App SUPERCASA - Descobre a tua nova casa
App SUPERCASA
Descobre a tua nova casa
Abrir
App SUPERCASA - Descobre a tua nova casa
App SUPERCASA
Descobre a tua nova casa
Abrir
Notícias do Mercado Imobiliário
Categorias
Lifestyle

Venda de carteiras de crédito malparado em Portugal: Negócio em pipeline este ano já somam 1.000 milhões de euros

10 MAIO 2022
Tópicos
Bancos Destaque Notícia Homepage
No final de 2021, Portugal contabilizava €7.700 milhões de crédito malparado na Banca, equivalente a 3,5% do montante total de crédito atribuído. Este stock de NPL diminuiu 37% face ao final de 2020.
Venda de carteiras de crédito malparado em Portugal: Negócio em pipeline este ano já somam 1.000 milhões de euros
O ano 2022 poderá voltar a colocar a atividade de venda de carteiras de crédito malparado (Non-Performing Loans – NPL, na sigla inglesa) em Portugal nos níveis pré-Covid, quando o padrão de transações se situava entre €6.500 e €8.000 milhões. As estimativas são apresentadas pela Prime Yield na sua mais recente edição do estudo “Keep an Eye on the NPL&REO Markets”, segundo um comunicado enviado ao SUPERCASA Notícias.

A empresa, que tem uma área de serviços especializados no mercado de NPL&REO com atuação em Portugal, Espanha, Grécia e Brasil, contabiliza no 1º trimestre deste ano um pipeline de €1.000 milhões entre carteiras de NPL já transacionadas, em negociação ou em oferta no mercado nacional. Este volume de negócios identificados só nos primeiros três meses do ano já perfazem o valor transacionado no total de 2020, abrindo, assim, boas perspetivas para a atividade de investimento neste tipo de ativos em 2022. 

“Apesar do malparado entre a Banca ter continuado a diminuir, a estratégia da maioria dos bancos portugueses continua a ser de redução do stock de crédito em incumprimento, havendo atualmente vários processos de venda em curso ou já anunciados, incluindo de instituições como o Bankinter, Santander, EuroBic ou o Millennium bcp. Além disso, é expetável o lançamento de novos processos de venda nos próximos meses por parte da CGD e do Montepio Geral”, explica Francisco Virgolino, Head and Partner of NPL&REO Portugal da Prime Yield.

Do lado da procura, o responsável destaca o “elevado interesse dos investidores em NPL no mercado português”, salientando que 2022 poderá ser um ano marcado também pela entrada de novos players no mercado. “Existem ainda muitos portfólios de grande dimensão, sobretudo os que não têm colaterização, a surgir em oferta no mercado este ano, ao mesmo tempo que as carteiras de malparado que são colaterizadas terão um valor agregado mais baixo. Este tipo de diversificação de oferta vai atrair um leque mais vasto de perfis de investidores, incluindo os que têm tickets de investimento mais baixo”, nota Francisco Virgolino. 

“Com a boa a dinâmica esperada do lado da oferta e a diversificação dos perfis de investidores ativos, não temos dúvida de que 2022 não só dará continuidade à tendência de recuperação das transações de NPL iniciada o ano passado, como reúne todas as condições para voltar a posicionar a atividade no ritmo pré-pandemia”, diz aquele responsável. 

Em 2021, a Prime Yield estima que tenham sido transacionadas carteiras de NPL em Portugal no valor de €3.000 a €3.500 milhões, triplicando a atividade residual de menos de €1.000 milhões registada em 2020, ano em que este mercado paralisou quase por completo devido à pandemia. 

Apesar não se antever escassez de carteiras de malparado para venda no mercado, o sistema financeiro nacional continuou a dar passos firmes na sua desalavancagem, reduzindo o montante de crédito malparado em quase 37% no último ano(*). No final de 2021, contabilizavam-se cerca de €7.700 milhões de NPL entre os bancos nacionais, menos €4.500 milhões do que os €12.200 milhões registados no final de 2021. As famílias detêm 32% do crédito malparado contabilizado, €2.500 milhões, dos quais cerca de metade alocado ao financiamento para compra de habitação, num total de €1.200 milhões. A maior parte do NPL continua a estar entre as empresas, que concentram 64% do total contabilizado, equivalente a €4.900 milhões. Entre as empresas, destacam-se as PMEs, as quais contabilizavam €3.200 milhões de malparado no final de 2021. Em qualquer um dos segmentos, a tendência foi também de forte redução do malparado face a 2020, com diminuições anuais de 31% no NPL entre as famílias e de 37% entre as empresas. 

O volume de malparado em Portugal corresponde atualmente a 3,5% do montante de crédito contabilizado no sistema financeiro nacional. Este indicador, denominado de rácio de NPL, tem vindo também a cair, recuando face ao rácio de 4,9% registado um ano antes. Não obstante, Portugal apresenta ainda o quinto rácio de NPL mais elevado da Europa e superando a média da União Europeia, que no final de 2021 se situava em 2,0%. 

Em termos de stock, contabilizavam-se €393.100 milhões em malparado na União Europeia no final de 2021, dos quais 2% concentrados no sistema financeiro português. Neste indicador, destaca-se Espanha, que agrega agora 21% do stock de NPL na Europa, apenas superada pela França. Além disso, ao passo que a vasta maioria dos países europeus continuou a reduzir o seu crédito malparado, Espanha tem vindo a aumentar o stock, passando de €69.700 milhões no final de 2020 para €82.400 milhões no final de 2021. O rácio de NPL em Espanha é de 3,0%.

As conclusões resultam do mais recente “Keep an Eye on the NPL&REO Markets”, produzido anualmente pela Prime Yield para dar a conhecer o potencial de transação de crédito malparado nos países onde a empresa está ativa com serviços a este setor de mercado. Além de Portugal, o estudo apresenta ainda uma visão sobre Espanha e a Grécia, bem como sobre o Brasil. Para cada um dos países, este estudo apresenta um balanço da atividade transacional de NPL em 2021 e as perspetivas para 2022, além de analisar o stock e rácio deste tipo de crédito no respetivo sistema financeiro, disponibilizando ainda um olhar sobre a economia e o mercado imobiliário. 

Tópicos
Bancos Destaque Notícia Homepage
Notícias mais lidas
Que documentação precisa para vender a sua casa? Dizemos-lhe
Setor da construção acorda nova tabela salarial para 2024
Tem uma casa que quer vender: o que deve ter em conta?
Eleições: conheça as propostas de cada partido para a habitação
Queres receber as últimas Super Notícias?
pixel pixel