A procura das obrigações da construtora portuguesa superou os 110 milhões de euros previstos na oferta definida.
A Mota-Engil alcançou um financiamento em 110 milhões de euros, contudo, os investidores queriam mais. A procura por parte dos investidores em obrigações associadas à sustentabilidade teve uma procura superior a 155 milhões de euros, ultrapassando a oferta em mais de 45 milhões.
A construtora portuguesa afirma que a emissão de obrigações associadas à sustentabilidade atingiu uma forte procura de 155.590.500 euros, o que significa uma procura 1,41 vezes superior aos 110 milhões previstos na oferta definida e revista em alta, bem como um valor 2,07 vezes superior ao montante de 75 milhões de euros inicialmente previstos.
A forte procura pelos títulos de dívida da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins já era presumível, tendo em conta que há uma semana a empresa comunicou a revisão em alta do valor da emissão, de 75 milhões de euros inicialmente previstos para 110 milhões.
Segundo Pedro Wilton, senior account manager da Euronext Lisbon, no dia em que o montante de emissão de dívida foi elevado para 110 milhões de euros, o segmento atribuído ao retalho (no valor de 81 milhões) já superava a oferta.
Esta emissão de obrigações possibilitou à construtora encaixar 40,05 milhões de euros e contou com o investimento de mais de 4.800 investidores, sendo que estes títulos têm maturidade de cinco anos. Cada título teve um valor nominal de 500 euros e a subscrição mínima foi de cinco obrigações, isto é, 2.500 euros. A empresa liquidou um juro fixo bruto de 4,25% (ou 3,06% líquidos, subtraindo a taxa liberatória de 28%).
Em conferência de imprensa, o CEO da Mota-Engil realça o sucesso da operação, sinalizando que apresenta a confiança dos investidores e garante que a construtora há muito que estava ciente de que as empresas devem ser cada vez mais transmissores e protagonistas de objetivos, nomeadamente o que toca às alterações climáticas.