A Imovendo anuncia impactos negativos do Programa "Mais Habitação", que provocou o desaparecimento de benefícios fiscais.
Fonte: Freepik
Autor: Redação
Em comunicado enviado ao
SUPERCASA Notícias,
a imovendo diz que o fim dos benefícios fiscais (IMT, IMI, IRS e IVA), anunciados pelo Governo no Programa "Mais Habitação", será um golpe terrível para as famílias portuguesas e para o setor imobiliário em Portugal, aumentando os custos e desmotivando os investidores, respetivamente, o que vai perpetuar a crise habitacional e resultar na redução da atividade económica.
Veja, de acordo com a proptech imobiliária, os principais pontos de maior impacto:
Encarecimento da compra da primeira habitação
Com o desaparecimento da isenção de IMT e IVA,
as despesas associadas à aquisição de uma primeira habitação aumentarão significativamente. Por exemplo, antes, um jovem casal que adquirisse uma casa com o intuito de a reabilitar, podia beneficiar da isenção de IMT, mas agora esse benefício deixou de existir.
Com o aumento dos custos, muitas famílias de classe média podem ver-se impedidas de realizar o sonho de possuir um lar próprio.Falta de incentivo à reabilitação urbana
A reabilitação urbana foi uma estratégia crucial para revitalizar áreas degradadas e preservar o património arquitetónico português. No entanto, com o fim dos benefícios fiscais de IMI para prédios reabilitados, muitos proprietários e investidores ficarão desmotivados para apostar na renovação de edifícios antigos. Por exemplo, um edifício histórico numa área degradada, que anteriormente beneficiava de isenção de IMI após a sua reabilitação, agora verá esse incentivo desaparecer. Isso resultará numa diminuição de projetos de reabilitação, afetando o desenvolvimento urbano do país.
Impacto na Economia e Emprego
O setor imobiliário tem sido uma das forças impulsionadoras da economia portuguesa. Contudo, com o desaparecimento dos benefícios fiscais, haverá uma redução na atividade do mercado imobiliário. Menos transações imobiliárias significam menos empregos e menos receitas fiscais para o Estado. Antes, a isenção de IMT para imóveis reabilitados atraía investidores e estimulava a criação de empregos na indústria da construção civil e alojamento local. Agora, esse incentivo desapareceu, o que poderá resultar numa crise em vários setores.
Acesso à Habitação
Portugal já enfrenta uma crise habitacional preocupante, com uma oferta limitada de habitações a preços acessíveis. O fim dos benefícios fiscais apenas agravará esta situação, tornando o acesso à habitação ainda mais difícil para as famílias de baixo e médio rendimento. Esta medida ignora a necessidade urgente de garantir o direito básico de uma habitação digna para todos os cidadãos e aprofunda as desigualdades sociais.