Portugal é o local ideal para explorar os conceitos bioclimáticos, dado que, em média, tem 300 dias de sol por ano. Saiba as regras e estratégias básicas a adoptar para construir a sua casa bioclimática em Portugal.
Regras básicas de uma casa bioclimática em Portugal
A arquitetura bioclimática é, principalmente, a integração e adaptação da construção ao ambiente circundante.
- Na fase de conceção, deve considerar, os parâmetros seguintes:
- Factores ambientais como o clima, a orientação, a exposição aos ventos dominantes (localização e disposição dos alojamentos)
- Maximizar os ganhos solares passivos
- Envidraçados orientados a Sul
- Evitar o sobreaquecimento no verão
- Instalando sobreamentos, persianas ajustáveis
- Aproveitando a vegetação do ambiente circundante (árvore de folha caduca)
- Dar preferência a volumetrias compactas
- Dar preferência máxima à iluminação natural
- Aprovisionar vãos em paredes oposta de modo a promover a ventilação cruzada
Arquitetura bioclimática: Conceito sustentável
Apesar de o termo ser recente, a arquitetura bioclimática não é um conceito novo. Desde a antiguidade que os edifícios são desenvolvidos considerando o clima e o ambiente locais.
Mais recentemente, antes do uso de combustíveis fósseis para aquecimento se tornar generalizada, era usado a energia solar para aquecimento no inverno. Os edifícios na área circundante eram usados como barreira protetora contra o calor excessivo no verão.
Orientação e organização de uma casa bioclimática
É preciso orientar a casa sobre o terreno de modo a possibilitar aproveitar ao máximo os ganhos solares no inverno e limitar os ganhos solares no verão.
Por esta razão, é aconselhável colocar os compartimentos menos usados a norte, como a casa de banho, garagem, lavandaria, zonas de circulação ou as escadas. Estes compartimentos funcionam como uma zona de amortecimento que diminui a perda de calor das paredes em contacto com essas áreas em até 30%.
Por outro lado, é vantajoso favorecer os espaços de estar a sudoeste (sala de estar e sala de jantar) e os quartos no este.
Deve ser também ponderado a conceção de barreiras solares. Estas podem consistir no sombreamento através de edifícios vizinhos ou vegetação que se valida como um obstáculo à radiação solar.
No verão, as coberturas, a vegetação de folha caduca e os sombreamentos que podem ser orientados para o sul e oeste fornecem uma barreira natural que limita os ganhos de calor.
A percentagem de janelas não deve exceder 20% da área de habitação e a sua distribuição pode ser a seguinte:
- 50% das janelas para o Sul
- 20-30% das janelas a Este
- 15% das janelas a Oeste
- 0-20% no Norte