Apesar de a tecnologia ter os seus próprios riscos de segurança, também pode auxiliar a proteger os bens. Siga as dicas para se proteger a si e à sua casa, do cibercrime.
No mundo real, não deixaria a porta de casa aberta ou o carro com as chaves na ignição. O mesmo acontece na internet, ou seja, é fundamental o cuidado a proteger os dados pessoais e financeiros.
Em Portugal, o relatório do Centro Nacional de Cibersegurança divulga uma tendência de aumento e crescente sofisticação dos ataques informáticos.
Neste sentido, siga as dicas para se proteger a si e à sua casa, do cibercrime:
#1. Investir em tecnologias de segurança
Apesar de a tecnologia ter os seus próprios riscos de segurança, também pode auxiliar a proteger os bens.
As câmaras com sensores de movimento podem afugentar possíveis intrusos. Algumas enviam até uma notificação e captura de imagem, sempre que são ativadas.
Uma campainha inteligente filma as visitas quando estas se aproximam da porta e possibilita falar com elas através do telemóvel, se não estiver em casa.
Outra possível maneira de proteção é uma fechadura inteligente, ativada por PIN ou voz, que bloqueia se alguém tentar entrar indevidamente.
#2. Proteger os dados
Utilizar palavras-passe fortes e difíceis de adivinhar. Não as repita em várias plataformas nem baseie a sua palavra-passe no seu nome ou nomes de familiares, nem no seu emprego.
Dê preferência ao uso de letras, números e carateres especiais para criar palavras-passe fortes e um gestor de palavras-passe gratuito para as armazenar. Se a autenticação forte estiver disponível no seu dispositivo, utilize-a
#3 Tapar a câmara
Os piratas informáticos podem usar malware para invadir o seu computador ou obter acesso à sua câmara. Isto possibilita vigiar todos os seus movimentos.
Para evitar este malware, não abra e-mails suspeitos nem descarregue ficheiros de origem desconhecida. Antes de clicar numa ligação, pergunte-se: é de origem legítima e estava a contar com ela?
Felizmente, não é necessário tecnologia de ponta para proteger a sua câmara: pode tapar, por exemplo, com fita isoladora. Retire-a apenas quando quiser utilizar a câmara.
#4 Ter cuidado com conversas
Os dispositivos ativados por voz são muito convenientes, no entanto, geram riscos de segurança.
Assim que se ativa, o seu assistente digital regista e grava comandos de voz. É uma boa prática mudar a sua "palavra de ativação" (a palavra que ativa o dispositivo) para uma que raramente utilizaria numa conversa normal.
De destacar também a verificação e apagar regularmente as gravações antigas. Pode fazê-lo através das aplicações do dispositivo.
#5 Fazer compras seguras
O aumento de compras online tem sido aproveitado pelos cibercriminosos. Ocorreram novas técnicas, como o ataque a páginas de processamento de pagamentos, para roubar dados de cartões de crédito, ou a tentativa de piratear sites que pertencem a empresas legítimas.
Para se proteger, deve fazer atualizações de software e evite fazer compras se estiver numa rede de Wi-Fi pública.
Atualmente, há sites falsos que levam as pessoas ao engano para conseguir os dados bancários, as empresas existem, mas o site está a ser controlado por piratas informáticos.
Opte por entrar manualmente no site ou através de motores de busca seguros.
#6 Procurar o "cadeado"
Compre apenas em sites com encriptação SSL (Secure Sockets Layer).
Nestes sites, o endereço começa por HTTPS (e não apenas HTTP) e há um ícone de um cadeado fechado, na barra de endereço ou na de estado, no fundo da página.
#7 Pensar antes de clicar
Os seus filtros de spam protegem contra e-mails de phishing, uma técnica de crime cibernético.
Afirmam, por exemplo, que acabou de ganhar um prémio fabuloso ou que a sua conta bancária está bloqueada e pedem-lhe para partilhar os seus dados bancários.
Contudo, existem ameaças que inevitavelmente escapam aos filtros. Assim, deve-se prestar atenção a e-mails que afirmam ser do seu banco.
Atenção aos erros de ortografia e gramática ou endereços suspeitos. Se o remetente também não usar o seu nome completo, esse e-mail pode ser fraudulento.
#8 Agir em antecipação
Confirmar as políticas do seu banco referentes à compensação por fraudes online. Se este não reembolsar as perdas, deve ponderar procurar outro banco que o execute.
Além disso, um seguro para a casa é sempre um acréscimo fundamental às habituais precauções.