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Educação

Guia do Estudante Universitário

31 AGOSTO 2023
Tópicos
Dicas SUPERCASA Residências para Estudantes Universitários Ensino Superior Ensino Secundário Jovens Candidaturas Dicas Arrendar Quartos
Para todas as tuas dúvidas relacionadas com o Ensino Superior, consulta o nosso Guia!
Guia do Estudante Universitário
Fonte: Freepik
Autor: Redação


1. Porque é que te deves candidatar ao Ensino Superior?

Se ainda tens dúvidas quanto ao teu futuro, em concreto se deves ou não ingressar no Ensino Superior, ajudamos-te a fazer esta reflexão. As decisões podem não parecer simples, sobretudo num momento em que tudo parece complicar, com toda a ansiedade dos exames finais e, mais à frente, o complexo processo de candidaturas à faculdade. No entanto, e não sendo um bicho de sete cabeças, estamos aqui para te mostrar a importância da formação académica para a tua vida adulta, que num abrir e fechar de olhos se aproxima para te bater à porta.

De acordo com o relatório Education at a Glance, de 2020, 44% da população com idade compreendida entre os 25 e os 34 tinha um curso superior, um número que tem vindo a crescer de há 15 anos para cá. Nos dias de hoje, uma licenciatura é determinante para as probabilidades de um maior sucesso profissional, sobretudo em áreas específicas como medicina, direito, ciências ou estudos sociais.

Neste sentido, e porque queremos o melhor para ti e para o teu futuro, damos-te quatro motivos para prosseguires estudos:

Mais e melhores saídas profissionais

Com um diploma verás que as tuas possibilidades se tornam mais amplas. Dependendo da área que escolheres, um candidato com ensino superior é sempre mais valorizado do que um que não tenha essa formação, porque apesar da experiência ser um fator importante, os conhecimentos teóricos acabam por deter um maior peso na hora da seleção. E se de facto procuras sucesso na tua vida profissional, o ideal é que concorras ao ensino superior e completes uma licenciatura para que consigas obter acesso às ínfimas possibilidade que podem aparecer ao longo da tua vida profissional. Quanto mais completa for a tua formação académica, maior o acesso a boas propostas de emprego.

Mais estudos, mais vencimento

As compensações salariais são muito mais elevadas para pessoas com licenciaturas do que para aquelas que não têm, de acordo com a OCDE. Os teus estudo serão valorizados e isso vai notar-se no teu ordenado. Obviamente que a recompensa será maior ou menor dependendo da área que escolhas, mas o sentimento de recompensação estará presente.

Experiências únicas

A entrada na faculdade é um marco na vida individual de cada pessoa, já que se inicia um ciclo bastante importante que te levará à vida adulta. As responsabilidades acrescem e vais passar por um período de transição, em que deixas as asas dos pais para voares mais alto para um futuro construído por ti próprio. E vivenciarás coisas que, caso entrasses imediatamente no mercado de trabalho após o final do secundário, provavelmente nunca irias viver. O espírito académico vai acompanhar-te durante o processo, onde farás amigos para a vida e lidarás de perto com situações que te darão uma ideia do teu futuro.

Bem-estar e realização pessoal

Existem benefícios não-económicos que advêm da entrada na faculdade, sobretudo pelo sentimento de realização pessoal que te trará esse marco. Vais sentir orgulho de ti mesmo se concretizares este passo e receberás, certamente, a aprovação e orgulho dos teus pais, que verão a tua vida evoluir da forma mais positiva possível. Além disso, vais adquirir valores únicos que te tornarão numa pessoa mais completa e informada, preparado para todas e quaisquer adversidades.

2. Conhece as melhores Universidades portuguesas

Se estás a pensar candidatar-se ao ensino superior, é importante que estabeleças metas e objetivos que te levem ao lugar desejado para a tua vida profissional, sendo que a entrada na faculdade é um dos grandes marcos na vida de uma pessoa. O segredo para que tudo corra bem está na preparação e na forma como planeias este período de transição, sendo para isso essencial que te prepares com toda a informação possível, pois queremos que saias vitorioso desta fase tão importante da tua vida! O primeiro passo é perceberes a área na qual pretendes ingressar, sendo que as oito principais são:
  •     Ciências Exatas e da Terra;
  •     Ciências Biológicas;
  •     Engenharias;
  •     Ciências da Saúde;
  •     Ciências Agrárias;
  •     Linguística, Letras e Artes;
  •     Ciências Sociais Aplicadas;
  •     Ciências Humanas.
Se alguma destas é a tua predileta e tencionas escolhê-la a nível académico, então boas notícias! Em Portugal a oferta académica é enorme e de extrema qualidade, havendo não só universidades mas também Institutos Politécnicos que permitem uma aprendizagem completa e de qualidade em qualquer um dos tópicos acima mencionados. Por isso, assim que souberes exatamente a área que queres seguir, é importante analisar todos os cursos disponíveis para cada uma das temáticas, já que cada uma das oito áreas de conhecimento se estende muito para lá do que possas imaginar, com cursos bastante específicos para as mais diversas saídas profissionais.

Assim que tiveres tudo decidido é importante que coloques as tuas decisões por ordem de prioridade e preferência, já que no momento da candidatura, o primeiro curso que nomeares - a chamada "primeira opção" - pode ser aquela em que efetivamente és colocado. No entanto, se não conseguires um lugar nessa primeira opção, serás selecionado para a segunda ou terceira, pelo que é extremamente importante que coloques por ordem de preferência as opções em que melhor te encaixas, para não correres o risco de seres colocado num curso que provavelmente nem te interessa assim tanto. No entanto, fica a saber que, na pior das hipóteses, podes sempre recandidatar-se na segunda e terceira fases.

E antes de escolheres a tua faculdade pondera fatores como a distância da instituição à tua morada de residência, sendo bastante importante, durante o processo, encontrares alojamento em que possas ficar durante todo o período letivo, caso seja longe de casa. Para isso, poderás aceder a supercasa.pt e consultar os inúmeros imóveis disponíveis para arrendamento.

Mas sem mais demoras, apresentamos-te as cinco melhores Universidades em Portugal, de acordo com o ranking da QS World University Rankings 2023:

Universidade do Porto

Se procuras ingressar numa das universidade portuguesas que mais atrai estudantes nacionais e internacionais, esta é opção certeira. Podes ter a certeza de que serás bem encaminhado nesta instituição académica, já que terás à tua disposição um leque de cursos que te oferecerão saídas profissionais de excelência e de entre os quais se destacam os cursos de Gestão de Informação, Direito, Engenharia, Arquitetura e Farmácia.

No que diz respeito a valores para uma licenciatura ou licenciatura com mestrado integrado, as propinas podem variar entre os 3.500€ e os 8.000€.

Universidade de Lisboa

Em segundo lugar está uma das mais notáveis universidades do país, e a mais procurada por estudantes internacionais. Esta é uma universidade bastante completa, que oferece formação nas mais distintas áreas, destacando-se os cursos de Arquitetura, Ciências da Comunicação, Direito, Medicina Dentária e Relações Internacionais, para quem procura um leque mais alargado e com opções diferenciadas entre si.

As propinas, para uma licenciatura simples ou uma licenciatura com mestrado integrado, podem chegar até aos 12.500€ nos casos das propinas mais elevadas, ou até 3.000€, para as propinas mais baixas.

Universidade NOVA de Lisboa

Esta é uma universidade que disponibiliza um largo leque de cursos superiores, em diversas áreas, afirmando-se como uma das mais reputadas universidades do país, com 28 cursos de licenciatura, 103 mestrados, 12 mestrados integrados e 84 programas de doutoramento. A propina mais baixa poderá chegar até aos 7.000€, enquanto que não existem estimativas para o valor máximo, já que são várias as inscrições e possibilidades associadas a uma matrícula na Nova de Lisboa.

Destacam-se os cursos de Gestão, Economia, Finanças, Direito e Saúde Pública.

Universidade de Coimbra

Uma das mais antigas a tradicionais universidades do país, repleta de espírito académico como não há igual, esta é a universidade ideal para quem procura uma experiência completa do que é ser estudante universitário. Desde as praxes tradicionais até às tradicionais festas académicas, passando pelas inúmeras salas de estudo dos polos da universidade, a Universidade de Coimbra destaca-se pelo seu espírito boémio académico e os principais cursos, de entre um leque extenso, são Direito, Economia, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Eletrónica e Farmácia.

As propinas não serão inferiores a 7.000€.
        

Universidade de Aveiro

Fundada em 1973, e contando atualmente com 45 licenciaturas, 77 mestrados. 11 mestrados integrados e 51 doutoramentos, esta universidade é excelente para quem procura viver numa zona tranquila beneficiando, ao mesmo tempo, da vida académica que é proporcionada por esta universidade. É também uma das opções mais económicas, já que a propina mais baixa deverá rondar os 4.000€ e não ultrapassar os 5.500€.

É a universidade perfeita para quem procura ingressar num dos seguintes cursos: Língua e Literatura Inglesa, Ciências da Computação e Sistemas de Informação, Medicina ou Agricultura e Floresta.

Mais importante do que esta listagem é considerar que são necessárias boas notas para uma boa colocação e, por isso, há a necessidade de um bom desempenho durante a época de exames finais! E sobretudo, se tiveres a certeza do lugar para onde vais, tem atenção aos timings para o início da procura de casa, já que é uma época com bastante afluência, entre os jovens, e é essencial começar essa procura com antecedência para teres a certeza de que encontras a melhor opção! 

              

3. Ainda não sabes que curso vais seguir? Dicas para fazeres a melhor escolha

Quando se trata de escolher o curso superior, muitos estudantes sentem-se assoberbados com a imensidão de informação que existe atualmente, mas, sobretudo, por saberem que esta é uma escolha, que afinal de contas, é deles. Mostramos-te o que podes fazer para te ajudar a tomar a decisão, neste que é um passo tão importante da tua vida:

Faz uma lista daquilo que gostas

Com tanta informação disponível online é perfeitamente normal que te sintas perdido e não saibas por onde começar. Faz uma lista das tuas disciplinas favoritas, quais os teus hobbies e as tuas paixões; o que gostavas de fazer quando eras criança? Imaginas-te a fazer o quê no futuro? Estas são algumas questões que te podes colocar para perceber aquilo de que gostas.

Sugerimos também que consultes o site da DGES (Direção-Geral do Ensino Superior), onde encontrarás um Guia de Candidatura de Acesso ao Ensino Superior. Nesse guia podes pesquisar por todos os cursos, áreas, instituições e distritos, para te inteirares sobre a oferta de cursos existentes.

Tens a opção de, antecipadamente, pesquisar pelo Dia Aberto. Algumas universidades portuguesas costumam ter um dia dedicado à apresentação das licenciaturas para alunos que estão no último ano do Ensino Secundário. Costuma acontecer entre janeiro e maio, anualmente.
 
Podes começar a pensar qual o tipo de ensino que pretendes: ensino universitário (mais teórico e científico) ou ensino politécnico (mais prático, com vista à resolução de problemas), ou ainda ensino público ou privado (acarreta mais custos financeiros).

Pesquisa por profissionais dessas áreas

Depois de reunires alguns cursos nos quais possas ter interesse, mesmo que ainda possas ter dúvidas sobre qual deves escolher, pesquisa por profissionais dessas áreas nas redes sociais: LinkedIn e grupos de Facebook.

Troca impressões com a tua família, pois receberás diferentes feedbacks das áreas em que eles trabalham. Isto pode ajudar-te a ter alguma noção de como funciona o mercado de trabalho e a perceberes qual a probabilidade de ficares empregado em diferentes áreas. Mas não te esqueças de que, por mais opiniões e conselhos que recebas, a escolha é sempre tua!

Pesquisa também por estudos sobre cursos com elevada taxa de empregabilidade. Sugerimos que consultes a página de dados e estatísticas de cursos superiores do Info Cursos. Assim, ficarás com uma ideia de se os cursos que estás a considerar poderão ser uma mais-valia em termos de empregabilidade.

Onde queres estudar?

Queres continuar a estudar em Portugal ou queres ir para uma universidade no estrangeiro? Caso queiras permanecer em Portugal, tem em conta que o curso que pretendes pode não estar disponível em todas as instituições de ensino, de norte a sul do país.

Consoante a zona para onde vais (Portugal ou estrangeiro), considera os gastos que poderás ter com alojamento, transportes públicos, alimentação, livros e outros materiais de estudo e propinas. Verifica se isso impacta o orçamento definido por ti ou pela tua família para entrares na universidade.

Valida também, se for o caso, quais as condições de acesso de cada instituição para a atribuição de bolsa de estudo.

Procura pelos cursos com mais saída profissional

Desde 2020, muitas empresas migraram para o digital e é provável que já tenhas ouvido falar de termos como “teletrabalho”, “trabalho remoto” ou “modelo de trabalho híbrido”. Se continuas indeciso sobre qual o curso que vais escolher, seguem algumas das áreas com grande probabilidade de ter saída profissional, em 2023:
  •     Marketing Digital, E-commerce (está relacionado com lojas online, comércio eletrónico);
  •     UX/UI Design e WebDesign (UX significa “User Experience” e UI significa “User Interface”, e estão relacionadas com a experiência que o utilizador tem quando entra no site de uma empresa, ou quando pesquisa por algum produto, isto é, se entende facilmente a mensagem passada e se o site ou programa ou app carrega de forma rápida e intuitiva);
  •     Programação e Desenvolvimento de Software;
  •     Gestão e Análise de Dados;
  •     Saúde Mental e Psicologia;
  •     Sustentabilidade e Engenharia do Ambiente. 

Explora as Escolas de Verão das universidades

Se não tens ideia do curso, mas tens em mente algumas universidades, podes sempre aproveitar os diversos programas de verão de que dispõem. As Universidades de Lisboa e a Nova de Lisboa, por exemplo, contemplam uma “Summer School” para jovens entre os 15 e os 19 anos, com várias atividades que te podem não só dar conhecimento, como também uma ideia de como será ir para a faculdade.

É uma questão de pesquisares pelos sites das universidades e encontrares mais informação sobre os programas de verão.

                                       

4. Quais são as bolsas e os tipos de apoios disponíveis para quem se candidata ao Ensino Superior?

Quando os resultados oficiais das colocações forem publicados, caso tenhas entrado numa das opções que elegeste, já podes avançar com a matrícula no curso da Instituição do Ensino Superior onde ficaste colocado e dar início a uma nova fase que virás a recordar como os melhores anos da tua vida. As bolsas de estudo para o Ensino Superior têm como objetivo apoiar os estudantes com menos recursos financeiros, podendo ser disponibilizadas sob várias formas dependendo da entidade que atribui a bolsa: através da disponibilização de um valor monetário, alojamento, isenção de despesas escolares e/ou alimentação.

Tipos de bolsas de estudo públicas

Existem diferentes tipos de bolsas de estudo promovidas por entidades públicas:
  •     Bolsa de estudo de mérito: atribuída pela DGES a alunos com aproveitamento escolar excecional.
  •     Bolsa de mobilidade: atribuída pela DGES a alunos inseridos em programas de mobilidade no território nacional, como o Programa+ Superior ou programas de mobilidade internacional.
  •     Bolsas de estudos municipais: a atribuição destas bolsas depende dos critérios definidos por cada autarquia e da localização da instituição de ensino, uma vez que estas são financiadas pelas próprias autarquias.


Tipos de bolsas de estudo privadas

Também existem as bolsas de estudo atribuídas por entidades privadas. Normalmente, estas instituições têm programas de atribuição de bolsas de estudo próprios e disponíveis para quem pretenda prosseguir os seus estudos e não tenha recursos financeiros para tal. Deixamos-te aqui alguns dos  programas mais reputados em Portugal:
  •      Fundação José Neves
  •      Fundação Calouste Gulbenkian
  •      Fundação António Aleixo
  •      Instituto Camões
  •      Bolsas Santander
  •      Fundação para a Ciência e Tecnologia
Para te candidatares a uma bolsa de estudo pública, deves aceder à área reservada ao estudante no site da DGES e submeter o teu requerimento de atribuição da bolsa entre os próximos dias 25 de junho e 30 de setembro. Os critérios obrigatórios para que uma candidatura seja elegível são:
  •     Já estar matriculado ou inscrito numa instituição de Ensino Superior
  •     Ser cidadão português ou ter residência permanente em Portugal
  •     Apresentar a última declaração de IRS do agregado familiar
  •     Apresentar um comprovativo de IBAN válido 
Se te estás a candidatar ao Ensino Superior pela primeira vez, tens que declarar na tua candidatura que pretendes concorrer a uma bolsa de estudos e usar o link que te foi enviado na notificação de receção da candidatura. Se não conseguires usar o link enviado, podes contactar os Serviços de Ação Social da Instituição de Ensino Superior que pretendes frequentar e pedir as credenciais de acesso. Para tal, não te esqueças de ter o cartão de cidadão contigo.

Novas atualizações às Bolsas

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) anunciou atualizações relativas à atribuição das bolsas de estudo no Ensino Superior, que passam agora a ser atribuídas na fase de colocação dos candidatos. Mudam também as condições de acesso, que sofrem um alargamento, e podem chegar a mais de 5.000 estudantes.

De acordo com o Ministério os valores previstos serão aumentados, podendo chegar a um máximo de 5.981,73€, ou seja, um crescimento de 7% face ao ano letivo anterior, e o valor mínimo sofrerá também aumentos para os estudantes que se encontrem matriculados em mestrado.

Para os trabalhadores estudantes estas condições também serão alargadas, com um "limiar de elegibilidade para que os que comprovem ter auferido rendimentos pontuais obtidos designadamente durante os períodos de férias, passa a corresponder ao limiar geral acrescido de 1.520 euros (correspondente a duas vezes a Retribuição Mínima Mensal Garantida)" 

O Alojamento também terá novas regras, sendo que a manutentção da majoração dos complementos de alojamento passa a ser aprovada como medida permanente e os complementos podem atingir os 336,60€, dependendo da localidade para onde vás estudar. 

Para alunos carenciados as bolsas também serão alargadas a quem esteja em mestrado, passando a ser atribuídas no momento da colocação. Além disso, passam a abranger estudantes refugiados da Ucrânia, Síria e Afeganistão, com um valor máximo de 5.981,73€. 


5. Que documentos deves ter contigo para a Candidatura de Acesso ao Ensino Superior?

Existem aspetos importantes da tua candidatura ao ensino académico que deves ter em conta, e que envolvem uma série de elementos de que precisas para garantir a submissão da tua candidatura. Falamos em concreto da Ficha ENES.

ENES - Exames Nacionais do Ensino Secundário

Tal como indica o nome, a Ficha ENES será o documento que atesta a titularidade do teu curso do ensino secundário, apresentada como documento comprovativo para a candidatura ao ensino superior. Nesta Ficha estará reunida a classificação obtida nos teus exames nacionais e ainda a chave de ativação para a candidatura online no site da DGES, sendo por isso fulcral que obtenhas este documento.

Pedir a Ficha ENES: quando e onde?

Como nesta ficha vais ter toda a informação necessária para as várias fases de acesso, é essencial que faças o seu requerimento assim que tenhas a certeza das tuas classificações nos exames, e a qual é muito simples. Terás de pedir a Ficha ENES do ano para o qual te estás a candidatar, a qual podes solicitar junto da secretaria ou dos serviços administrativos da escola onde realizaste os exames nacionais, depois de terem saído as notas de classificação dos mesmos. Para solicitares a Ficha ENES só vais precisar do teu documento de identificação

Por norma dar-te-ão de imediato a Ficha ENES após a apresentação do requerimento, e esta poderá ser-te entregue via email ou de forma presencial, apesar de esta última modalidade ser mais comum. No entanto, e como cada escola adota normas específicas, informa-te junto da secretaria do teu estabelecimento de ensino

Tem em conta que, dependendo da instituição académica para onde te candidates, podes ou não necessitar da versão em papel da Ficha ENES, apesar de normalmente só bastar o código digital. Mas mais uma vez ressalvamos que é importante que te informes junto dos estabelecimentos em causa. 

Deves pedir a Ficha ENES até ao fim do prazo de candidaturas, tendo em conta os atrasos que podem decorrer do pedido de emissão do documento, e esta tem um custo associado que pode variar dos 0,10€ aos 5€. 

A Ficha ENES tem validade? E se repetir os exames tenho de a voltar a pedir?

A Ficha ENES é apenas válida para o ano em que é emitida, sendo que, como mencionámos acima, ao pedires a Ficha ENES 2023, esta só será válida para o ano em vigor. No entanto, a Ficha ENES é válida para todas as fases de candidaturas ao ensino superior, nas quais se entendem as 1.ª , 2.ª e 3.ª fases. 

E, se estás a pensar repetir os exames, aconselhamos-te a pedi-la só depois, já que, caso haja a repetição, há a necessidade de um novo requerimento, com as notas atualizadas consoante a 2.ª ou a 3.ª fase de candidaturas. No entanto, a Ficha ENES só considerará as melhorias das classificações finais às disciplinas com exames cujo efeito seja para acesso ao ensino superior

               

6. Como efetuar a Candidatura de Acesso ao Ensino Superior, passo a passo

Para que não restem dúvidas, neste que pode ser um processo confuso ou assoberbador, preparámos-te um guia passo a passo para que efetues a tua candidatura e consigas preencher todos os campos sem hesitação. No entanto, e porque as candidaturas às Instituições de Ensino Superior Privado se realizam em datas próprias, definidas pelos próprios estabelecimentos, e a candidatura é feita também por vias próprias, junto das instituições em causa, este é um guia para o concurso ao Ensino Nacional Público:

Acede à plataforma da DGES (Direção-Geral do Ensino Superior)

É importante que, antes de iniciares este processo, tenhas contigo a senha de acesso ao Portal da Candidatura online, que te devem ter enviado por email logo após o teu requerimento pela Ficha ENES, a qual também tens de ter contigo para conseguires efetuar a tua candidatura. No entanto, se não a tiveres, podes pedi-la através da DGES, onde deves preencher um pequeno formulário que te permitirá, depois, receber um documento que deves certificar na tua escola secundária ou em qualquer GAES (Gabinete de Acesso ao Ensino Superior). Depois de tudo isto assegurado, vais receber um novo email com a senha que utilizarás para entrar no Portal da Candidatura.

Além da senha de acesso ao Portal da Candidatura online é importante que tenhas contigo o teu número de cartão de cidadão - no entanto, caso tenhas nacionalidade estrangeira, podes solicitar, na tua escola ou no GAES, um número interno para fins de candidatura. E depois, tendo a senha de acesso, o teu número de cartão de cidadão e a Ficha ENES, deves ter contigo a Ficha de Pré-Requisitos, no caso concreto dos cursos em que esta seja pedida. 

Quando tiveres todos estes elementos em tua posse, deves aceder ao DGES, com o teu número de identificação e senha de acesso. Assim que clicares em "Submeter" darás início ao processo.

Recapitulamos os elementos obrigatórios que deves ter para efetuar a candidatura
  •     Senha de acesso ao Portal da Candidatura da DGES.
  •     Cartão de cidadão.
  •     Ficha ENES.
  •     Ficha de Pré-Requisitos, caso o curso a que te pretendes candidatar exija.

Preenche todas as tuas informações curriculares

Assim que entrares, ser-te-á pedido que dês informação sobre as tuas notas do secundário, em concreto a tua média de conclusão. Esta será uma informação que encontras na tua Ficha ENES, a qual podes e deves copiar para os campos do Portal da Candidatura. Vai ser-te pedido o código da ativação da ficha, a data da ficha, a tua média do secundário e o código da escola. 

Caso preenchas algum dos dados de forma incorreta, a plataforma vai barrar a continuação do processo, não te deixando avançar para o passo seguinte, por isso deves seguir meticulosamente a Ficha ENES e atentar à sua data, visto que o preenchimento incorreto deste campo é um dos erros mais comuns. 

Verifica se os teus exames nacionais estão corretos

Depois de inseridas todas as tuas informações curriculares, com base na Ficha ENES, vais avançar para os Exames Nacionais que se encontram realizados, válidos para os efeitos de acesso ao Ensino Superior. Aqui, basta que verifiques que se encontra tudo correto.

Introduz as tuas informações pessoais

Assim que confirmares que tudo se encontra correto, relativamente aos teus exames nacionais realizados, avançarás para o preenchimento de dados pessoais, onde deves introduzir a tua informação pessoal de contacto. Todos estes devem ser dados atualizados, como número de telefone, email e morada.

Escolhe as tuas opções de candidatura

Nesta fase da candidatura deves selecionar, primeiro, o Gabinete de Acesso ao Ensino Superior mais próximo da tua área de residência. Esta é uma escolha fundamental porque, caso tenhas algum problema no decorrer da tua candidatura, este será o lugar a que podes recorrer, e é importante que te encontres próximo dele, indepentemente da instituição para onde te candidates. 

Na segunda opção, relativa ao Desporto Escolar, podes selecionar o que entenderes. Estes dois campos, tanto o do Gabinente de Acesso ao Ensino Superior, como o do Desporto Escolar, são estatísticos, sem qualquer tipo de influência na tua candidatura efetiva, por isso não estarás a comprometer-te com a realização de desporto na faculdade, ao contrário do que parece. 

No bloco que se segue, relativo aos Estudantes economicamente carenciados, deves referir se pretendes ou não concorrer às bolsas de estudo de ação social, mas apenas de uma forma indicativa, já que para concorreres às bolsas, o processo decorre noutra plataforma, mediante acessos que a DGES depois te enviará. 

Depois deste campo preenchido avançarás para o campo Contingentes. Aqui, caso não pertenças a nenhum dos contingentes especiais, como os Açores, Madeira, Emigrantes, Militantes, Portadores de Deficiência ou Beneficiários de Ação Social, deves selecionar o Contingente Geral. Caso seleciones um dos outros contingentes, terás de te deslocar aos GAES para entregar a documentação que comprova o teu contingente. 

Por fim, chegarás ao bloco que se dedica à Comprovação da Preferência Regional/Contigente. Este é um benefício que podes ou não querer, indicando o código da Preferência Regional anteriormente solicitada no momento do pedido da Ficha ENES. Para beneficiares desta Preferência Regional deves colocar as opções nas primeiras posições da tua lista, sem interrupção já que, caso tenhas uma opção sem a preferência regional acima de uma opção com preferência regional, a preferência regional não vai prevalecer na opção onde a mencionaste.

Escolhe as tuas opções de curso

Chegas à fase mais importante, onde definirás as tuas opções de curso e para as quais selecionarás, também, as instituições a que te candidatas. Tens até seis opções e não és obrigado a preencher todas, no entanto, aconselhamos-te a que o faças, pois estarás a aumentar a tua probabilidade de entrar em, pelo menos, uma delas.

O mais importante a ter em conta é a ordem de preferência pela qual colocas as tuas seis opções, já que só serás colocado numa delas. Mesmo que tenhas colocado a opção que mais querias numa opção mais abaixo, e que a tua média desse para entrar, não poderias efetuar a matrícula. Só o poderás fazer pela ordem que definiste, por isso atenta neste ponto. 

Damos-te um exemplo prático: imagina que gostas muito do Curso de Biologia, no entanto, aquele para onde queres mesmo entrar é o Curso de Bioquímica e, no fim das tuas preferências, tens Engenharia da Energia e do Ambiente. A ordem correta seria, em 1.º lugar, o Curso de Bioquímica, em 2.º o curso de Biologia, e em 3.º o curso de Engenharia da Energia, e por aí adiante consoante as opções nas quais não tens tanto interesse. Na primeira posição vais colocar sempre o curso em que realmente queres entrar.

Tem em conta, também, que não serás prejudicado por colocar uma opção mais abaixo na tua lista que outro aluno possa colocar na primeira posição, pois o único fator que é considerado no momento de colocação é a nota de cada candidatura. Por isso, se tu tiveres uma opção em terceiro lugar, e não entres nas duas primeiras opções da tua lista, entras na tua terceira opção à frente de quem a tenha em primeira opção, no entanto, a tua nota de candidatura tem de ser superior à desses alunos. 

À frente de cada opção que selecionares aparecerá a nota de candidatura para a posição a que te candidatas, com os exames nacionais que tens válidos para esse efeito. Caso não apareça a nota, e em vez disso uma mensagem a vermelho, significa que não te podes candidatar a essa opção porque não satisfazes as condições de acesso a esse curso, porque não cumpres a nota mínima ou porque te falta uma prova de ingresso. Caso isso aconteça, deves eliminar essa opção e adicionar outra válida.

Preenche os pré-requisitos

Este não é um campo de preenchimento obrigatório, já que nem todos os cursos os pedem, no entanto, caso uma das tuas opções seja para um curso com esta exigência, deverá aparecer-te a indicação, e podem ser de dois tipos:

  •     Pré-requisitos que obrigam à realização de provas de aptidão física, vocacional ou funcional, e cuja comprovação de realização é através da Ficha de Pré-Requisitos que já deverás ter contigo neste momento.
  •     Pré-requisitos que não exigem provas de aptidão física, vocacional ou funcional e que apenas requeiram comprovação documental.

Assim, deves submeter a tua Ficha de Pré-Requisitos, comprovando a tua prestação de provas ou documentação exigida.

Confirma tudo

Estás a chegar ao fim deste processo e, nesta fase, depois de preenchidos todos os pontos acima, deves confirmar as tuas opções de candidatura anteriormente submetidas. Deves validar, com atenção, se não existe nenhum erro na tua candidatura.

Valida e submete a tua candidatura

Mesmo depois de tudo confirmado, ainda te aparecerá uma mensagem a confirmar se existe ou não algum erro e, caso exista, a pedir que o revejas. Caso exista de facto, poderás voltar aos passos anteriores e corrigir o que não está certo. 

Depois de tudo corretamente validado deves carregar em "Submeter", o que conclui automaticamente a tua candidatura, e sugerimos que imprimas o recibo comprovativo e o guardes, pois esta é a prova em como efetuaste a candidatura e a mesma foi submetida, caso exista algum problema no futuro. Assim ficas com a garantia de que fizeste tudo. 

Podes submeter várias candidaturas

A melhor parte é que, caso mudes de ideias relativamente aos cursos selecionados, podes submeter tantas candidaturas quanto quiseres. Neste caso, sendo sempre considerada a última candidatura submetida, que substitui as anteriores. Sempre que repitas o processo, deves imprimir e guardar o recibo comprovativo, para teres a garantia desta submissão. 

                                     

7. Resultados das colocações do Ensino Superior: como te podes preparar para este momento

A preparação para a entrada na universidade é essencial, pelo que já deverás ter uma ideia exata do lugar para onde vais e daquilo que vais fazer. Assim, é fundamental que assegures determinados passos para que garantas a maior organização do teu futuro a curto prazo. No entanto, se ainda não finalizaste esta preparação, ou se procuras orientação para que consigas manter tudo em ordem, deixamos-te algumas para que te prepares até à da saída dos resultados das colocações:

Explora todos os fóruns universitários

Este é um processo no qual não estás sozinho, já que milhares de outros jovens se encontram exatamente na mesma situação que tu. Existem comunidades e fóruns online que te orientam neste processo, direcionando-te no caminho certo para obteres o máximo de informação possível, num momento em que várias dúvidas se podem formar. 

Poderás pesquisar todas as tuas dúvidas, consultar artigos e, também, participar nos fóruns de discussão, onde outros alunos, candidatos e jovens com mais experiência, te vão oferecer as suas próprias perspetivas. Esta é uma forma de preparação fundamental, pois estarás não só a dar resposta às tuas perguntas e inseguranças, mas também a colmatar os teus receios e ansiedades, partilhando-as com outros jovens na mesma situação que tu. 

Procura alojamento

É fundamental, se ainda não deste início a este processo de procura de casa, que comeces o mais rápido possível a sondar as tuas opções, pois à medida que o tempo passa, mais afluência haverá aos quartos e residências ainda disponíveis. Deves ter em consideração que, dependendo da tua disponibilidade financeira, vão existir diversas opções que terás de te despachar a agarrar. 

Uma das dicas que te damos, e a que poderás recorrer em qualquer fase da tua vida, sempre que precises de alojamento, é a consulta de portais imobiliários. As pesquisas serão feitas consoante as tuas necessidades e requisitos, havendo várias opções diversificadas que poderás consultar para entrar em contacto com os proprietários e fazer as tuas visitas. É essencial que comeces desde já esta preparação, pois assim que saírem as colocações, começará a corrida generalizada aos quartos, deixando-te com menos opções. 

Os portais imobiliários SUPERCASA e CASASAPO são dois dos portais onde poderás fazer esta pesquisa, não só pela sua presença notória no mercado imobiliário, mas pelos conteúdos informativos que te oferecem também. 

Planeia as tuas finanças

É extremamente importante que saibas com o que poderás contar e, caso estejas a depender da ajuda dos teus pais, o nosso conselho é que os envolvas em todos estes processos, para para que eles consigam gerir as suas finanças pessoas e ajudar-te na maior das suas possibilidades. Caso sejas tu próprio a fazer esta gestão, seja através de fundos próprios ou com recurso à ajuda financeira de outra pessoa, é essencial que faças uma previsão e um balaço do dinheiro que vai ser necessário para este processo. Desde propinas, alimentação, renda e transportes, serão imensas as despesas com que te vais atravessar, por isso, ainda antes de receberes os resultados das colocações, traça a tua estratégia financeira e organiza os teus budgets. Isto permitir-te-á um maior jogo de cintura, a longo prazo, com o dinheiro que terás disponível para movimentar, durante o teu percurso na universidade.

Reúne e organiza todos os documentos essenciais

Sabias que, no momento da matrícula, te são pedidos documentos como o Boletim de Vacinas, documento de identificação ou comprovativo de residência? Algumas faculdades exigem estes documentos, por isso, para que poupes tempo e saibas exatamente onde os encontrar, prepara-os com antecedência. Poderás até reunir uma pasta para este efeito, onde poderás agregar este tipo de documentos ou outros opcionais, que consideres pertinentes. Assim, depois de receberes os resultados das colocações, não andarás em stress à procura destes papéis. 

Trata da tua candidatura à Bolsa de Estudo

As candidaturas às Bolsas de Estudo decorrem até ao final do mês de setembro, deixando-te com tempo de sobra para este processo. No entanto, e porque assim que souberes a tua colocação e deres início à tua matrícula, o tempo vai passar a correr, as semanas que se seguirão vão parecer caóticas e cheias de coisas a acontecer, e isso provavelmente não te dará espaço para te lembrares deste passo, que é fundamental para quem tem elegibilidade ao apoio. Além disso, ao despachares já este passo, estarás a deixar tudo organizado para te focares noutras coisas, como o início do ano letivo e a fase de integração na universidade. Nos dias que se seguem, até à afixação dos resultados, recolhe todos os documentos e informações necessárias à tua candidatura, e preenche tudo com calma, garantido uma candidatura completa e ponderada.

               

8. Descobre como podes preparar o teu primeiro ano de faculdade

A entrada para a faculdade pode parecer assustadora e completamente desconhecida, já que estarás a progredir para um momento completamente novo da tua vida e em que te vais deparar com desafios e coisas com as quais não estavas à espera. No entanto, tudo isto é mais fácil do que parece. Vai ser uma fase curiosa, em que terás acesso a várias experiências e momentos que guardarás para o resto da tua vida, seja pelas pessoas e professores que conheceres ou pelos momentos vividos na boémica académica tão típica dos jovens universitários. 

O primeiro ano é, por norma, o mais desafiante, no entanto, e porque passada a fase inicial de estranheza, desconforto e inquietação, tudo ficará mais fácil e familiar. O primeiro passo, logo após a conclusão dos exames finais, é escolheres o curso no qual queres ingressar, proceder à candidatura e, logo depois, iniciar a procura por uma casa ou quarto, dependendo se vais ou não para uma instituição académica longe da tua residência habitual. 

Para que te orientes nesta fase, depois de tudo definido e de teres sido colocado num curso do teu agrado, damos-te conselhos fundamentais para conseguires ultrapassar toda a correria típica da faculdade, para a qual te deves munir de toda a informação essencial e documentos necessários à candidatura, como a Ficha ENES e a senha de acesso à plataforma de candidaturas. Sem estes documentos ficarás incapacitado de submeter a candidatura, no entanto, assegurado este passo, podes então começar a preparar-te.

Assegura a tua matrícula ou inscrição

Depois de toda a ansiedade das candidaturas ter passado à história, e concluído o teu processo de colocação após a candidatura, saberás exatamente para onde ir. No seguimento de todas estas burocracias, receberás a informação sobre a Instituição e curso onde tenhas sido colocado, para o qual se seguem passos fundamentais para que garantas o teu lugar na faculdade para onde desejaste ir. Falamos em concreto do momento de matrícula ou inscrição, ação obrigatória e que te assegurará lugar nas unidades currículares do curso onde foste colocado.

Esta fase decorre, geralmente, na primeira semana do ano letivo, dependendo de cada escola, universidade ou instituto, e por isso deves informar-te junto dos serviços académicos, para que não te atrases neste processo. A matrícula é fundamental, já que será o teu primeiro contacto com todas as informações relativas ao curso, colegas, horários e procedimentos. O nosso conselho é que, durante o momento de matrícula, procures conhecer um pouco do campus da tua universidade, para que comeces a conhecer os cantos à casa. É fundamental que te familiarizes com as salas, as localizações e todos os espaços relevantes para o teu percursos académico, como bibliotecas, cantinas ou serviços académicos, o qual podes e deves aproveitar para fazer no dia em que procedes à matrícula. Vais obter, também neste dia, os acessos às plataformas digitais da tua faculdade, onde poderás depois inscrever-te nas turmas e receber todos os documentos para as aulas.

Tem atenção aos teus horários

A fase de matrículas vai abrir-te portas para informação relativa a unidade currículares, para as quais te vais inscrever e, posteriormente, ter acesso aos horários. Em muitos casos estes são horários que podes escolher de forma opcional, havendo múltiplas opções consoante o tipo de cadeira, avaliação praticada ou regularidade do tema lecionado. Por isso, assim que tiveres o teu horário definido deves estudá-lo para evitares atrasos, faltas ou esquecimentos.

Provavelmente, ao longo do teu percurso no ensino secundário, passavas a vida a ouvir os professores dizerem-te que, na faculdade, tudo seria diferente e mais rigoroso, e a verdade é essa. No entanto, serás menos controlado no que à tua assiduidade diz respeito, havendo por norma um limite máximo de faltas que podes dar, consoante o tipo de avaliação praticada na unidade curricular. Assim, informa-te com antecedência e evita descuidos que te podem levar a um mau aproveitamento. E tem atenção que, apesar de em muitas unidades curriculares não existir a questão das faltas, por serem através de avaliação final, são muitos os professores que valorizam a tua assiduidade e participação, podendo esses fatores ter influência direta na tua avaliação.

Organiza o teu tempo e o teu estudo

Assim que estiveres totalmente integrado na tua instituição académica, em pleno período de aulas, pode ser difícil conseguir conciliar tudo o que te apetece fazer. Vai parecer-te tentador largar todos os teus deveres para ires aproveitar a tão típica vida boémia dos jovens estudantes universitários, no entanto, o nosso conselho é que assegures todos os teus trabalhos e estudos antes de tomares a decisão precipitada de descuidares o teu ritmo de aprendizagem ou estudo.

Nas primeiras semanas, sobretudo, vai ser bastante difícil conseguires acompanhar tudo o que é lecionado, por isso, tenta tirar o máximo de apontamentos, está atento às aulas e faz resumos semanais, para que te possas organizar da melhor forma. Assim, será mais fácil conjugares as duas vertentes da faculdade, onde estão incluídas praxes, festas, convívios e outras atividades académicas às quais não vais querer faltar!

Cuida de ti e do teu bem-estar

Todas estas novidades podem ser demais no início, deixando-te assoberbado e com a sensação de não seres capaz de dar resposta a tudo. No entanto, é importante que não desesperes e que tires espaço para ti próprio, para que consigas respirar e tirar uma folga da correria e frenesim de todas estas coisas novas. É importante que não te sintas pressionado, pois tudo correrá bem, mesmo que não pareça. Vais conhecer dezenas de pessoas novas, as quais se tornarão tuas amigas, seja nas aulas, em convívios ou como tuas colegas de casa, e deves aproveitar os momentos livres para te divertir e desanuviar, tendo sempre em mente as responsabilidades acrescidas que diariamente tens de assegurar. 


9. Conhece os tipos de residências e alojamentos disponíveis

Se concluíste o ensino secundário este ano, certamente já percebeste que existe um sem número de assuntos relacionados com o ingresso no Ensino Superior que vão muito além da formalização da tua candidatura e da tua média de ingresso. E tudo isto é uma completa novidade para ti. 

Hoje em dia, as preocupações relacionadas com a oferta de alojamento para estudantes universitários surgem cada vez mais cedo, e sabemos que gerir a ansiedade sentida durante a fase de candidaturas, a par com a necessidade de preparação de toda a logística relacionada com a tua entrada na universidade, não é fácil. Assim, para que te consigas orientar durante todo o processo, segue todas as dicas e conselhos necessários para poderes decidir sobre qual é a opção que melhor se ajusta à tua realidade: viver numa residência ou num quarto arrendado, partilhando a casa com outros estudantes.

Residências Estudantis

Este tipo de residências são geridas pelas Instituições de Ensino Superior. Assim, dependendo da Instituição que vieres a ingressar, a confirmar-se a tua entrada, podes, desde logo, formalizar a tua inscrição/candidatura. Neste tipo de alojamento, a atribuição de um quarto e os respetivos custos a cargo do estudante são decididos em função dos escalões da Ação Social desta entidade, os quais são revistos e atualizados anualmente, tendo em conta os rendimentos do agregado familiar do estudante. Além disso, todos os anos, há um determinado número de quartos que fica reservado para dar resposta aos candidatos a bolsas de estudo completas e que, além de apoio financeiro, também incluem o alojamento. 

Por esta razão, nem sempre é possível garantir a integração nestas residências a todos os estudantes que o solicitem, em grande parte devido ao número de alunos bolseiros que se candidatam todos os anos a este tipo de apoios. Para além disso, mesmo que a tua inscrição seja aceite, é grande a probabilidade de ficares num quarto partilhado com outro estudante. Apesar de esta não ser a solução ideal para muitos estudantes que prefeririam não ter de dividir o seu quarto com outra pessoa, a verdade é que a poupança que pode representar às famílias destes estudantes, fazem desta possibilidade uma opção perfeitamente viável.

Tendo em conta os valores envolvidos, vale sempre a pena tentares a tua sorte, no entanto, tem em consideração que este tipo de alojamentos envolve sempre várias regras de cumprimento e que poderás, na maior das hipóteses, ter de partilhar o quarto com mais um ou dois estudantes.

Residências Privadas

Tal como o nome indica, a gestão deste tipo de residências está a cargo de entidades privadas. Como tal, as despesas associadas a este tipo de alojamento irão, necessariamente, implicar gastos superiores para os residentes e para as suas famílias.

Claro que não nos podemos esquecer de que estamos a falar de um negócio lucrativo, o qual também disponibiliza aos seus clientes residentes um tipo de comodidades que as residências estudantis não oferecem, tais como serviços de limpeza do quarto e opções de alojamento que podem ir do quarto partilhado à suite de luxo, entre outros.

Normalmente, a mensalidade definida já inclui todas as despesas, como água, luz, internet e outras. Além disso, o processo de inscrição costuma ser mais tranquilo e menos burocrático do que acontece com o alojamento em residências estudantis, o que pode ser visto como uma grande vantagem, e assim, caso o teu orçamento familiar permita assumir esta despesa, poderás tratar de arranjar alojamento mais rapidamente e sem teres de aguardar pelos resultados das colocações. Contudo, e à semelhança do que acontece com as Residências Estudantis, podem existir várias regras de recolha obrigatória e proibição de levares amigos à tua residência, além do facto de se tratar de uma opção mais dispendiosa.

Assim, se procuras o tipo de alojamento ideal para ti, e o mais em conta, poderás consultar as opções do mercado de arrendamento a estudantes, cujos valores podem ser semelhantes aos de uma residência e até mais económicos, e onde poderás ter maior liberdade para gerires os teus horários e rotinas.

Aconselhamos-te a ser proativo e a sondar qual é a oferta disponível na localidade onde pretendes seguir os teus estudos universitários, para te que possas preparar com a devida antecedência e avançar com uma decisão assim que souberes onde foste colocado.

                

10. Dicas para viver em casas partilhadas: descobre quais são

São vários os motivos que levam alguém a escolher viver numa casa partilhada, o que exige não só um grande jogo de cintura no que diz respeito a tarefas domésticas das áreas partilhadas, mas também alguma paciência para lidar com as rotinas de cada um. Se vais para a universidade, o mais provável é que te vejas nesta situação. 

Arrendar um quarto é bastante mais económico do que suportar a renda de um imóvel inteiro. No entanto, a grande desvantagem associada está relacionada com a falta de privacidade, e também com um cuidado redobrado em respeitar o espaço dos outros inquilinos, o que poderá ser mais fácil se estiveres a partilhar a casa com amigos, por exemplo. Em qualquer das situações, seja com pessoas que conheças ou com perfeitos desconhecidos, ficarás dependente de regras essenciais para a coexistência no mesmo espaço. Mostramos-te o que fazer:

Definir regras e limites

É fundamental que, quando todos os inquilinos da casa que vão partilhar se conhecerem, sejam estabelecidas regras básicas de convivência. Se tiveres sorte, e os teus colegas de casa sejam pessoas com o mínimo de respeito pelo outro, estas regras provavelmente não serão nenhuma surpresa para eles. No entanto, acabarás por ter de lidar com pessoas com dificuldade em respeitar os limites, pelo que é mesmo importante que estes sejam definidos.

Para que tudo corra bem, estas regras devem ser estabelecidas e discutidas entre todos, para que seja possível chegar um senso comum e adaptá-las, também, conforme as necessidades específicas de cada elemento. Tudo isto tem como fim evitar conflitos e problemas, pelo que é essencial que todos concordem com o que é estabelecido de início, para que não existam, no futuro, mal entendidos ou confusões desnecessárias.

Limpar as áreas comuns

Partimos do princípio que toda a questão ficará resolvida no ponto 1., com a definição de regras e limites quanto à convivência e gestão da casa, por todos. No entanto, existem alguns pontos para os quais podem surgir dificuldades, como é o caso das limpezas. 

Este é um tema sensível a muitos, sobretudo em casas partilhadas, e muitas vezes motivo de conflito. Para evitares este tipo de situações, o ideal é fazer uma escala rotativa de limpeza, que pode ser diária, semanal ou mensal. Além disso, parte-se do pressuposto que, sempre que alguém suje alguma coisa, independentemente de ser a sua semana a limpar ou não, essa mesma pessoa deverá limpar o que sujou. Se, por exemplo, vais usar o fogão e o mesmo ficou sujo: independentemente de ser ou não a tua vez a limpar a casa, por respeito aos teus colegas e até por uma questão de zelo, deves limpar o que sujaste. 

Outro ponto importante, e de que muitos colegas de casa se esquecem no início, é o despejo do lixo, que deve ser da responsabilidade de todos, independentemente se é ou não a sua vez de limpar a casa. Se, por exemplo, vires o lixo cheio deves ir despejá-lo, aplicando-se novamente a regra do senso comum.

É extremamente importante que estas regras se mantenham ao longo do período de vivência, até porque, caso tudo seja seguido conforme se estabelece, haverá menos conflitos, e certamente terás uma melhor relação com os teus colegas.

E lembra-te, o quarto é da responsabilidade de cada um, mas as áreas partilhadas, tal como o nome indica, devem ter uma gestão partilhada.

Respeitar o espaço dos outros

O teu quarto é o teu espaço privado, assim como o quarto dos teus colegas será um local interdito para ti. Deves sempre ter isso em consideração, e não ultrapassar esse limite, assim como não gostarias que os teus colegas o fizessem contigo. 

No entanto, e porque existirão áreas na casa que serão comuns a todos, como a cozinha, a sala e a casa de banho, é essencial que se estabeleçam determinados espaços onde cada um possa deixar as suas coisas. A despensa, por exemplo, caso a haja, deve estar organizada de modo a que cada um saiba exatamente onde estão as suas coisas. Por outro lado, se existirem vários armários, divisões, gavetas ou compartimentos, devem ser divididos de igual forma por cada residente. A mesma coisa com o frigorífico. 

Se cada um respeitar esta regra e não mexerem nas coisas uns dos outros, não haverá conflitos.
 

Estabelecer rotinas e comunicar

Viver com outras pessoas pode ser complicado, por vezes, já que todos serão diferentes e isso implica, também, ter uma vida distinta, com horários e rotinas díspares. A sugestão é que, cada um, conforme os horários e a probabilidade de virem a incomodar os outros residentes, avisem com antecedência sobre algum tipo de situação fora do comum. 

Vamos imaginar, por exemplo, que um dos teus colegas de casa estuda à noite, e isso implica ele fazer horários diferentes dos teus. Assim, quanto tu fores dormir estará ele a sair de casa, e quando tu acordares, estará ele a ir deitar-se. Tem de existir conhecimento destas situações, para que se evitem situações incómodas. 

Outro aspeto a ter em conta é perceber as regras sobre levar outras pessoas a casa, pois poderá haver esse limite junto do senhorio ou mesmo dos residentes. Além disso, perceber se, autorizando-se essa situação, todos concordam com ela e, se se der o caso de ocorrer algum imprevisto em que a pessoa tenha de lá ficar durante mais tempo, dar a conhecer também aos outros residentes, e perceber junto deles se existe incómodo. 

É fundamental existir comunicação entre todos, para que não se gerem mal-entendidos ou confusões perfeitamente evitáveis com uma simples conversa. Podem dialogar sobre tudo o que vos incomoda e dar sugestões para melhorarem algumas situações, mas haver sempre a sensibilidade de ter este discernimento junto dos colegas. 

Gerir as despesas

Caso a tua seja uma renda que não inclua despesas, terás de as dividir com os teus colegas, num pagamento à parte. Nesta situação o aconselhável é que se defina o responsável pela recolha do dinheiro, definindo também as datas de pagamento e quais são as despesas comuns. Esta é uma função que pode ser simplificada com recurso a aplicações móveis, que façam a divisão automática das contas. Contudo, e para que nada disto gere controvérsia, este é um momento que deve ser partilhado entre todos os inquilinos. 

Devem analisar em conjunto as faturas da água, luz, gás e internet e perceber se, de facto, tudo bate certo, fazer as contas entre a totalidade dos residentes consumidores, e então proceder ao pagamento, por via da pessoa responsável estabelecida para esse fim. 

Convém que tudo esteja organizado e a funcionar como se da engrenagem de um motor se tratasse. Assim que entrarem nesse ritmo, e acreditando que não haverá conflitos, tudo levará a que a tua relação com os teus colegas de casa seja harmoniosa, respeitadora e amigável. Poderás mesmo conhecer pessoas com as quais cries uma forte ligação – e atenção, muito certamente haverá situações tensas em que será necessária paciência, abertura e diálogo. Contudo, contamos que tenhas uma boa experiência.

                                      

11. Descobre os tipos de estágios que poderás frequentar

Apresentamos-te os tipos de estágios que existem, os benefícios e como funcionam, para que possas fazer uma escolha adequada àquilo que pretendes.

Estágios Curriculares na Licenciatura

Em muitas licenciaturas (1.º ciclo de estudos superiores) tens a possibilidade de realizar um estágio curricular, normalmente no último semestre do curso. Este faz parte do plano de estudos e pode proporcionar-te uma excelente oportunidade de teres contacto com o mercado de trabalho da área que estás a estudar. 

Alguns exemplos de licenciaturas que incluem estágio curricular: 
  •     Enfermagem
  •     Educação Básica
  •     Psicologia
  •     Engenharia
  •     Comunicação Social

Objetivo
Teres uma experiência em contexto de trabalho e poderes desenvolver as competências teórico-práticas que adquiriste no curso. Desta forma, poderás ainda consolidar outras competências, tais como assiduidade, pontualidade, flexibilidade, uma vez que vais comunicar com diferentes pessoas, cumprir horários e desempenhar diferentes tarefas.

Duração
O estágio costuma realizar-se durante o último semestre e pode ter uma duração variável, consoante o que está estipulado no plano de estudos da licenciatura. Sendo parte integrante do curso, costuma ser creditado de acordo com o sistema europeu de transferência de créditos.

Horário
O horário de estágio é acordado entre a empresa (normalmente designada por entidade de acolhimento) e o aluno estagiário, considerando os interesses da entidade e a disponibilidade horária do aluno.

Candidatura
Terás sempre um orientador na entidade de acolhimento, e um docente responsável pelo estágio na tua universidade. As universidades costumam ter protocolos com várias entidades e têm um regulamento próprio de estágios. 

É necessário preencheres um formulário específico (varia consoante a faculdade) para solicitares autorização ao diretor do teu curso para que a tua proposta seja aprovada. Junto com esse formulário deves entregar o teu currículo atualizado, e uma carta de motivação

No final do estágio terás de apresentar um relatório de estágio, onde descreves todas as tarefas que realizaste e apresentas uma reflexão acerca da empresa onde estagiaste e de tudo o que aprendeste.

Remuneração
Atenção que o estágio curricular não deve ser confundido com um contrato de trabalho, não sendo, por isso, remunerado. O que pode acontecer é existir a possibilidade de receberes um subsídio de transporte e alimentação, as chamadas ajudas de custo, por parte da entidade, caso esta queira compensar-te de alguma forma.

Estágios curriculares no Mestrado

Existem também os estágios curriculares como parte do plano curricular do mestrado (2.º ciclo de estudos superiores). Normalmente, decorrem no último semestre e podem ter a duração mínima de 400 horas em contexto de trabalho, podendo variar consoante o regulamento de cada universidade. 

Podem também ser considerados estágios profissionalizantes (é o caso, por exemplo, de quem frequenta um mestrado em ensino). O horário e a candidatura são muito idênticos aos dos estágios curriculares, pelo que deves sempre consultar o regulamento que é aplicado na tua faculdade.

Em alternativa ao estágio curricular, é possível optares por desenvolver um trabalho de projeto ou uma dissertação, sendo estas as 3 modalidades para término do curso, que normalmente são apresentadas pelas universidades portuguesas.

O objetivo da realização de um estágio curricular no mestrado serve 4 propósitos principais: 
  •     Colocares em prática a experiência académica em contexto de trabalho;
  •     Aplicares metodologias diversas adequadas a cada situação real em contexto de trabalho;
  •     Adquirires competências interpessoais para o teu bom desempenho profissional;
  •     Concluíres o teu curso, neste caso, o mestrado.

Duração
O estágio costuma realizar-se durante o último semestre e pode ter uma duração variável, consoante o que está estipulado no plano de estudos do mestrado.

Horário
O horário de estágio é acordado entre a empresa (normalmente designada por entidade de acolhimento) e o aluno estagiário, considerando os interesses da entidade e a disponibilidade horária do aluno. 

Aqui pode existir alguma limitação de tempo, dado que tens um plano de estágio que deve ser cumprido à risca. Isto porque, após terminares o estágio, tens muito pouco tempo para entregar o relatório final, que será submetido à avaliação e dele dependerá parte da tua nota final do mestrado.

Candidatura
Se escolheres a modalidade do estágio curricular, este vai servir o propósito maior de te permitir concluir o mestrado. Assim, além do preenchimento dos formulários próprios para o efeito, terás de submeter à aprovação do diretor do curso um documento muito bem fundamentado, com o porquê da tua escolha do tema, da entidade e um plano de estágio.

Junto com esse formulário deves entregar o teu currículo atualizado, e uma carta de motivação. 

Estágios Extracurriculares

Algumas universidades disponibilizam esta opção (algumas apelidam de “opção livre”, ou “voluntariado curricular”). Desta forma, se estás a frequentar uma licenciatura ou um mestrado sem unidade curricular de estágio, valida se a tua faculdade te permite fazeres um estágio extracurricular, isto é, que não faz parte do plano de estudos e que é realizado fora do período letivo ou, então, que é uma opção livre dentro do teu plano de estudos, não sendo obrigatória. 

Serve o propósito de permitir que os alunos, cuja licenciatura não contemple uma unidade curricular de estágio, tenham também a experiência em contexto de trabalho para consolidarem competências adquiridas.

Duração
O estágio costuma realizar-se fora do período letivo e pode ter uma duração variável, consoante o que ficar acordado entre a entidade e o aluno estagiário.

Horário
O horário de estágio é acordado entre a empresa (normalmente designada por entidade de acolhimento) e o aluno estagiário, considerando os interesses da entidade e a disponibilidade horária do aluno estagiário.

Candidatura
Neste caso serás tu a procurar por entidades onde vejas que podes ter a possibilidade de aprender mais em contexto de trabalho, e que estejam relacionadas com a tua área de atuação. Podes entregar o teu currículo atualizado, e uma carta de motivação.

Remuneração
Sendo um estágio extracurricular, pode ou não ser remunerado. Terás de ver essa possibilidade com a entidade onde vais estagiar. Podem e devem celebrar um contrato onde estipulem todas estas questões.

Estágios profissionais

O estágio profissional trata-se de um estágio de caráter não obrigatório e que pode ser remunerado, celebrado entre o estagiário e a entidade promotora, através do contrato de estágio. Normalmente são financiados por instituições públicas e têm regulamentos próprios.

Qualquer empresa pode ter um programa para este tipo de estágios: exemplo disso são a SONAE, EDP, Vodafone, Bosch, RTP, Lidl, entre outros. Há também instituições públicas que promovem este tipo de programa, como é o caso do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e de algumas Câmaras Municipais.

Este tipo de estágio pode ser uma excelente oportunidade de complementares algum estágio curricular ou extracurricular; também te pode ser útil quando, por exemplo, terminaste já teu o grau de licenciado e estás a caminho do mestrado; ou quando já tens o grau de mestre e estás a caminho do doutoramento.

Também pode ser uma ótima oportunidade de entrares mais facilmente no mercado de trabalho, e também de veres se a empresa para onde vais está de acordo com o que pretendes.

Há todo um conjunto de regras específicas para um estágio profissional, e que podes ver abaixo.

Pontos obrigatórios:
- Refeição ou subsídio de alimentação;
- Bolsa mensal de estágio;
- Seguro de acidentes de trabalho;
- Contrato de Estágio, celebrado entre entidade e estagiário.

Contrato
O contrato de estágio tem, obrigatoriamente, de ser escrito, ficando um exemplar para cada uma das partes contratantes, e deve conter a seguinte informação (conforme o Decreto-Lei n.º 66/2011, de 1 de junho):
a) A identificação, as assinaturas e a morada ou sede das partes;
b) O nível de qualificação do estagiário;
c) A duração do estágio e a data de início;
d) A área em que o estágio se desenvolve e as funções atribuídas ao estagiário;
e) O local e o período de duração, diário e semanal, do estágio;
f) O valor do subsídio de estágio e do subsídio de refeição;
g) A data de celebração do contrato;
h) Cópia da apólice de seguro.

Duração
Não pode ser superior a 12 meses, exceto se for um estágio obrigatório para poder exercer uma determinada profissão (neste caso pode prolongar-se no máximo 18 meses).

Horário
O horário de estágio é acordado entre a empresa (normalmente designada por entidade de acolhimento) e o aluno estagiário, considerando os interesses da entidade e a disponibilidade horária do aluno estagiário.

Candidatura
Neste caso serás tu a procurar por entidades onde vejas que podes ter a possibilidade de aprender mais em contexto de trabalho, e que estejam relacionadas com a tua área de atuação. Podes ver se essas entidades já têm protocolo com o IEFP ou não. Podes também recorrer ao próprio IEFP.

Seja qual for a opção que escolheres, não te esqueças de formalizar tudo com um documento bem fundamentado sobre o porquê da tua escolha e de entregar o teu currículo atualizado, e uma carta de motivação.

Atenção: se já frequentaste um estágio profissional pelo IEFP, só o poderás voltar a fazer quando obtiveres um novo nível de qualificação de acordo com o Quadro Nacional de Qualificações (por exemplo, fizeste um estágio na licenciatura, só poderás fazer outro quando obtiveres o grau de mestre).

Remuneração
Normalmente, se fizeres o programa de estágio ao abrigo do IEFP, é-te atribuída uma bolsa mensal de estágio nos seguintes valores:
  •     1,3 IAS - sem nível de qualificação, nível 1 e 2: € 624,56
  •     1,4 IAS - nível 3: € 672,60
  •     1,6 IAS - nível 4: € 768,69
  •     1,7 IAS - nível 5: € 816,73
  •     2 IAS - nível 6: € 960,86
  •     2,2 IAS - nível 7: € 1.056,95
  •     2,5 IAS - nível 8: € 1.201,08
  •     Refeição ou subsídio de alimentação
  •     Seguro de acidentes de trabalho

Agora que já tens do teu lado as opções possíveis de estágios durante a faculdade, é uma questão de explorares cada uma delas de acordo com aquilo que te fizer mais sentido. Esclarece todas as dúvidas que tenhas junto do teu diretor de curso e, mais importante: aventura-te pelo mundo dos estágios e aproveita a experiência e mais-valias que te podem trazer.

12. Precisas de apoio financeiro? Fica a saber como funcionam os créditos pessoais para o Ensino Superior

São cada vez mais os jovens que desistem dos estudos devido ao estado atual da economia, o que coloca em causa os objetivos e o futuro de uma geração que apresenta cada vez mais dificuldades, quer no setor da educação, quer noutras áreas do quotidiano, como o acesso à habitação e a uma qualidade de vida digna. Para os pais, esta é uma despesa significativa, e que por vezes surge com dificuldade, como um peso no orçamento familiar. No entanto, existem formas de contornar esta problemática, sendo possível, hoje em dia, a aquisição de empréstimos para estudos superiores com alívio de taxas e juros, podendo ser aplicadas às ajudas de custo com materiais, propinas ou alimentação.

Do que se trata?

Este tipo de contrato é uma modalidade de crédito pessoal e funciona com finalidade à educação, ao contrário de outro tipo de créditos que podem ser utilizados para férias, por exemplo. O contraente beneficiará de melhores condições, pagando o mesmo pelo mesmo valor. Comparativamente a outros tipos de crédito, as taxas deste são mínimas quando colocadas lado a lado com as taxas de outros tipos de créditos, tendo sido decretadas pelo Banco de Portugal justamente para aliviar quem precisa deste tipo de ajuda financeira.

Sistema de Garantia Mútua

Este tipo de empréstimo garante a "Linha de Crédito para Estudantes do Ensino Superior com Garantia Mútua" em que o Estado funciona como fiador do crédito, o que permite uma maior acessibilidade do que num crédito comum, tendo de ser feito o pedido diretamente aos bancos aderentes.

Este sistema destina-se a todos os que queiram ingressar em instituições de ensino superior para seguir estudos, sejam públicas ou privadas, em território nacional, e abrange estudantes candidatos a cursos de ensino secundário ou técnicos profissionais, licenciaturas, pós-graduações, mestrados, doutoramentos ou outros que sejam elegíveis.

Dependendo do TAEG, que pode ir dos 5,6% aos 6,3%, os montantes deste crédito podem chegar até aos 30 mil euros, disponibilizado parcialmente de forma mensal, durante um período de seis anos.

Quando é que começo a pagar o empréstimo?

Não terás de pagar este crédito durante o período em que estás a estudar, podendo beneficiar de um período de carência que vai até dois anos, e apenas começar a pagá-lo assim que terminares os estudos, uma vez que o reembolso pode ser feito num prazo máximo de seis a dez anos. No entanto, caso não tenhas aproveitamento escolar, podes mesmo perder este crédito, após o primeiro ano.

Quais são as condições de acesso?

Para aceder a este crédito, o estudante tem de ter, no mínimo, 18 anos, ser cidadão nacional e título de residência válido, a frequentar uma instituição de ensino público ou privado, quer seja politécnico ou universitário, e tem de assumir o compromisso de manter os estudos e aproveitamento positivo durante o prazo do contrato.

São várias as instituições bancárias que disponibilizam este tipo de crédito e, portanto, é importante comparar os valores praticados entre todas elas, de forma a conseguir a melhor oferta. Para isso, a nossa sugestão é que faças uma análise cuidadosa às TAEG (Taxa Anual de Encargos Efetiva) e ao total do empréstimo com os custos do crédito, que se traduz em juros, comissões, impostos e outros encargos fiscais. Pede ajuda aos teus pais ou a um mediador de crédito e analisa o spread, produtos associados como cartões ou seguros, e o tipo de taxa (variável, fixa ou mista).

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