorrer à ajuda de um intermediário de crédito. 1. Apresentação de propostas e contratos Nesta fase inicial, o intermediário de crédito deve contextualizá-lo sobre todas as possibilidades do consumidor, apresentando-lhe produtos de crédito disponíveis oferecidos pelas instituições de crédito autorizadas a conceder empréstimos. É importante que o intermediário de crédito preste informações completas, claras e de fácil compreensão para o consumidor, entregando-lhe a informação pré-contratual personalizada e apresentando disponibilidade para responder a todas as dúvidas que possam surgir. 2. Apoio ao consumidor na preparação de contratos Se decidir avançar com a contratualização de um empréstimo, o intermediário de crédito deve reunir toda a documentação necessária aos trâmites e tratar as questões burocráticas associadas, enquanto esclarece as potenciais dúvidas que surjam. Este é um serviço que pode ser prestado pelos intermediários de crédito independentemente do facto de terem sido estes, ou não, a propor ou a apresentar o contrato com o qual o consumidor vai avançar. 3. Celebração dos contratos e prestação de consultoria Nesta terceira etapa, os intermediários de crédito estão encarregues de celebrar os contratos em representação das instituições de crédito. Além desta habilitação, devem aconselhar e recomendar possíveis alterações ou correções aos contratos, alertando os consumidores para qualquer situação. Que tipos de intermediários de crédito existem? Divididos em três categorias, apesar de só poderem exercer atividade numa delas , existem os intermediários de crédito vinculado, os intermediários de crédito a título acessório e os intermediários de crédito não vinculado. Intermediários de crédito vinculado Estes podem trabalhar com várias instituições de crédito, mas só se estas representarem a maioria do mercado , atuando em nome e sob a responsabilidade total destas instituições. Neste tipo de intermediação, sendo que há um contrato estipulado entre o intermediador de crédito e a instituição, o intermediário não pode cobrar encargos ao consumidor, sendo que a sua remuneração é paga pelas instituições bancárias com a qual trabalha. Intermediários de crédito a título acessório Estes intermediários fornecem bens e serviços, tendo como objetivo a venda dos respetivos bens ou a prestação dos respetivos serviços . Poderá ser, por exemplo, o intermediário de uma loja de eletrodomésticos ou concessionário automóvel. Neste tipo de intermediário, é aplicada uma regra diferente: pode trabalhar com várias instituições de crédito desde que estas não representem a maior parte do mercado. Intermediários de crédito não vinculados Estes intermediários não estão vinculados a nenhuma instituição, pelo que os contratos de intermediação são celebrados diretamente com o consumidor . Ou seja, pode estabelecer as suas condições próprias da prestação de serviços. No contrato, deve estar explicitado o valor da comissão a atribuir à intermediação de crédito , e são os únicos que podem designar-se como independentes. Quem está autorizado a praticar intermediação de crédito? Como já lhe explicámos acima, é necessária a autorização do Banco de Portugal para o exercício da atividade de intermediação de crédito , pelo que os autorizados à atividade constam nas listas publicadas pelo banco, as quais podem consultar no site oficial da instituição. Portanto, antes de recorrer a um serviço deste género, consulte as listas e certifique-se de que a pessoa ou empresa a quem pretende recorrer está autorizada à prestação do serviço. Existem várias imobiliárias autorizadas a esta atividade, que o podem ajudar no processo não só da compra de casa, como do pedido de crédito junto dos bancos, apresentando-lhe as melhores propostas e ofertas. Explore todas as imobiliárias que divulgam no SUPERCASA, aqui
Fonte: Freepik Autor: Redação As famílias mais pobres apresentam cada vez mais dificuldade a aceder a novos empréstimos para a compra de casa e, no ano passado, tal como mostra um relatório do Banco de Portugal (BdP), apenas 3% conseguiu esta concessão . Ao olhar para o terceiro trimestre de 2018, a percentagem de crédito concedido a mutuários de risco elevado foi de 32%, tendo afundado, em 2022 e 2023, para apenas 3%, Este é um efeito das recomendações macroprudenciais para a redução dos riscos do sistema financeiro , que entraram em vigor em setembro de 2018 e continuaram a ser cumpridas em 2023 , ainda que alguns indicadores tivessem apresentado melhoria. Assim, com regras restritas para a concessão de crédito, mais famílias vulneráveis estão a apresentar dependência do mercado de arrendamento , onde as rendas se apresentam cada vez mais altas , conjugando, adicionalmente, ao facto de as taxas de juro terem sofrido um aumento, deixando estes agregados sem a possibilidade e a capacidade de adquirirem uma habitação própria. Em setembro do ano passado, contrariando as recomendações restritivas, o Banco de Portugal aliviou um dos travões , decidindo reduzir a taxa de stress para desagravar a taxa de juro para efeitos de cálculo da taxa de esforço. Leia também: Inflação em Portugal subiu 2,3% em março, acima da média da UE , Lucros dos bancos em Portugal disparam para 5,6 mil milhões e Perfil dos novos clientes de crédito habitação melhorou em 2023
Fonte: Freepik Autor: Redação O Conselho do Governo dos Açores considera que as taxas Euribor possam continuar a ter impacto nos créditos habitação, tendo por isso aprovado a prorrogação da vigência do CREDITHAB, apoio financeiro transitório ao pagamento das prestações. Assim, manter-se-á até ao dia 31 de dezembro de 2024. Conforme explicou o organismo, verifica-se atualmente que, desde o pico das taxas de juro de referência, alcançado em outubro de 2023, a sua trajetória tem vindo a ser decrescente, tendo já regredido para os valores praticados em junho do ano passado, sendo previsível a continuação da sua redução ao longo do ano em curso . Ainda assim, é expectável que durante o ano de 2024 o diferencial das taxas de juro praticadas no crédito habitação, face à média histórica das taxas Euribor, continue a ser significativo, rezão pela qual se justifica a prorrogação do apoio até 31 de dezembro de 2024 , explica o executivo açoriano. Ficou ainda definido o limite máximo dos apoios financeiros a conceder ao longo deste ano, fixado nos 5.380.000,00 , em contratos programa para a atribuição de comparticipações financeiras a iniciativas assentes em programas anuais e plurianuais com interesse para o desenvolvimento do turismo nos Açores. Continue a ler: Açores quer disponibilizar 2.000 habitações até 2034 , Estrangeiros compõem 11% do crédito habitação atribuído em 2023
Fonte: Freepik Autor: Redação Se tem um crédito habitação é importante estar a par de como funcionam as hipotecas e tudo o que envolve esta garantia ao banco, que poderá ser cancelada em três situações distintas. Através da hipoteca, assegura o pagamento do crédito habitação que tem com o seu banco ou instituição financeira, mesmo se incorrer em incumprimento, visto que o bem hipotecado serve de garantia para pagar a dívida. Mas explicamos-lhe tudo em maior detalhe. O que é uma hipoteca? Quando compra uma casa com recurso a crédito habitação, poderá fazer uma hipoteca para garantir que o dinheiro que o banco lhe emprestou será pago. Ou seja, trata-se de uma garantia . A sua capacidade financeira é avaliada neste momento, de forma a perceber se será capaz de pagar, ou não, o empréstimo que pretende contrair . Assim, a hipoteca serve para minimizar o risco de incumprimento, que é geralmente o imóvel a adquirir. Contudo, pode ser hipotecada, também, o imóvel de uma terceira pessoa , existindo bancos que aceitam a hipoteca da casa de familiares do mutuário do empréstimo. Em suma, a hipoteca é o garante do financiamento para a compra de um bem imóvel, que permite aos compradores o pagamento do valor do imóvel durante um período de vários anos. Em que situações pode a hipoteca ser cancelada? Os cenários que podem implicar o cancelamento da hipoteca são na venda de um imóvel registado com hipoteca, no pagamento da dívida do crédito habitação ou numa situação de expurgação da hipoteca. Descubra cada uma destas situações. Quando vende uma casa com hipoteca Ao comprar uma casa com recurso ao financiamento do banco, por meio de um crédito habitação , poderá ver-se a par, no futuro, com a venda desse mesmo imóvel . Nesta situação, em que vende o imóvel que está a pagar o banco, pode efetivamente cancelar a hipoteca. Nesta situação, só o poderá fazer se o dinheiro adquirido com a venda do imóvel for suficiente para pagar o empréstimo contraído, devendo solicitar, para esse efeito, o cancelamento da hipoteca e proceder ao registo da venda da casa para o novo comprador. Quando paga a dívida do crédito habitação Quando consegue liquidar a dívida do empréstimo habitação, pode pedir o cancelamento da hipoteca, pois se pagou a sua dívida, já não precisa de apresentar qualquer garantia. Depois de eliminar a hipoteca, deverá proceder ao cancelamento do seu registo numa Conservatória do Registo Predial e, depois de ter o seu empréstimo hipotecário totalmente pago, o banco envia-lhe um documento que confirma o cancelamento desta garantia . Nesta situação, fica com as suas obrigações do contrato totalmente cumpridas. O documento que o banco lhe vai enviar designa-se distrate de hipoteca . Quando expurga a hipoteca do imóvel que comprou Pode acontecer comprar uma casa com hipoteca, sendo possível cancelá-la depois da aquisição . A lei diz que o novo proprietário da casa hipotecada pode proceder a este cancelamento, contudo, apenas através de um processo judicial. Assim, caso tenha comprado um imóvel recentemente, e o mesmo esteja hipotecado, depois de registada a compra não será o responsável pelo pagamento da hipoteca anterior. Nesta situação, deve informar os credores do procedimento, pagar completamente todas as dívidas associadas à hipoteca ou chegar a acordo de pagamento com os credores, o qual pode envolver o pagamento de uma quantia igual ao valor da compra do imóvel. Depois destes procedimentos, tem de pedir um processo legal junto do tribunal, comprovando que tudo decorreu de forma correta. Ficou esclarecido acerca deste tema? Acompanhe o SUPERCASA Notícias para mais temas como este e, caso ainda lhe restem dúvidas acerca de como pode vender a sua casa, aconselhamos a ler Formalizar a venda de um imóvel: quais são as burocracias
Fonte: Freepik Autor: Redação O Banco de Portugal (BdP) divulgou esta segunda-feira, 25 de março, o seu relatório de acompanhamento das recomendações macroprudenciais, onde revela os perfis dos novos clientes dos créditos habitação contratados em 2023. De acordo com a análise, o perfil dos novos clientes melhorou, apesar de não ser diretamente comparável com o de anos anteriores . Segundo a instituição bancária, 61% dos novos clientes de crédito habitação têm um perfil de baixo risco , querendo isto dizer que são clientes com taxas de esforço inferiores ou iguais a 50% dos seus rendimentos , bem como um rácio loan to value, que significa o valor emprestado pelo banco face ao valor do imóvel, inferior ou igual a 80%. Conforme explica o BdP, desde 2018 observa-se uma melhoria do perfil de risco dos mutuários que contratam créditos habitação , tendo existido, no ano passado, um claro crescimento dos contratos de crédito habitação concedidos a clientes com perfil de baixo risco , que aumentou para 61% em 2023 face aos 49% registados em 2022. Idade média dos compradores situa-se nos 30 anos Foi ainda possível apurar a maturidade média ponderada das novas operações de crédito habitação , que se situou nos 30,6 anos de idade durante o mês de dezembro do ano passado. Isto significa que os bancos estão a cumprir as recomendações de fazer convergir a maturidade média para os 30 anos, contudo, na União Europeia (UE), Portugal é dos países com maturidade média mais elevada. Sobre a duração dos empréstimos, esta é, normalmente, de dezenas de anos, pelo que cabe os bancos avaliarem a capacidade do cliente continuar com o pagamento das prestações caso as taxas de juro aumentem. Neste sentido, foi reduzida de 3% para 1,5% a taxa de esforço que os bancos têm de simular para facilitar o acesso ao crédito, em prol do aumento das taxas de juro. Mantenha-se a par BCE alerta para riscos com crédito malparado
Fonte: Freepik Autor: Redação As famílias que enfrentam dificuldades financeiras podem antecipar o resgate de suas economias em planos de poupança-reforma (PPR), planos de poupança-educação (PPE) e planos de poupança-reforma/educação (PPR/E) para quitar empréstimos habitacionais. No entanto, apenas o montante poupado até uma determinada data está isento de penalizações. O entendimento sobre essa questão está delineado num documento interno da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), assinado pela subdiretora-geral responsável pelos impostos sobre os rendimentos. Esse documento, baseado em despacho governamental, visa esclarecer dúvidas relacionadas ao regime excepcional de reembolsos, especialmente em relação ao período de elegibilidade para resgates. Com essa restrição, torna-se inviável para um contribuinte fazer um reforço em um PPR para usufruir de benefícios fiscais em IRS e, posteriormente, resgatar o valor antecipadamente sem incorrer em penalidades. Gostou deste tema? Leia também: Mais famílias optam por taxas mistas nos créditos habitação
Fonte: Freepik Autor: Redação Conforme revela a Associação Nacional de Intermediários de Crédito Autorizado (ANICA), a banca e os intermediários de crédito estão a formar cada vez mais parcerias para captar negócios , tendo até comercializado entre 70% a 90% do crédito habitação dos grandes bancos nacionais. As instituições bancárias foram-se organizado com departamentos de parceria, estando agora decididos a captar intermediários, porque sabem que, ao fazê-lo, conquistam mais negócio , explica Tiago Vilaça, Presidente da ANICA. Tratam-se de benefícios que rondam, em média, 1% a 1,5% do montante financiado, quando as comissões são pagas pelas instituições bancárias aos intermediários em 90% dos casos e, apesar de no ano passado o mercado imobiliário ter sentido quebras nos novos créditos habitação, o negócio dos intermediários de crédito não sentiu, efetivamente, grande impacto. A alavancar o negócio dos intermediários de crédito esteve o mercado de transferências , que aumentou de forma exponencial: passou a ser uma preocupação dos portugueses baixar a prestação da casa e garantir a fixação da taxa de juro do empréstimo, para que a mensalidade não volte a sofrer uma subida expressiva , conclui o dirigente da associação. Continue a ler: Mais famílias optam por taxas mistas nos créditos habitação e Vai comprar casa? Negoceie as melhores condições de crédito
Fonte: Pexels Autor: Redação Trata-se da taxa de juro de referência aplicada no empréstimo bancário que o Banco concede para crédito à habitação . É muito usada como termo comparativo por quem deseja contratar um crédito e precisa de comparar valores entre os vários Bancos. Apesar de ser uma taxa importante, não deve ser analisada sozinha. Por norma, conjuga-se a sua leitura com outra taxa muito conhecida, a Taxa Anual Efetiva Global (TAEG). A taxa de juro anual nominal (TAN) engloba os encargos anuais com o valor do crédito contratado e os respetivos juros associados. A vantagem de ser anual, é que acaba por apresentar valores mais realistas. Por ser nominal, não é influenciada pelo valor da inflação. Contudo, deve sempre informar-se sobre a taxa de juro real (basta subtrair o valor da inflação à taxa de juro nominal). É possível distinguir a taxa anual nominal entre dois tipos: a taxa de juro anual nominal bruta (TANB) e a taxa de juro anual nominal líquida (TANL). A taxa de juro anual nominal bruta (TANB) é referente ao valor do juro com o imposto por deduzir, ou seja, este ainda vai ser retido na fonte pelo Banco, e a taxa de juro anual nominal líquida (TANL) é referente ao valor de juro que vai receber na sua conta, já com a retenção de impostos (28%). Em suma, se vai contrair um crédito à habitação, deve ter em conta a TAN, mas não se deve reger só por ela: por vezes pode apresentar valores baixos, mas é provável que o Banco exija a contratação de outros produtos de cariz financeiro. Assim, deve ter a TAN como referência, mas deve reger-se pela TAEG. Outros conceitos para ficar a conhecer: O que são as Taxas Liberatórias? Aprenda , Ativos Tangíveis e Intangíveis: o que são? e O que é uma moratória do banco? Fique a saber
Fonte: Freepik Autor: Redação As taxas Euribor não têm dado descanso aos mutuários de contratos de créditos habitação, que têm sentido, nos últimos dois anos, um aperto no pagamento das prestações, ainda que esta seja uma tendência a inverter, dados os sinais de descidas apontados. Antes, a taxa variável era a mais contratada nos créditos habitação, dando lugar à taxa mista com juros fixos como a preferência de milhares de famílias , seguida de taxas variáveis no período remanescente do contrato: em 2023, assistiu-se a um aumento das novas operações de crédito habitação [própria e permanente] com taxa mista - isto é, empréstimos com taxa de juro fixa num período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável - que passaram de 16% do montante de novas operações em dezembro de 2022 para 71% em dezembro de 2023 , explica o Banco de Portugal (BdP). Contudo , apesar do alívio inicial, as taxas mistas acarretam um período de fixação curto e que deixa os mutuários protegidos apenas durante os dois ou três primeiros anos do contrato. Ainda assim, de entre as principais preferências para a escolha deste tipo de taxa, está a subida acentuada das taxas Euribor, a procura por uma maior estabilidade e a preferência por taxas fixadas no período inicial do contrato, que ficam mais baixas por conta de campanhas promocionais dos bancos. Assim, a taxa fixa é a escolha de mais agregados, sendo que em dezembro, de acordo com os dados mais recentes do BdP, este tipo de taxa havia sido contratada por 4,05% dos mutuários , enquanto a taxa variável foi contratada por 4,87%, nos novos empréstimos para habitação própria e permanente. Leia, no SUPERCASA Notícias , mais temas relacionados com a banca, finanças e economia
Fonte: Freepik Autor: Redação Em janeiro, a taxa do juro implícita no conjunto dos contratos de crédito habitação fixou-se nos 4,657%, atingindo o valor mais alto em 15 anos , desde o início da série do Instituto Nacional de Estatística (INE). Pelo oitavo mês consecutivo, os aumentos da taxa de juro implícita têm vindo a ser progressivamente menos intensos , nota o INE. Esta tendência reflete as perspetivas de inversão no aperto da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) face aos sinais de abrandamento da taxa de inflação. Ao que tudo indica, o BCE fará o ajuste das taxas diretoras no verão, o que tem levado à descida dos juros nos contratos mais recentemente celebrados, o que se reflete nos empréstimos celebrados nos últimos três meses. Nestes, a taxa de juro implícita recuou, em janeiro, pelo terceiro mês consecutivo, tendo atingindo, de acordo com o gabinete estatístico português, os 4,315% - o valor mais baixo desde julho. Quanto aos contratos assinados nos últimos seis meses, a taxa regrediu pelo segundo mês para os 4,296%. Leia também: BCE vai manter taxas de juro diretoras inalteradas até março ,
Fonte: Freepik Autor: Redação O Banco de Portugal (BdP) publicou na passada quinta-feira, 1 de fevereiro, os dados relativos às renegociações de crédito habitação , que aumentaram para 8,8 mil milhões de euros em 2023, correspondendo a um valor cinco vezes maior do que aquele verificado em 2022. Os dados revelam ainda que o valor das renegociações de crédito habitação subiu 7,2 mil milhões de euros em 2023 face ao ano anterior , onde foram registados 1,6 mil milhões de euros. O principal motivo para esta evolução foi o aumento geral das renegociações de crédito, que passaram de 2 mil milhões de euros em 2022, para 9,3 mil milhões de euros no ano passado. Taxa mista nos novos contratos ganha peso De acordo com a análise do BdP, a taxa de juro média dos contratos de crédito habitação renegociados com os bancos verificou o valor mais elevado da última década em dezembro, fixando-se nos 4,40%, face aos 4,36% de novembro, tendo existido um aumento exponencial das novas operações de crédito habitação com taxa mista, passando de 16% do montante de novas operações em dezembro de 2022, para 71% em dezembro do ano seguinte. O supervisor bancário explica: dada a maior preferência dos devedores para negociar contratos de crédito à habitação com taxa mista, o peso destes empréstimos no stock de crédito à habitação aumentou 10 pontos percentuais em 2023, até se fixar nos 16% em dezembro . A facilidade influenciada pela legislação criada pelo Governo para renegociações de crédito esteve na origem do disparo, tendo as renegociações atingindo um valor cinco vezes superior ao registado em 2022 (1,6 mil milhões de euros) . Acompanhe também: Portugal pode voltar a ter dívida pública abaixo de 100% , Prestação da casa desce pela primeira vez em dois anos e Excedente orçamental atingiu quase os 5 milhões de euros
Fonte: Adobe Stock Autor: Redação Nos últimos anos, a digitalização tem vindo a transformar vários aspetos do quotidiano dos cidadãos, e a gestão de documentos não é exceção. Agora, a carta de condução e outros documentos pessoais, como o cartão de cidadão e o documento único automóvel (DUA), podem ser acedidos através de uma aplicação móvel oficial, facilitando o uso e a apresentação dos mesmos em situações do dia a dia. Mas como funciona esta tecnologia e quais são as suas vantagens? A aplicação id.gov.pt A principal ferramenta para aceder aos documentos digitais em Portugal é a aplicação id.gov.pt, disponível gratuitamente para dispositivos ios e android. A app foi desenvolvida pelo governo português e permite armazenar e consultar digitalmente vários documentos, como a carta de condução, o cartão de cidadão e o DUA, entre outros. O objetivo é simplificar a vida dos cidadãos, oferecendo uma alternativa prática e segura aos documentos físicos. Como funciona? Após a instalação da app, o utilizador precisa de se autenticar com as suas credenciais da chave móvel digital (CMD) ou com o cartão de cidadão. Esta autenticação garante a segurança no acesso aos documentos, uma vez que a CMD exige a verificação através de um código PIN e, opcionalmente, da biometria do dispositivo móvel (como impressões digitais ou reconhecimento facial). Os documentos, uma vez adicionados à aplicação, são apresentados através de um código QR dinâmico. Este código pode ser mostrado às autoridades, agentes da polícia ou outras entidades, que, ao lerem o QR, conseguem validar a autenticidade do documento. Isto significa que o cidadão já não precisa de transportar as versões físicas dos documentos consigo. Vantagens A digitalização dos documentos traz uma série de benefícios: • Praticidade: Não é necessário andar com várias carteiras ou pastas com documentos físicos. O utilizador tem tudo disponível no seu telemóvel. • Segurança: A aplicação é protegida por um sistema de autenticação forte, o que dificulta o uso fraudulento dos documentos digitais. • Atualizações automáticas: Qualquer alteração nos dados do documento (como a renovação da carta de condução) é refletida automaticamente na aplicação, evitando a necessidade de atualizações manuais. • Compatibilidade com fiscalizações: As autoridades estão equipadas para validar documentos digitais, facilitando o processo de verificação em fiscalizações rodoviárias, por exemplo. Limitações e desafios Apesar das inúmeras vantagens, a adoção de documentos digitais ainda enfrenta alguns desafios. Um dos principais é a necessidade de acesso à internet, em certas ocasiões, para validar a autenticidade dos documentos. Além disso, embora esta solução esteja a tornar-se cada vez mais comum, nem todas as entidades públicas ou privadas estão preparadas para aceitar a versão digital dos documentos, o que pode obrigar o cidadão a ter consigo uma cópia física em situações específicas. Outro ponto crítico é a dependência do dispositivo móvel. Se o telemóvel for perdido, roubado ou estiver sem bateria, o acesso aos documentos pode ficar comprometido. No entanto, medidas de segurança, como a Chave Móvel Digital, ajudam a reduzir os riscos de uso indevido. O futuro da identidade digital A transição para os documentos digitais é um claro sinal da modernização dos serviços públicos em Portugal. Com um número crescente de pessoas a aderir a esta solução, é previsível que, num futuro próximo, os documentos físicos sejam progressivamente substituídos pelas suas versões digitais, criando um ecossistema mais eficiente e menos dependente de papel. Em suma, a aplicação que integra a carta de condução e outros documentos digitais surge como uma solução prática e inovadora, tornando a gestão de documentos pessoais mais simples, acessível e segura para os cidadãos.
Fonte: Adobe Stock Autor: Redação A venda de um imóvel é uma transação complexa que envolve diversos aspetos legais, financeiros e emocionais. Para garantir uma negociação bem-sucedida, é fundamental evitar alguns erros comuns que podem prejudicar o processo. Assim, para o ajudar com esta etapa, mostramos-lhe os 8 principais erros que os proprietários geralmente cometem na hora de vender as suas casas, e que queremos evitar que lhe aconteçam a si. E ressalvamos: para este tipo de negociações, há especial importância no acompanhamento de um profissional. 1. Má avaliação do imóvel Sobrevalorizar ou subvalorizar a sua casa pode gerar dificuldades na negociação, e um agente imobiliário saberá o que fazer, pois possui ferramentas e conhecimento para realizar uma avaliação precisa e justa, garantindo que você obtém o melhor preço de venda. 2. Não zelar o imóvel Pequenos reparos podem gerar um grande impacto na perceção do comprador e, por este motivo, é importante que se faça acompanhar de um mediador imobiliário que o ajude a identificar exatamente quais são as reparações e remodelações necessárias para aumentar o valor do imóvel, e assim, otimizar os seus investimentos. 3. Más fotografias Fotografias profissionais fazem toda a diferença na apresentação do imóvel, e um agente imobiliário possui experiência suficiente para o saber ajudar a colmatar esta situação, pois têm muitas vezes uma rede de contactos que lhes permite indicar fotógrafos especializados. Desta forma, garante que a sua casa é mostrada da melhor forma possível. 4. Má preparação nas visitas Com a ajuda de um mediador imobiliário, haverá uma preparação cuidada e estratégica nas visitas à casa, pois ele saberá exatamente o que fazer para tornar o imóvel o mais apelativo e interessante possível. Verá os pontos fortes do seu imóvel serem ressalvados e os ambientes destacados. 5. Não despersonalizar o imóvel Um profissional pode orientá-lo sobre como despersonalizar a casa sem tirar a sua identidade, criando um ambiente neutro que permita que o comprador se projete no espaço. 6. Vender a casa vazia Um mediador imobiliário pode eventualmente sugerir formas de mobilar a casa, de forma leve e funcional, para ajudar o comprador a visualizar o potencial do espaço, e assim, sentir mais interesse para a compra. 7. Perfurmar em demasia a casa Será alertado pelo profissional imobiliário que o acompanhar para os riscos da utilização de produtos que mascaram odores e que podem causar alergias, ou que provoquem cheiros demasiado intensos. Deve fazer uso do marketing olfativo, sim, mas de forma estratégica e com os produtos adequados. 8. Não contratar um agente imobiliário Este é o erro mais comum e um dos que mais prejudica a venda. O agente imobiliário oferece diversos benefícios que se vão verificar úteis e indispensáveis para o sucesso da sua venda, e por isso, não deve descurar este acompanhamento. De entre os benefícios está, principalmente, o conhecimento que estes profissionais têm do mercado, uma vez que sabem exatamente quais são as tendências em voga, os preços praticados na região onde está o seu imóvel e quais são os perfis de cada comprador. Além disso, são profissionais com uma extensa rede de contactos, que poderão encontrar mais rapidamente o comprador ideal para o seu imóvel, e são ótimos a negociar, pois têm experiência e saberão como defender os seus interesses, garantindo-lhe um bom negócio. Outra vantagem da contratação de um agente imobiliário é o fator visibilidade, pois estes profissionais, por estarem muitas vezes vinculados a portais imobiliários, poderão divulgar a sua casa nos principais em Portugal, como o CASASAPO e o SUPERCASA , alcançando um público muito maior de potenciais compradores. E finalmente, na parte mais chata do processo, um agente imobiliário saberá ajudá-lo com a assessoria jurídica, estando consigo em todas as etapas da negociação. Contar com a ajudar um mediador imobiliário é investir num processo de venda mais seguro, eficiente e lucrativo. O profissional desta área auxiliá-lo-á em todas as etapas, desde a preparação do imóvel até à assinatura do contrato, garantindo que você obtenha o melhor resultado possível.
Fonte: Adobe Stock Autor: Redação O Governo lançou recentemente um conjunto de medidas de apoio que promete aliviar a carga fiscal sobre os jovens na compra da primeira habitação, com foco em isenções de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis). Estas mudanças fazem parte de um esforço maior para apoiar os jovens na aquisição de casa própria, num mercado imobiliário cada vez mais desafiante e com preços elevados. Conheça as novas regras e o impacto que terão na compra de imóveis em Portugal. Isenção de IMI para jovens até aos 35 anos Uma das principais novidades é a isenção de IMI para jovens até aos 35 anos que comprem a sua primeira habitação. Com esta medida, os jovens proprietários poderão beneficiar da isenção do imposto. Deve-se verificar se o Valor Patrimonial Tributário (VPT) está correto, uma vez que este é o indicador que serve de base ao cálculo do IMI, e que é atualizado pelas Finanças a cada 3 anos. Este apoio aplica-se exclusivamente à habitação própria e permanente , ou seja, o imóvel adquirido deve ser destinado à residência do comprador e não a arrendamento ou a segunda habitação. Esta medida visa incentivar a aquisição de imóveis por jovens, ajudando a reduzir os encargos anuais associados à posse de uma casa e facilitando o acesso à habitação. Isenção de IMT na compra da primeira casa Outra medida relevante é a isenção de IMT na compra da primeira casa, um imposto que é habitualmente pago no momento da escritura e que incide sobre o valor de aquisição do imóvel. Com as novas regras, jovens até aos 35 anos poderão beneficiar desta isenção para imóveis até ao limite de 316.772 euros , aliviando uma parte significativa dos custos iniciais de aquisição. Caso o valor do imóvel ultrapasse este montante, a isenção é parcial, o que significa que o jovem pagará apenas a diferença proporcional, tornando a compra mais acessível mesmo para valores superiores. Esta medida pretende reduzir as barreiras de entrada no mercado imobiliário e facilitar a aquisição de habitação própria. Benefícios fiscais para jovens com crédito habitação Além das isenções de IMI e IMT, os jovens que contraírem crédito à habitação para a compra da primeira casa também podem beneficiar de deduções adicionais no IRS . Estes benefícios, juntamente com as condições vantajosas de financiamento oferecidas por algumas instituições bancárias, ajudam a reduzir os encargos mensais e a tornar o crédito habitação mais acessível para os jovens, incentivando a aquisição de imóveis por parte de uma geração que enfrenta desafios acrescidos no mercado imobiliário. Impacto das novas medidas no mercado imobiliário Estas novas regras vêm num momento em que os preços dos imóveis continuam a subir, tornando cada vez mais difícil para os jovens conseguir comprar casa. As isenções de IMI e IMT, bem como os benefícios fiscais associados ao crédito habitação, têm como objetivo aliviar o esforço financeiro das famílias jovens e fomentar a entrada de novos compradores no mercado. Estas medidas poderão também ter um impacto positivo na dinâmica do mercado imobiliário, incentivando a aquisição de imóveis em zonas periféricas e cidades de menor densidade, onde os preços são mais acessíveis . Por outro lado, as novas regras podem aumentar a procura por imóveis dentro dos limites de isenção, contribuindo para uma maior rotatividade do mercado. O que considerar ao comprar casa com as novas isenções Para tirar o máximo proveito destas medidas, é importante que os jovens se informem sobre os requisitos e limites estabelecidos para cada benefício. A escolha do imóvel, a correta utilização do crédito habitação e a verificação dos critérios de elegibilidade são passos fundamentais para garantir o acesso às isenções. Os consultores imobiliários e fiscais têm um papel importante na orientação dos compradores, ajudando-os a navegar pelas novas regras e a fazer escolhas informadas. Conhecer todas as possibilidades de isenção e os procedimentos necessários para as obter pode fazer toda a diferença no momento da compra. As recentes alterações nos impostos IMI e IMT representam um esforço significativo para apoiar os jovens na compra da primeira habitação, tornando o sonho da casa própria mais acessível. Para os consultores imobiliários, estas mudanças abrem novas oportunidades para captar clientes jovens, ajustando as suas estratégias de comunicação e aconselhamento. Estas medidas não só proporcionam um alívio imediato nas despesas iniciais de compra, como também incentivam uma gestão financeira mais equilibrada a longo prazo, promovendo a sustentabilidade do mercado imobiliário em Portugal. Se é jovem e está à procura de casa, aceda a https://supercasa.pt
Fonte: Adobe Stock Autor: Redação Após mais de dois anos de aumentos constantes nas prestações das casas, as taxas Euribor começam a inverter a tendência, proporcionando um alívio para as famílias com crédito à habitação . As taxas a 3, 6 e 12 meses voltaram a descer, para 3,469%, 3,351% e 3,072%, respetivamente. Esta redução revela-se bastante positiva no impacto dos juros no crédito à habitação, marcando uma mudança para muitas famílias portuguesas, o que conduzirá a alguma poupança por parte de muitos, que até hoje só viram aumentos na sua prestação da casa. Para os próximos meses, a expectativa é que as taxas Euribor continuem a cair, refletindo a esperada mudança na política monetária do Banco Central Europeu (BCE). De acordo com a presidente, Christine Lagarde, a próxima reunião sobre o tema realizar-se-á a 12 de setembro. Leia mais sobre: A bril: taxa de juro em Portugal foi mais baixa que a da Zona Euro , Crédito habitação jovem: tudo o que tens de saber , Avanço da garantia do estado em créditos habitacionais aguarda regulamentação