App SUPERCASA - Descobre a tua nova casa
App SUPERCASA
Descobre a tua nova casa
Abrir
App SUPERCASA - Descobre a tua nova casa
App SUPERCASA
Descobre a tua nova casa
Abrir
Notícias do Mercado Imobiliário
Categorias
Imobiliário

Opinião: Será que desta vez, vamos ao que importa?

22 NOVEMBRO 2021
Tópicos
Governo IHRU Mão-de-obra na Construção Reabilitação Urbana Obras Públicas BCE
Quando o anterior artigo foi aqui publicado, permanecia a incerteza quanto à aprovação do Orçamento de Estado para 2022. A proposta do governo foi chumbada no parlamento e foram convocadas eleições legislativas antecipadas, para janeiro do próximo ano.
Opinião: Será que desta vez, vamos ao que importa?
Já sabíamos que em 2019 a despesa do Estado em percentagem do PIB havia aumentado 2,5% e que com os apoios extraordinários para combater os efeitos da pandemia em 2020, cresceu 5,9%. A Dívida Pública está em níveis elevados e por enquanto vamos beneficiando de taxas de juro zero que sabemos irem subir, ainda não sabemos é quando. Acrescem as subidas generalizadas de preços, as dificuldades nas cadeias de abastecimento, os riscos da inflação.

 Ainda sem Orçamento do Estado para 2022, estamos hoje perante um cenário em que pelo menos metade da riqueza produzida no País é absorvida pelo Estado, sem que se vislumbre uma melhoria dos serviços prestados. É a mão visível e omnipresente do Estado a funcionar, com os responsáveis pela crise política, a insistirem no reforço da mesma solução que fracassou. Mais serviços públicos, mais funcionários públicos, mais despesa pública, mais dívida pública, mais Estado. Para fazer face a esses aumentos, a carga fiscal apesar de todas as tentações, não é ilimitada. E o limite razoável, é que esta não comprometa a produção de riqueza, o investimento nacional privado, a captação de investimento estrangeiro. A falta de ambição e os preconceitos ideológicos dos decisores, governo e oposições, traduz-se no pífio crescimento económico que continua a verificar-se ano após ano.

Na construção, 2021 tem sido marcado pelo aumento constante das matérias-primas, dos custos logísticos, energia e combustíveis e pela escassez de mão-de-obra, mantendo-se os desfavoráveis custos de contexto; elevada carga fiscal, burocracia, morosidade no licenciamento, instabilidade legislativa e fiscal condicionadora do investimento.  Se nos próximos anos não se vislumbram alterações nos fatores que dependem da decisão política, tenhamos esperança que a conjuntura internacional possa evoluir favoravelmente, que o BCE – Banco Central Europeu vá mantendo as taxas de juro e que os recursos extraordinários disponibilizados pela Europa sejam aplicados em investimento que se traduza em crescimento económico e não sejam desviados para mais despesa corrente. O P.R.R. – Plano de Recuperação e Resiliência, irá trazer outros desafios ao sector. Maior absorção da escassa mão- de – obra pelas Obras Públicas, revisão de projetos e procedimentos tendo por objetivo a melhoria do desempenho energético dos novos edifícios, investimentos na transição energética do edificado. Cabe aos decisores nacionais, a criação de condições que tornem exequíveis as metas europeias de neutralidade carbónica. São conhecidos, o deficiente desempenho energético do edificado, as carências em produto imobiliário vocacionado para classe média, a escassa oferta habitacional no mercado de arrendamento acessível. Em 2018, o IHRU – Instituto Nacional da Habitação e Reabilitação, realizou um Levantamento Nacional das Necessidades de Realojamento Habitacional que assinalou 941 bairros ilegais e 11.999 barracas ou construções precárias. A posterior crise económica, consequência da pandemia, poderá ter aumentado o número de alojamentos clandestinos, um cenário inimaginável. 

Em 2021, o mercado imobiliário residencial continuou a resistir aos efeitos da pandemia. A maioria dos operadores antecipa que este será o melhor ano de sempre em valor e volume de transações imobiliárias. Apesar do confinamento nos dois primeiros meses que retraiu a procura internacional, os compradores nacionais com poder de compra e capacidade de endividamento, compensaram essa quebra. A manter-se a pressão da procura particularmente no segmento prime, os preços deverão manter-se. 

Vivemos tempos de grande incerteza. O recrudescimento da pandemia e dos seus negativos efeitos económicos, introduz mais imprevisibilidade. A instabilidade política traz responsabilidades acrescidas a todos intervenientes. Saibamos estar à altura. 

Fonte: Jorge Garcia
Tópicos
Governo IHRU Mão-de-obra na Construção Reabilitação Urbana Obras Públicas BCE
Notícias mais lidas
Que documentação precisa para vender a sua casa? Dizemos-lhe
Setor da construção acorda nova tabela salarial para 2024
Tem uma casa que quer vender: o que deve ter em conta?
Eleições: conheça as propostas de cada partido para a habitação
Queres receber as últimas Super Notícias?
pixel pixel