O município vai aplicar um investimento que pode chegar aos 80 milhões de euros, com vista à construção e aquisição de mais habitação.
Fonte: Freepik
Autor: Redação
Depois de revista e aprovada,
Faro vai avançar com uma nova "Estratégia Local de Habitação do Município de Faro 2018-2030" (ELHF), num investimento direto que poderá chegar aos 80 milhões de euros. O objetivo, de acordo com a autarquia, destina-se à construção e aquisição de mais habitação para serem depois convertidas em
arrendamento acessível, num regime de subarrendamento, além de oferecer mais imóveis disponíveis a custos controlados.
Estando prevista a aplicação desta medida em zonas habitacionais dispersas, a solução passa por apoiar, sobretudo, famílias, jovens e indivíduos, para se fixarem no concelho e promover o crescimento populacional e o aumento do parque habitacional.
Em cima da mesa desde 2018, a proposta inicial definida pelo ELHF tinha previsto um investimento de cerca de 25 milhões de euros, evoluindo, depois, para um investimento direto bastante mais avultado, na ordem dos 80 milhões, e cuja alocação está prevista à construção para atribuição em regime de renda acessível de 211 fogos, aquisição de 150 imóveis, arrendamento para subarrendamento de 100 habitações, para o Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES) e para apartamentos partilhados. Outras medidas adicionais serão a construção de uma Casa Abrigo, para vítimas de violência doméstica, e mais habitação a custos controlados, com previsão de mais de 800 fogos.
"Carta Municipal de Habitação" em preparação
No seguimento destas iniciativas, que pretendem o combate à crise habitacional do município, está em desenvolvimento uma "Carta Municipal de Habitação", juntando-se ao conjunto de soluções que integram a reformulação da política municipal de habitação de Faro. Esta vai prestar ajuda às famílias residentes, cuja vulnerabilidade económica é cada vez maior, havendo assim o acompanhamento social pelos serviços do município. Além disto, pretende-se a mitigação de situações de segregação, com incentivos à integração, coesão e ordenamento territorial.
De acordo com a Câmara Municipal de Faro: "Os problemas da habitação só podem ser ultrapassados através de uma estreita articulação entre a autarquia, o Estado Central e os agentes locais e que, dada a dinâmica do setor e as condições únicas disponibilizadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência, no que respeita aos montantes e condições de financiamento, particularmente favoráveis, mas que implicam a apresentação de resultados até 2026, terá de haver um acompanhamento e avaliação constante e as revisões que considerem pertinentes".