Segundo dados do Eurostat, no ano de 2020, 16% das empresas portuguesas devia pelo menos 1% das suas receitas aos canais online, face a 20% em 2019, a terceira maior quebra entre os países da União Europeia. A quebra ocorre num ano atípico, o primeiro com a pandemia da covid-19 declarada, onde a destruição de empresas ocorreu paralelamente à migração em massa dos consumidores para as compras digitais. Ainda conforme o gabinete de estatísticas europeu, 19% das empresas da União Europeia deviam pelo menos 1% das receitas às vendas online, face a 18% em 2019 e 13% em 2010. A maior percentagem entre os 27 coube à Dinamarca, com 38%, e à Irlanda e Suécia, cada uma com 34%. Se o aumento das empresas com vendas online de pelo menos 1% das receitas anuais foi muito significativo na Bélgica e na Finlândia, aumentando cada uma 5 pontos percentuais para 31% e 24%, respetivamente; a Roménia foi a que mais viu esta percentagem recuar de 2019 para 2020, de 18% para 12%. Seguia-se a República Checa (de 30% para 25%) e Portugal (de 20% para 16%). Na União Europeia, em 2020, 22% das empresas vendeu online a clientes do próprio país, 9% a clientes de outros países dos 27 e 5% a consumidores do resto do mundo. Em termos de plataformas, 19% das empresas fez as suas vendas online através de páginas web ou aplicações.
A GamaLife, antiga seguradora do Novo Banco, vai entrar no mercado italiano com a compra de uma unidade de negócios da Zurich Investments Life em Itália num investimento de aproximadamente 128 milhões de euros, indicou esta segunda-feira a companhia de seguros anteriormente designada por GNB Vida, segundo Jornal de Negócio. Em comunicado à CMVM, a GamaLife detalha que em causa está a aquisição de uma carteira de apólices em vigor de vida e de pensões e que a operação será financiada por recursos financeiros internos. A transação abrange mais de 180.000 apólices representadas por ativos de 8,4 mil milhões de euros em 31 de dezembro de 2020, acrescenta a seguradora liderada por Matteo Castelvetri (na foto). A GamaLife assinala ainda que vai estabelecer uma sucursal operacionalmente independente em Itália, que será maioritariamente composta por atuais funcionários da Zurich e será inicialmente apoiada por serviços de transição habitualmente prestados pela Zurich. A concretização da operação está dependente de diversas condições, nomeadamente a autorização por parte dos reguladores em Itália e Portugal. A entrada da GamaLife no mercado italiano com uma aquisição de tamanha dimensão demonstra o empenho na nossa estratégia de crescimento pan-europeu e permite-nos desenvolver ainda mais a nossa oferta de serviços prestados aos clientes, disse Matteo Castelvetri, citado num comunicado enviado às redações. Juntamente com a Zurich, acreditamos que esta transação representa um forte alinhamento estratégico entre o foco da GamaLife no crescimento sustentável e a intenção da Zurich de sair de algumas linhas de negócio em Itália, acrescenta o responsável. Estamos ansiosos por receber os clientes da Zurich. O nosso foco será assegurar uma transição sem falhas para todos os envolvidos e trazer os nossos valores de inovação, simplicidade e serviço a todo o grupo alargado da GamaLife, conclui. Este anúncio representa um passo importante na evolução da GamaLife após a aquisição da operação em Portugal em outubro de 2019, sublinha ainda o documento.
A Experience Group, gestora das redes de lojas da marca de equipamento desportivo na Península Ibérica, revela que as cinco lojas oficiais da New Balance em Portugal, localizadas em Lisboa, Porto, Alcochete, Faro e Vila do Conde, fecham definitivamente a 19 de janeiro. Em Espanha, segundo o Expansión, o fecho das cerca de duas dezenas de lojas irá suceder entre 10 e 15 de janeiro, tendo os trabalhadores, cerca de 250, já sido notificados da extinção dos postos de trabalho. Não foi possível apurar o número de trabalhadores em Portugal afetados por esta decisão. Em face de uma dívida superior a seis milhões de euros por parte do Experience Group, a New Balance, que fornece equipamentos a clubes como o FC Porto, Liverpool, Sevilha ou AS Roma, decidiu não renovar o acordo com a distribuidora oficial e proprietária das lojas da marca desportiva em Portugal e Espanha. A parceria para as vendas a retalho da marca desportiva na Península Ibérica, iniciada em 2013, chega ao fim depois de a New Balance ter divulgado que o atual contrato de licenciamento que expirou dia 31 de dezembro, não vai ser renovado. A fonte oficial da New Balance na Península Ibérica afirmou que a empresa é alheia à decisão de encerramento das lojas e consequentes despedimentos. A mesma fonte acrescentou que a New Balance planeia inclusive abrir lojas próprias em Portugal e Espanha no próximo ano, contudo, não adiantou mais detalhes. A mesma fonte ainda reforçou que não há planos para mudar a nossa estratégia comercial e tencionamos abrir uma série de lojas em todo o mundo nos próximos anos, apontando ainda que os produtos da marca vestuário e calçado desportivo vão manter-se disponíveis nas lojas multi-marca com as quais a empresa tem acordos de fornecimento, após o termo da parceria com o Experience Group. Ao abrigo da concessão, a New Balance cedia a marca e proporcionava o merchandising e o mobiliário necessários aos espaços comerciais geridos pelo Experience Group, dedicados em exclusivo à venda de produtos da empresa norte-americana. Já segundo o El País, no país vizinho, as lojas já entraram em liquidação esta semana estando a praticar descontos nos artigos da marca entre 40 e 50%, e que, a partir da próxima segunda-feira, vão chegar a 70% em todas as lojas. Contudo, este não é o cenário em Portugal. Se bem que o Governo proibiu práticas comerciais com redução de preço em estabelecimentos comerciais até dia 9 de janeiro, para evitar ajuntamentos em face do crescente número de casos de Covid-19. Ao abrigo da parceria, a Alfico, subsidiária espanhola da New Balance, garantiu o fornecimento de mercadoria às lojas do Experience Group com condições de pagamento muito específicas, mas desde 2019, ainda antes da pandemia, o Experience Group tem acumulada uma dívida superior a seis milhões de euros. A New Balance garante que a Alfico deu flexibilidade ao Experience Group para saldar a dívida, mas que esta nunca cumpriu com os planos de pagamento definidos.
A BMcar começa o ano de 2022 com uma novidade: Helder Boavida é o novo Presidente do Conselho Estratégico da BMcar. Aos 59 anos assume este novo desafio na BMcar, além de consultor no setor automóvel, contando com já cerca de 30 anos de ligação à área, segundo uma comunicação enviada ao SUPERCASA notícias. Para Helder Boavida, “depois de 18 fantásticos anos no BMW Group, não poderia haver melhor forma de voltar a Portugal do que estabelecer uma parceria com o Grupo de Retalho Automóvel BMcar, onde procuraremos juntamente com uma equipa super motivada e liderada pelo CEO da BMcar, Pedro Rodrigues, desenvolver ainda mais todo o potencial desta excelente organização”. De acordo com o CEO da BMcar, Pedro Rodrigues é com enorme orgulho e satisfação que comunicamos que o Helder Boavida é o novo Presidente do Conselho Estratégico da BMcar. Estamos convictos que a sua vasta experiência no setor automóvel, bem como a partilha dos mesmos valores, visão e ética profissional, são fatores de sucesso que vão permitir uma otimização e melhoria da nossa organização, bem como o desenvolvimento da sua atividade“. Helder Boavida regressa assim a Portugal, depois de terminada a ligação ao BMW Group onde esteve durante cerca de 18 anos. Durante esse tempo foi Diretor de Vendas e Marketing, CEO do BMW Group Portugal, e posteriormente CEO do BMW Group Mexico, CEO do BMW Group Brasil, e, finalmente, CEO do BMW Group Northern Europe com a responsabilidade dos sete mercados do norte europeu. Antes disso, esteve ligado à Renault Portugal, onde desempenhou durante 13 anos diversas funções, entre as quais Diretor de uma Concessão da filial portuguesa, bem como Diretor de Frotas e Viaturas Usadas na casa-mãe. Helder Boavida é licenciado em Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa.
A CS Wind ASM, empresa da Coreia do Sul, irá investir cerca de 260 milhões de euros nos próximos quatro anos com o intuito de triplicar a capacidade de produção de torres eólicas e fundações offshore nas suas instalações industriais em Portugal. O projeto da CS Wind no porto de Aveiro, é o maior dos 26 contratos fiscais de investimento aprovados na última semana de 2021 pelo governo. Este irá beneficiar de um crédito fiscal de até 16,6 milhões de euros e prevê a contratação de cerca de 400 pessoas até 2025. A fábrica dedicada ao segmento offshore tem atualmente uma capacidade de produção inferior a cem unidades por ano e uma área total de 72.000 metros quadrados na Zona Logística e de Atividades Industriais do Porto de Aveiro (ZALI), situada no município de Ílhavo. O grupo contém também uma fábrica em Sever do Vouga, que produz anualmente cerca de 200 torres em terra para serem instaladas em parques eólicos em terra. Recorde-se que no início do ano passado, a ASM Industries, maior produtora portuguesa de torres eólicas e fundações offshore, foi comprada pelo grupo da CS Wind, líder mundial no fabrico de torres eólicas. A nova acionista maioritária da ASM Industries, a CS Wind, divulgou, na altura que o objetivo da aquisição é reforçar a posição de liderança do mercado de energia eólica offshore europeia.
Dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal mostram que a dívida pública diminuiu em novembro pelo quinto mês consecutivo, para 269,8 mil milhões de euros. Comparativamente a outubro, a diferença é de apenas 1,4 mil milhões de euros, contudo, desde o pico alcançado em junho a dívida apurada na ótica de Maastricht, a que é relevante para as metas assumidas perante o Parlamento português e a Comissão Europeia, a descida já vai em 7,7 mil milhões de euros. Segundo explica o Banco de Portugal, a diminuição de dívida registada em novembro resulta essencialmente da amortização de títulos de dívida, no valor de 1,6 mil milhões de euros. O valor dos depósitos das administrações públicas também diminuiu, em 1,7 mil milhões de euros. Assim, líquida de depósitos a dívida pública aumentou ligeiramente, em 0,3 mil milhões de euros, para 251,5 mil milhões. O Governo está comprometido com uma meta de dívida pública de 126,9% do PIB, o valor que inscreveu na sua proposta de Orçamento do Estado para 2022, que acabou por ser chumbada pelo Parlamento. Este rácio é calculado usando o valor da dívida bruta, na ótica de Maastricht. Se se mantivesse o apuramento de novembro, e assumindo o PIB nominal esperado pelo Ministério das Finanças em setembro (o último disponível), neste momento o indicador vai em 126,5% do PIB.
A presidente da União de Associações do Comércio e Serviços da Região de Lisboa e Vale do Tejo (UACS), Lourdes Fonseca, revelou que as novas medidas de contenção, definidas pelo Governo, no âmbito da pandemia de covid, não são tão restritas como as adotadas durante os confinamentos, mas, ainda assim, estão a afetar a atividade. Acrescentou ainda que “está a afetar devido às restrições em termos dos metros quadrados, apesar de não serem tão restritas como no confinamento. Como são só duas semanas não está a afetar tanto quanto o habitual”. Frisou ainda que a maior penalização se prende com o facto de algumas lojas já estarem a praticar descontos e promoções. Conforme a responsável, com a proibição decretada pelo Governo, os comerciantes “foram prejudicados, pois tiveram de repor os preços”. O Governo, em Conselho de Ministros de 21 de dezembro, decretou uma série de medidas de contenção da pandemia até dia 9 de janeiro devido ao agravamento da pandemia de covid-19, como, por exemplo, a lotação dos espaços comerciais passar a estar limitada a uma pessoa por cada cinco metros quadrados, para evitar ajuntamentos que acontecem na semana a seguir ao Natal para trocas de presentes. Um dia depois, o Governo dava conta que os saldos estão proibidos entre 25 de dezembro e 9 de janeiro, contudo, os consumidores vão poder fazer as trocas nas lojas até ao final do próximo mês. Lourdes Fonseca relembrou que a semana após o Natal era aquela em que “habitualmente, além das trocas, começam as promoções e os saldos, havia um acréscimo grande de comércio”, lembrando que, neste momento, fica “adiado para o próximo ano”. “A partir de dia 09, quando começarem a ser feitas as promoções, pode ser que compense o que não se pode fazer agora neste fim de ano”, afirmou. Lourdes Fonseca lamentou também que nos apoios governamentais não haja uma “maior proporcionalidade nas medidas”, já que há setores que têm “apoios continuados e outros não, como o comércio em geral”. Destacou ainda que “devia ser ponderada a continuação de apoios para a subsistência de alguns setores até se conseguir ter a atividade normal”. Face ao agravamento da situação epidemiológica em Portugal, em virtude da nova variante Ómicron, o Governo decidiu antecipar as medidas previstas para a chamada semana de contenção de contactos que seria só em janeiro, para as 00:00 de dia 25 de dezembro.
A virada do ano é um momento dado a balanços do que passou e a perspetivas do que há de vir. No mercado imobiliário, o ano que terminou foi desafiante. Os principais operadores validam os dados recentemente fornecidos pela consultora JLL. Em 2021, o mercado imobiliário residencial deverá ter atingido um recorde de 33 milhões de euros transacionados num total de mais de 191 mil imóveis vendidos, ultrapassando os números de 2019. Mais do que um setor resiliente, níveis de procura em máximos históricos apesar do contexto adverso da pandemia. Uma boa resposta do mercado nacional reforçou a diversificação da crescente procura internacional. No léxico deste novo ano, manter-se-ão termos como inflação, infeção, vacinação, bloqueios logísticos e disrupção. Particularmente nos tempos mais próximos, governabilidade, estabilidade e previsibilidade, decisivos para decisores, gestores e investidores. Mas incerteza será o dominante. A inflação será controlada? A procura imobiliária manter-se-á em alta, estagna ou retrai? Manter-se-á o bloqueio de mercadorias e a consequente subida anómala dos preços das matérias-primas, da energia e dos materiais de construção? Como irá o mercado de trabalho reagir à escassez de mão de obra especializada, no setor da construção? Com internacionalização, conectividade e digitalização, o mercado imobiliário em Portugal, pode ambicionar ser mais competitivo. Depois de ser considerado pela Forbes como o 3.º melhor destino internacional para viver e aposentar, a mesma fonte classifica Portugal como um dos mais atrativos e competitivos destinos para nómadas digitais. No imobiliário como no turismo e outros setores de atividade temos de seguir o caminho da inovação. Precisamos de mais empreendedores e espaços de cooperação entre empresas, universidades, centros de formação e qualificação profissional. Mais lugares que permitam gerar inovação e investigação qualificada. Precisamos de mais infraestrutura académica e centros de investigação que possam reter e atrair talentos. No passado dia 17 de dezembro, a Fundação Gulbenkian e a Fundação Champalimaud assinaram com a Administração do Porto de Lisboa, protocolos de concessão de espaços na doca de Pedrouços que irão permitir a reabilitação de 64 hectares junto ao Tejo e a construção do Ocean Campus, um novo cluster de desenvolvimento tecnológico que irá incluir centros de investigação e um polo universitário, a Blue Business School. É mais um excelente exemplo de cooperação do Estado com a iniciativa privada que deveria ser replicado. Mas a inovação tem de ir além do desenvolvimento e aplicação da ciência. No mercado imobiliário, os operadores terão de acelerar a aposta no digital e plataformas online, que permitiu viabilizar visitas, reservas e contratos à distância, ultrapassando restrições e barreiras físicas impostas pela pandemia. Na construção, centros de formação e qualificação como o CICCOPN – Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte e o CENFIC – Centro de Formação Profissional da Indústria da Construção Civil e Obras Públicas do Sul terão de ambicionar ser agentes de inovação e excelência, que promovam a adequação da oferta com a procura qualificada no mercado de trabalho, num setor que em 2021 se estimava deficitário em 70.000 trabalhadores, mas contava com 30.000 deles no desemprego. O PNI 2030 - Plano Nacional de Investimentos, parte integrante do Portugal 2030 e a plena execução do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência com um plano de efetivação até 2026, irão absorver parte da mão de obra disponível no mercado. Ainda que alguns promotores mantenham algum grau de incerteza na sua tomada de decisão, os planos de investimento continuam em execução. E como se comportarão os agentes económicos perante as tensões inflacionistas? A inflação pode induzir investimentos em imobiliário, enquanto refúgio a outras alternativas de rendimento e à depreciação da moeda. Por outro lado, a dificultação do acesso ao crédito e uma subida nas taxas de juro, terá reflexo na procura da classe média. De qualquer forma, os efeitos não serão imediatos. Num ano de grandes constrangimentos, 2021 não deixará de ficar marcado pela despedida a um amigo e pioneiro do jornalismo imobiliário, o Joaquim Pereira de Almeida. Mesmo com todas as incertezas, a gala dos Óscares do Imobiliário promovida pela revista Magazine Imobiliário irá certamente realizar-se e o mercado imobiliário continuará a mover-se. Fonte: Jorge Garcia
Os imóveis em Portugal irão passar a ter uma espécie de cartão de cidadão, por outras palavras, um número único de identificação, ao abrigo de um projeto-piloto que vem abrir caminho à criação de bases de dados abertos e atualizados em tempo real da propriedade em Portugal. Neste sentido, a partir do segundo semestre de 2022, vai ser lançado o Número de Identificação do Prédio (NIP), um registo único que será para as propriedades o equivalente ao cartão de cidadão para os indivíduos, reunindo toda a informação relativa à identidade predial num único número. Este projeto irá iniciar apenas para propriedades rústicas, podendo ser alargado, posteriormente, às urbanas. Trata-se dos primeiros passos para a criação de bases de dados abertas, interoperáveis e atualizadas em tempo real, relativamente a toda a informação disponível sobre as propriedades rústicas e urbanas. A secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, revela que “este poderá ser um momento crucial para a reforma da propriedade em Portugal. Hoje, cada proprietário tem o seu registo predial, mas tem também uma matriz, que está na Autoridade Tributária, um número de registo, outro número se tiver alguma propriedade arrendada, outro número na Direção Geral do Território, caso queira fazer algum tipo de georreferenciação da sua propriedade, e cada município tem os seus próprios números associados a cada propriedade e aos seus sistemas de informação geográfica. Poder fazer, no contexto da propriedade, aquilo que se fez com o cartão de cidadão no contexto da identidade civil será, talvez, a parte mais importante do trabalho de identificação do dono e da localização de cada propriedade”. O NIP surge no âmbito do Balcão Único do Prédio (BUPi), que permite aos proprietários de terrenos rústicos, sem documentação organizada e as propriedades devidamente identificadas geograficamente, atualizarem os respetivos registos. Deste modo, o lançamento do NIP será feito de forma gradual e em paralelo com a identificação e registo das terras e propriedades. À semelhança do BUPi, o NIP arrancará como projeto-piloto nas chamadas Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP), ou seja, zonas mais vulneráveis ao risco de incêndios onde se promove a gestão comum de espaços agrícolas e florestais, sobretudo na região Centro. Iniciará por apenas uma ou duas destas áreas, alargando-se, ao longo de 2023, por mais zonas. Embora não haja uma meta temporal para que todas as propriedades tenham NIP, visto que o sucesso dependerá da iniciativa dos proprietários que terão de identificar e registar as suas terras, os responsáveis acreditam que, até ao final de 2025, quando termina a implementação do PRR, “haverá um número muito significativo de prédios” que irão ter NIP, incluindo nas zonas urbanas.
O Banco Montepio vendeu uma carteira de crédito malparado, com mais 10 mil contratos e um valor bruto de 253 milhões de euros. Embora a operação não tenha impacto direto nas contas da instituição financeira, auxilia na diminuição da exposição a empréstimos não produtivos. O banco revelou em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que após um processo de venda competitivo, foi celebrada uma escritura pública de venda de uma carteira de créditos não produtivos (non-performing loans), sob a forma de venda direta às entidades LX Investments Partners III, BTL Ireland Acquisitions II Designated Activity Company e BTLP Acquisitions I Unipessoal, Lda, sociedades validamente constituídas e regidas pela lei portuguesa e com sede em Portugal. O montante bruto alienado foi de 253 milhões de euros, numa carteira que englobou 10.318 contratos registados em balanço e fora de balanço. Acrescenta ainda que após o desreconhecimento total dos créditos, o impacto estimado desta venda nos resultados do Banco Montepio será imaterial, representando, no entanto, uma importante redução das exposições não produtivas, contribuindo para uma diminuição de 1 ponto percentual no rácio de NPE. No imediato, a transação favoreceu para uma subida de 3 pontos base no rácio de capital total do Banco Montepio. A alienação retrata, conforme a instituição financeira uma consolidação da estratégia encetada pelo Conselho de Administração de contínua redução de ativos não produtivos e de reforço dos rácios de capital.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, revelou que não garante que o projeto de habitação acessível do Monte da Bela “seja exclusivamente público”, admitindo que a habitação pública “pode ser realizada com recurso a privados”. Rui Moreira respondia a uma questão da deputada do Bloco de Esquerda Elisabete de Carvalho sobre se o executivo “está disponível para encontrar uma solução 100% pública no Monte da Bela e que vá ao encontro das várias carências habitacionais registadas na cidade do Porto”. O mesmo prosseguiu, durante a sessão ordinária da Assembleia Municipal, realizada no Teatro Rivoli, que o que queremos, de facto, é dotar o Porto de habitação, temos uma visão diferente do Bloco, achamos que o que vale aqui é o ponto de chegada e não o ponto de partida. Ou seja, a habitação pública pode ser feita 100% pelo setor público, ou pode ser realizada com recurso a privados. Não temos essa questão ideológica, que respeito, naturalmente. A bancada do Bloco de Esquerda defendeu para aquele local “a construção de habitação pública municipal, para que seja disponibilizada, quer em regime de arrendamento acessível, quer em renda apoiada, garantindo a mescla de que o executivo tanto fala”. Para o BE, a resolução deve possibilitar “a antigos moradores do bairro poderem regressar ao seu antigo local de habitação, sem que fiquem impedidos pelo valor da renda”. Elisabete de Carvalho questionou ainda o executivo sobre a atualização da estratégia local de habitação e quais as soluções que estão a ser estudadas, em articulação com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), para os edifícios sem uso do Ministério da Defesa, na cidade. O edil lembrou que a estratégia local de habitação “pode ser revista a cada seis meses” e que está a trabalhar com o IHRU “para perceber, nesses terrenos em que pode haver habitação, quais serão desenvolvidos pelo IHRU e quais serão desenvolvidos pela Câmara Municipal do Porto”. Referiu ainda que “existe em Portugal um instituto que tem responsabilidade nesta matéria, o IHRU, que tem um parque habitacional, por acaso em bastante mau estado, mas também tem a capacidade e a obrigação de fazer aqui investimento”. Acrescentou que não se lembra “da última casa que o IHRU construiu” na cidade. O autarca voltou a relembrar que o município está “à espera das transferências” relativamente ao Programa de Apoio ao Acesso à Habitação 1.º Direito, no entanto, afirmou ter “a firme convicção de que o Estado vai cumprir os compromissos que tem com a Câmara Municipal do Porto”.
A Direção-Geral do Orçamento (DGO) revelou que a pandemia custou 6.751 milhões de euros (ME) ao Estado até novembro, devido a mais 6.232,4 ME de despesa e a menos 518,6 ME de receita. Na Síntese de Execução Orçamental divulgada pela DGO, até ao final de novembro, a execução das medidas adotadas no âmbito do combate e da prevenção da covid-19, bem como as que têm por objetivo repor a normalidade, conduziu a uma redução da receita de 518,6 milhões de euros e a um aumento da despesa total em 6.232,4 milhões de euros. Do lado da receita, a DGO realça o impacto relacionado à suspensão dos pagamentos por conta do IRC, estimado em 265,1 ME, bem como o impacto relativo à isenção do pagamento da Taxa Social Única (TSU), estimado em 218,6 ME. Quanto à despesa, os apoios às empresas e ao emprego alcançaram 3.397,6 ME, com destaque para o programa Apoiar (1.070,5 ME), os apoios ao setor dos transportes (603,5 ME), o apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade (533 ME) e o lay-off simplificado (367,5 ME). A DGO afirma também as medidas do setor da Saúde, no montante de 1.312,9 ME, nomeadamente com recursos humanos, equipamentos de proteção individual, medicamentos, vacinas e testes, bem como as medidas de apoio ao rendimento das famílias que totalizaram 848,5 ME. Os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores custaram 463,3 ME até novembro. A DGO acrescenta ainda que na ausência das despesas associadas às medidas no âmbito da covid-19, a despesa efetiva das Administrações Públicas teria crescido 2,7% face ao ano anterior (em vez de +5%) e a receita efetiva teria aumentado 7% (em vez de +8,6%). Até outubro, a pandemia de covid-19 tinha custado 6.247,9 ME ao Estado, devido a mais 5.275,8 ME de despesa e a menos 972,1 ME de receita. Há um ano, a DGO revelou que, de janeiro a novembro de 2020, a pandemia de covid-19 teve um impacto global de 4.296 ME nas contas públicas em virtude a uma redução da receita de 1.574,4 ME e a um aumento da despesa em 2.721,6 ME. Os dados divulgados pela DGO mostram que o défice orçamental melhorou em 2.219 ME até novembro, totalizando 6.652 ME em contabilidade pública.
Fonte: Pexels Autor: Redação Foi na passada sexta-feira, dia 20 de janeiro, que o Programa Nacional de Habitação (PNH) foi aprovado em parlamento, na esfera temporal 2022-2026. Esta é uma proposta de lei do Governo que prevê 22 medidas para o setor da habitação, em que estão previstos 2,377 milhões de euros para reforço do parque público habitacional, 183 milhões de euros para incentivos à oferta privada e social de arrendamento a custos acessíveis e 167 milhões de euros para respostas de emergência. O PNH surge no âmbito da crise habitacional grave e da total ausência de instrumentos e medidas de política pública de habitação de que o país atualmente carece, criado para ir ao encontro de uma resposta e garantia de acesso global à habitação. Trata-se, assim, de um instrumento pragmático da política nacional de habitação que estabelece, numa perspetiva plurianual, os seus objetivos, prioridades, programas e medidas, substituindo, nestes termos, a Estratégia Nacional para a Habitação (ENH). Este programa deverá ser revisto de cinco em cinco anos, ou até menos se necessário, e abrange todo o território nacional. A sua concretização é assegurada através de financiamento público, recorrendo a fundos nacionais e europeus, e cabe ao Governo o acompanhamento e execução das medidas em causa, nomeadamente através do IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana) . Eis as 22 medidas previstas para o Programa Nacional de Habitação, segundo a Proposta de Lei 46/XV/1: Eixo 1 - Reforçar e qualificar o parque habitacional público, enquanto resposta permanente Programa 1.º Direito - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação Criação de uma bolsa de imóveis do Estado para habitação Execução do plano de reabilitação do parque habitacional público Processo aquisitivo de imóveis Eixo 2 - Garantir respostas de emergência para situações de risco e emergência social Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário - BNAUT Programa Porta de Entrada Eixo 3 - Incentivar a oferta privada de arrendamento a custos acessíveis Programa de Apoio ao Arrendamento (PAA) Programa Porta 65 - Jovem Reabilitar para arrendar - Habitação Acessível Habitação a custos controlados Eixo 4 - Reforçar a estabilidade e confiança no mercado habitacional Promoção de contratos de longa duração Direito Real de Habitação Duradoura Proteção dos Arrendatários Fiscalização do arrendamento Estudo dos modelos internacionais de regulação do mercado de habitação Eixo 5 - Qualificar os espaços residenciais e promover uma maior coesão territorial Da Habitação ao Habitat Programas de mobilidade habitacional IFRRU 2030 - Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas Acompanhamento do regular funcionamento dos instrumentos de política habitacional junto dos municípios Eixo 6 - Promover a sustentabilidade e inovação das soluções habitacionais Promoção de novos modelos de habitação cooperativa e colaborativa Inovação e sustentabilidade - Projeto-piloto de habitação pública Codificação das normas técnicas de construção
Fonte: Unsplash Autor: Redação Quem por lá passa diz que Viseu é uma cidade feliz. Erguendo-se entre os 400 e os 700m de altitude, oferece aos seus visitantes belas paisagens e tradições seculares imperdíveis. Desde as serras aos rios, bem centralizada e a poucos minutos de grandes cidades do norte, como Porto e Braga , esta é uma região onde se sentirá em pleno contacto com a natureza. Apesar do património egrégio, Viseu oferece, também, aos mais jovens e amantes de inovação artística, um olhar sobre a arte urbana que se destaca entre as ruas desta cidade, conjugando-se com as típicas degustações dos vinhos da região e com os variados monumentos disponíveis para visitar. Marcada pela afável receção de quem lá vive, é uma cidade em constante rodopio, sendo que é bastante visitada por turistas de todo o mundo. Visitas à Sé Catedral e às feiras típicas dos meses de verão, como a Feira de São Mateus , fazem as delícias de quem a visita. Mas, se procura um lugar junto à natureza, Viseu continua a ser a escolha acertada, aresentando elementos que o transportarão para uma permanente sensação de repouso, onde poderá, por exemplo, explorar as vinhas , as termas de Alcafache ou provar as iguarias da região, como as Migas à Lagareiro ou as saborosas Trutas do Paiva. Descubra esta maravilhosa cidade e comece já a fazer os seus planos. Pode visualizar todos os imóveis disponíveis da região no SUPERCASA ou descobrir aqueles que foram publicados nas últimas 48h .
Fonte: SUPERCASA Autor: Redação Que balanço faz do lançamento do SUPERCASA até à data? Começo por dizer que o SUPERCASA já está no seu terceiro ano civil e podemos afirmar que 2023 está a ser o grande ano de afirmação do Portal. No ano passado, iniciámos uma forte campanha internacional que colocou o nosso portal na primeira posição nas pesquisas de imobiliário em Portugal , a partir de qualquer país do mundo. Nesta altura, deixámos o nosso principal concorrente para trás e o SUPERCASA é agora incontornável na estratégia online de qualquer empresa de mediação ou promoção imobiliária. Se quiser estar no mercado é a opção mais forte. E como tem sido a evolução do SUPERCASA no mercado doméstico? Bem, começámos por referir o mercado internacional, mas a nossa grande campanha de afirmação - como não podia deixar de ser -, é no mercado nacional. Qualquer interessado em imobiliário, seja ele português ou de outra nacionalidade, será exposto aos imóveis SUPERCASA , dado o posicionamento destacado na Internet assegurado pelo portal. Esta é a nossa promessa desde o lançamento e estamos a cumpri-la. O SUPERCASA é incontornável e é por essa razão que todo o público que procura imobiliário passa pelo portal. Nesse sentido, continuaremos a fazer desenvolver todas as estratégias necessárias para continuar a oferecer um retorno elevado. Porque nós ajudamos verdadeiramente as empresas de mediação na sua estratégia online. No que diz respeito ao investimento a realizar na promoção do SUPERCASA em 2023, de que valores estamos a falar? O investimento previsto para este ano ronda os 5,3 milhões de euros, o que supera o orçamento realizado por qualquer outro portal imobiliário. O principal objetivo das campanhas previstas para este ano é a afirmação do SUPERCASA como portal líder no mercado imobiliário. Do ponto de vista de uma empresa de mediação imobiliária, esta é a melhor altura para estar no SUPERCASA . Isto porque, todo o investimento realizado na promoção do portal, trará a todos os mediadores presentes no SUPERCASA um retorno de valores que dificilmente conseguirão obter noutro portal. Qual é a análise que faz do atual panorama nacional? E como encara a ascensão do SUPERCASA face à concorrência? Trata-se de uma afirmação e crescimento naturais. Além disso, não podemos ignorar que, parte dos concorrentes do SUPERCASA já não se encontram sob a gestão dos seus fundadores, uma vez que são agora geridos por fundos internacionais, encontrando-se numa realidade em que o seu principal objetivo é a receita obtida. Consequentemente, estes portais todos os anos dobram, e até triplicam, os custos imputados aos seus clientes. Ora, quando estes portais concorrentes se esquecem da promessa aos seus clientes e se focam em obter cada vez mais receitas, começa o seu declínio. Os portais deixam de entregar o que prometem e isso facilita-nos a vida, estamos a correr mais pelo cliente, queremos entregar mais ainda, e neste momento tenho a certeza que o SUPERCASA é a opção número 1 para qualquer player do mercado , não tenho dúvidas disso. Acontece também que muitos mediadores recusaram os aumentos impostos por alguns concorrentes, e encontraram o SUPERCASA em processo de liderança do mercado. Foi uma migração natural: primeiro chegam as empresas mais atentas e profissionais, e de seguida todo o mercado as segue. Temos uma equipa de cerca de 160 pessoas dedicadas em exclusivo - de longe a equipa tecnologicamente mais bem preparada do mercado. Do ponto de vista financeiro temos também um dos melhores, senão mesmo o melhor, orçamento , e uma experiência de mais de 20 anos exclusivamente no imobiliário e na internet. E no futuro, quais são os vossos planos? Espanha pode vir a ser o próximo mercado? Para dizer a verdade, já estamos presentes no mercado espanhol há cerca de 14 anos e, tal como em Portugal, somos uma das principais empresas do setor imobiliário do mercado espanhol. Contudo, a nossa atuação mantém-se focada no CRM imobiliário. É claro que o passo natural será lançar o SUPERCASA Espanha. Mas, quanto a isso, não posso revelar muito mais... A única coisa que lhe posso avançar é que a nossa equipa em Espanha está motivadíssima! Vamos aguardar... pode ser que haja boas notícias brevemente. Gostou desta notícia? Leia também Portal SUPERCASA entra em 2023 a bater recordes
Fonte: Unsplash Autor: Redação Famosa pelas suas tradições e património cultural, Alcobaça faz o deleite de qualquer pessoa que procure encantos e lugares inesquecíveis para visitar. Dizem até que esta é a terra da paixão, bem conhecida pelas suas terras de cultivo e monumentos seculares, é um ótimo lugar para iniciar uma vida longe da azáfama das grandes cidades, estando, ainda assim, próxima de vários pontos de referência. Já terá certamente ouvido falar das bem conhecidas maçãs de Alcobaça , que como o nome bem indica, são um dos ex-libris desta cidade do oeste. A sua notoriedade já faz jus internacional e a marca já está até espalhada pelo país, levado até várias regiões o seu cunho de excelência neste que é um setor rico da zona oeste. A nível cultural, já terá certamente ouvido falar do Mosteiro de Alcobaça , do Castelo, do Museu do Vinho , que é o maior e mais completo museu desta área em território nacional, e do Cine-Teatro de Alcobaça , onde é possível assistir a espetáculos, abrangendo diversas áreas como a música, a dança e o teatro. Alcobaça é também bastante conhecida pelas suas festas, destacando-se o carnaval , o festival de música de Alcobaça , os mercados medievais ou a Feira de São Bernardo . Mas são os doces que o farão apaixonar-se por esta cidade, em que poderá provar, além das deliciosas maçãs, as famosas Cornucópias , o Pudim de Ovos dos frades e o delicioso Pão de Ló de Alfeizerão , além de um leque de outras frutas e vegetais produzidas na região, como as pêras, os pêssegos e as leguminosas. Viver na cidade de Alcobaça é escolher viver em comunhão com o ambiente, onde a qualidade de vida é superior, mesmo a nível de saúde e educação, tendo bastante a oferecer a quem por aqui passa e decide ficar . Assim sendo, comece já a planear a sua nova vida neste lugar e veja os imóveis publicados no SUPERCASA durante as últimas 48 horas: Apartamento T2 , em São Martinho do Porto, Alcobaça Bungalow T3 em Alfeizerão, Alcobaça Moradia T2 em Évora de Alcobaça, Alcobaça