Fonte: Freepik Autor: Redação A Autoridade Tributária (AT) esclareceu na passada sexta-feira, dia 5 de abril, que as rendas pagas em habitação social também estão contempladas nas deduções de IRS, desde que até ao limite de 586€ . Mais informou que, caso os valores não surjam de forma automática na declaração de rendimentos, o arrendatário deve introduzi-los no anexo H da declaração modelo 3. Os contratos de arrendamento de prédios urbanos pertencentes a autarquias locais, celebrados ao abrigo do regime de renda apoiada [...] subsumem-se ao regime jurídico consagrado pelo Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU), podendo, nestes termos, o valor de 30% da sua renda, ser objeto de dedução à coleta do IRS do respetivo arrendatário, até ao limite de 586 euros , indica a AT. Este esclarecimento foi passado depois de um pedido de informação lançado por uma inquilina acerca da possibilidade de proceder à inserção das rendas de habitação social no Portal efatura, para efeitos de dedução de despesas em sede de IRS . Desta forma, o valor a abater no imposto que diz respeito à despesa com rendas de habitação social é mais alto do que o montante dedutível com prestações fora do regime apoiado. Portanto, no sistema normal, arrendatários podem descontar 15% dos custos com rendas no imposto a pagar, até ao limite de 502€, enquanto as rendas de habitação social são dedutíveis até 586€, com desconto de 30%. Informe-se também sobre Nova taxa de 25% vai abranger todas as rendas recebidas em 2023 e Redução do IVA para habitação: APPII está contente com proposta
Fonte: Freepik Autor: Redação Os proprietários de imóveis que se destinem em exclusivo a arrendamento poderão beneficiar de um apoio para obras de conservação no interior, disponibilizado pela Câmara Municipal da Amadora. Designado PARAH ARRENDAR , este programa será disponibilizado em maio, depois de ter sido aprovado no final de fevereiro e publicado em Diário da República na passada segunda-feira. De acordo com Vítor Ferreira, vice-presidente da Câmara Municipal da Amadora, o objetivo é promover o mercado de arrendamento, uma vez que, fruto das políticas públicas de habitação e da nossa estratégia, achamos que devemos dar também aqui um apoio ao mercado de arrendamento e isto foi a melhor forma que encontrámos de colocar alguns fogos devolutos nesse mercado . A regulamentação do programa estipula elegíveis as obras de conservação no interior das casas que incluam intervenções nas telecomunicações, água, gás, esgotos ou em redes de eletricidade, ficando de fora as intervenções em instalações técnicas especiais, nomeadamente instalação de ar condicionado, aquecimento central ou aquisição de equipamentos elétricos ou de queima, tais como fogões, esquentadores, máquinas de lavar ou frigoríficos. Dependendo da tipologia do imóvel, variam também os valores máximos para os limites do apoio atribuído pelo município, que corresponde a 30% do valor total da intervenção, e o qual será pago em duas fases . Assim, 60% antes do início das obras e os restantes 40% no final de um contrato de arrendamento de 36% meses, explica o autarca. Os proprietários devem ter a licença de utilização do imóvel há pelo menos 15 anos para serem elegíveis ao programa, e as informações adicionais podem ser consultadas no site da Câmara Municipal da Amadora. Fique também a par: Baixa de Lisboa quer reabilitar imóveis municipais devolutos
Fonte: Freepik Autor: Redação O subsídio de apoio às rendas está a perder beneficiários, sendo que, alegadamente, vários senhorios estão a obrigar os seus inquilinos a celebrar novos contratos de arrendamento e, uma vez que este apoio extraordinário só contempla contratos de arrendamento celebrados até ao dia 15 de março de 2023, com a celebração de um novo contrato, é perdido o acesso ao subsídio. Assim, ainda que existam famílias a cumprir os requisitos de elegibilidade ao apoio, criado no âmbito do Mais Habitação em 2023, a celebração de um novo contrato anula a vigência do apoio, independentemente de continuarem ou não a residir na mesma casa. Só no segundo, terceiro e quarto trimestre de 2023, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), foram celebrados mais de 69 mil novos contratos de arrendamento habitacional em Portugal, contudo, são ainda desconhecidos quantos destes agregados eram elegíveis aos demais critérios do apoio. O apoio extraordinário à renda é atribuído de forma automática aos agregados que verifiquem uma taxa de esforço acima de 35% no pagamento das rendas habitacionais, com rendimentos até ao sexto escalão de IRS, com contratos celebrados até 15 de março do ano passado. Sobre Arrendamento, leia os seguintes temas: Mercado de arrendamento em Portugal regista crescimento de 4,5% , Nova taxa de 25% vai abranger todas as rendas recebidas em 2023
Fonte: Freepik Autor: Redação O Instituto Nacional de Estatística revelou na passada quinta-feira, dia 28 de março, dados sobre o mercado de arrendamento em Portugal, que cresceu 4,5% em 2023, face ao final de 2022. Só no final do ano passado, foram selados 23.637 novos contratos de arrendamento , apesar do crescimento de 11,6% das rendas no mesmo período. A variação homóloga foi, assim, superior àquela que se verificou no trimestre anterior, de 10,2%, a mais acentuada desde 2020. De acordo com o INE, a renda mediana dos novos contratos de arrendamento chegou aos 7,71 euros por metro quadrado no quarto trimestre de 2023, representando o valor mais alto dos últimos quatro anos, e um aumento de 11,6% face ao período homólogo, sendo a variação mais elevada desde o primeiro trimestre de 2020. Sobre o trimestre anterior, conforme indica o gabinete estatístico português, a renda mediana do quarto trimestre de 2023 aumentou 6,6%. Assim, ainda que mais famílias tenham fechado contratos de arrendamento apesar do aumento dos preços, a realidade não é uniforme em todo o país, sendo que, em 6 das 26 sub-regiões, houve quedas homólogas no número de novos contratos celebrados , com o caso mais gritante a verificar-se no Douro , com queda de -13,3%. Por outro lado, com crescimentos acima de 15%, destacaram-se o Oeste (22,8%) e o Baixo Alentejo (15,8%) , indica o INE. Já a Grande Lisboa e a Área Metropolitana do Porto, sem contrariarem a tendência, concentram 41,7% dos novos contratos celebrados. Quer saber mais sobre o Mercado Imobiliário e de Arrendamento em Portugal. Consulte: Nova taxa de 25% vai abranger todas as rendas recebidas em 2023 e Casas sobrelotadas: valor está no nível mais alto desde 2010
Fonte: Freepik Autor: Redação Conforme indicou a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), a taxa de IRS suportada pelos senhorios que não optem pelo englobamento dos rendimentos aquando da entrega da declaração de IRS passa a ser de 25% , e contempla todas as rendas de habitação que tenham sido recebidas ao longo de 2023, em contratos de arrendamento de duração inferior a cinco anos. A nova taxa de 25% prevista no n.º 2 do artigo 72º do Código do IRS vai aplicar-se à totalidade dos rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento habitacional auferidos em 2023, explica a AT. Prevista na lei do Mais Habitação, a taxa especial sobre as rendas habitacionais, antes de 28%, desce, assim, para os 25% e só exclui as rendas que antes já beneficiavam de uma taxa de IRS abaixo dos 25%, mantendo o regime fiscal mais favorável. Os rendimentos prediais decorrentes de contratos de arrendamento para habitação permanente com duração inferior a cinco anos que já beneficiassem de uma taxa de IRS inferior, mantêm essa taxa inferior até ao termo da duração do contrato ou até à sua renovação, dependendo do que ocorrer em primeiro lugar, conclui. Por outro lado, mantêm-se com a taxa de 28% os rendimentos de rendas não habitacionais, correspondendo ao escalão que dela resultar ao existir o englobamento de rendimentos. Continue a ler, sobre este tema: Senhorios que não tenham subido rendas vão ter desconto no IRS
Fonte: Freepik Autor: Redação Avançar com obras em casa requer, desde logo, um bom orçamento disponível e alguma paciência , sendo que pode ser um processo complexo e com alguma preocupação associada, uma vez que podem sempre aparecer imprevistos que o obriguem a gastar mais dinheiro. Contudo, não precisa de estar apreensivo, pois existem benefícios fiscais para certos imóveis que sejam alvo de reabilitação , e os quais lhe damos hoje a conhecer. Se está a ler este artigo porque está a vender a sua casa e gostava de a melhorar, de modo a subir o seu valor de venda e a atrair potenciais compradores , sugerimos a leitura do artigo 4 estratégias de valorização essenciais na venda de uma casa . E se está de facto a pensar avançar com obras ou remodelações, encontrará aqui toda a informação necessária acerca das despesas com que poderá contar, encargos e possíveis benefícios fiscais. Fique para conhecer! Qual é o primeiro passo antes da obra? Antes de contratar uma equipa ou empresa de construção, aconselhamo-lo a pedir diferentes orçamentos . Este é o passo número um no que toca a empreitadas, seja na sua casa ou em qualquer outro edifício que necessite de intervenções. Qualquer pessoa responsável pelo imóvel, deverá começar por pedir diferentes orçamentos, contactando diferentes profissionais, e pedir-lhes uma avaliação completa do caderno de encargos : quanto tempo vai demorar a obra, quanto lhe vai custar, que materiais serão necessários e qual é a exequibilidade da intervenção. Com base nos vários cenários, ao analisar os orçamentos propostos, ficará com uma perceção inicial de quanto dinheiro deverá ter disponível para as remodelações que quer executar na sua casa, preparando-se também para potenciais imprevistos e adquirindo conhecimento dos preços que se praticam no mercado, para uma melhor decisão sobre qual a empresa ideal para executar o trabalho. É importante que considere apenas orçamentos que já incluam o IVA, pois sem este imposto o valor será maior no final, podendo surpreendê-lo no momento do pagamento. Ao considerar o IVA, fica com uma noção real do valor final, podendo fazer ajustes aos materiais contemplados conforme o limite de que disponha no seu orçamento. Alguns pontos a reter: • Não deve aceitar um orçamento só porque sim , contudo, caso ultrapasse o prazo que determina o período em que as condições que lhe apresentaram são válidas, pode haver alterações e ajustes que não estavam contemplados. • Para formalizar a aceitação do serviço peça um acordo por escrito para salvaguardar os seus direitos – pode, neste caso, assinar o documento do orçamento, pedindo a assinatura da entidade que lhe vai fazer as obras, sendo que esta oficialização torna o documento num contrato. • Depois de tudo concluído – empreitada, pagamento – deve ser emitida uma fatura. Que taxas estão associadas às despesas com obras? É normal que as taxas variem conforme o tipo de bens ou serviços prestados, contudo, o Imposto sobre o Valor Acrescentado será um dos impostos que terá sempre contemplado, variando o seu valor. • No caso de um serviço de mão de obra , será aplicada a taxa de IVA a 6%; • Materiais de construção estão abrangidos por uma taxa de IVA normal, a 23% (da qual se excluem valor menores ou iguais a 20% do custo total da obra; • Para outros serviços complementares , nomeadamente limpezas, manutenção de espaços verdes ou outras manutenções, a taxa do IVA aplicável é de 23%. O mais provável é que na sua fatura apareçam diferentes taxas de IVA, sendo que os produtos e/ou serviços nesta situação devem ser identificados de forma separada. Atente que, na fatura , devem constar a identificação da empresa prestadora do serviço, a identificação do cliente , o detalhe sobre os bens e serviços faturados , as datas nas quais os bens e/ou serviços foram entregues e as datas em que foram efetuados os pagamentos, anteriores à realização das operações, caso a data não seja a mesma da emissão do documento fiscal. Conheça os benefícios fiscais associados à remodelação de um imóvel Provavelmente não sabia, mas a verdade é que à reabilitação de imóveis podem estar associados vários benefícios fiscais , nomeadamente através da redução ou isenção do IVA, IMI, IMT e IRS , aplicáveis, geralmente, a imóveis situados em Áreas de Reabilitação Urbana (ARU). A cada benefício, estão associados critérios que lhe passamos a explicar: IVA A taxa mais baixa do imposto, de 6%, pode ser aplicada, de acordo com o Código do IVA, a empreitadas em imóveis localizados em áreas classificadas como ARU e a empreitadas realizadas em imóveis afetos a habitação. IMI No caso do Imposto Municipal sobre Imóveis, a isenção pode durar até 3 anos, no caso em que o imóvel alvo de reabilitação tiver uma idade superior a 30 anos ou estiver localizado em ARU, ficando isento do pagamento do imposto. IMT Tal como acontece com o IMI, com o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis também poderá beneficiar de uma isenção , neste caso, se comprar um imóvel com mais de 30 anos ou que se localize numa ARU, desde que inicie obras de reabilitação no prazo de 3 anos a contar desde a compra e, no caso de o imóvel já estar reabilitado, destinar-se a habitação própria e permanente do proprietário, ou até arrendado para essa finalidade. No caso do IMI e do IMT, os benefícios estão ainda condicionadas pelos níveis do estado de conservação , que têm de apresentar melhorias , bem como uma avaliação positiva e bons requisitos de eficiência energética e de qualidade térmica. IRS No IRS, são alguns os benefícios associados, sendo que no caso dos encargos com a reabilitação dos imóveis pode haver um desconto do imposto que reduz até 30% das despesas, até ao limite de 500€ caso o imóvel esteja localizado numa ARU e for recuperado nos termos da estratégia de reabilitação – são deduções aplicáveis não só a obras para habitação própria e permanente, mas também a imóveis para arrendamento. Depois, além do desconto, pode deduzir as despesas pagas com obras de manutenção e reabilitação nos imóveis para arrendamento no Anexo F da declaração de IRS , a qual diz respeito a rendimentos prediais, desde que realizadas até 2 anos antes do início do contrato. Finalmente, associado ao IRS, pode obter benefícios gerados pelas mais-valias, desde que o imóvel tenha sido vendido depois das obras de reabilitação, se se localizar numa ARU e tenha uma taxa de tributação autónoma de 5% . Neste caso em concreto, a condição para receber este benefício é que as obras tenham deixado o imóvel num estado de conservação até, pelo menos, 2 níveis acima do que se verificava antes da intervenção, bem como um nível de conservação, no mínimo, Bom. Está pronto para avançar com a remodelação, agora que conhece todos os benefícios, encargos e impostos associados?
Fonte: Freepik Autor: Redação A Freguesia do Bonfim vai beneficiar de 48 novas habitações sociais, tendo a Câmara Municipal do Porto lançado, esta sexta-feira, 15 de março, um concurso público com preço base superior a 7,2 milhões de euros. O anúncio, publicado em Diário da República, pretende a construção de edifícios de habitação a preços controlados, tendo como destino o arrendamento apoiado , conforme esclarece a autarquia. Assim, os interessados poderão, até ao dia 22 de abril, apresentar as suas propostas, estando a obra prevista arrancar no final do primeiro semestre. Serão contemplados quatro edifícios pela empreitada, com o mesmo número de fogos, mas com diferentes tipologias, estando prevista a instalação de elevadores para os tornar totalmente acessíveis , numa obra que decorrerá nas Eirinhas , na freguesia do Bonfim. A construção de edifícios de habitação nas Eirinhas vem promover a renovação e transformação desta zona da cidade, aponta o município. Leia também: Viver na Mealhada: um local de bons convívios , Lisboa quer abrir candidaturas para cooperativas de habitação e Torres Vedras vai reforçar capacidade de resposta na habitação
Fonte: Freepik Autor: Redação Anunciada ao mesmo tempo que o travão às rendas aplicado em 2023, a compensação aos senhorios que não mexeram no valor das rendas em 2023 serve para mitigar os efeitos da subida da inflação registada até então , tratando-se, na prática, de um desconto sobre o valor de renda tributado em sede de IRS. Poderão beneficiar deste mecanismo de compensação os proprietários que, pela norma do travão às rendas implementado em 2023, limitaram a atualização dos valores a 2%. Trata-se de uma compensação automaticamente aplicada pela Autoridade Tributária (AT). No caso de uma renda mensal de 500€ num contrato de arrendamento pelo período de um ano, renovável, o senhorio podia ter aumentado para um máximo de 510€ em 2023, para em vez de pagar IRS sobre o valor de 6.120€, ser tributado em 5.569,20€. Contudo, aplica-se também aos senhorios que não mexeram nos valores da renda, sendo que neste exemplo, o IRS incidirá sobre 5.460€ em vez dos anteriores 6.000€. Estes exemplos contemplam valores brutos e não incluem despesas que existam a abater, como taxas autárquicas, encargos com o condomínio, impostos como o IMI ou gastos com obras na fração arrendada, ao que a fonte oficial da AT indica: os senhorios que em 2023 não fizeram qualquer aumento da renda beneficiam do coeficiente de apoio desde que cumpridas as demais condições . E acrescentam ainda: a aplicação deste coeficiente é efetuada pela AT de forma automática, tendo por base o declarado na modelo 3 de 2023, no anexo F, Quadrados 4.1, 4.2, 4.3 e 5 (consoante o tipo de contrato em causa), quanto ao facto de as rendas terem sido, ou não, atualizadas com um coeficiente igual ou inferior a 1,02 . Quais são as condições necessárias para beneficiar do regime de compensação? Conforme o que está estipulado, para beneficiar do mecanismo de compensação as rendas devidas em 2023 em causa têm de estar pagas e resultarem de contratos de arrendamento em vigor antes de 1 de janeiro de 2022 , devidamente comunicados à AT, e cuja atualização não tenha resultado num valor superior ao limite de 2% estipulado pelo Governo. Calculada pela AT, esta compensação deverá ser apurada aquando da entrega da declaração do IRS relativa aos rendimentos do ano passado, que tem início a 1 de abril e termina a 30 de junho . Leia também: IRS: saiba como deduzir as despesas de arrendamento , Teto salarial para acesso ao arrendamento acessível aumenta e Caução não é considerada rendimento tributável em fonte de IRS
Fonte: Freepik Autor: Redação Durante o ano de 2023, a atividade do setor imobiliário nacional foi, sobretudo, pautada por um clima desafiante , a par de uma estratégia “wait and see” por parte dos investidores. Assim, de acordo com o Real Estate Market Overview, elaborado pela Savills Portugal e enviado em comunicado ao SUPERCASA Notícias , descubra os principais indicadores do mercado imobiliário nacional referentes a 2023. Investimento No final de 2023, o investimento imobiliário português cifrou-se nos 1.6 mil milhões de euros, marcando uma queda de 50% em comparação com o ano anterior. Este cenário reflete a trajetória observada em todo o continente europeu, o qual registou uma diminuição acentuada nos volumes de investimento. Em 2023, com exceção dos segmentos de retalho e hospitality , todos os outros observaram quedas expressivas nos volumes de investimento em comparação com 2022. O investimento no setor de hospitality totalizou 571 milhões de euros, demonstrando um claro interesse e aposta dos investidores neste segmento. É importante referir que, pela primeira vez, o investimento em segmentos alternativos ultrapassou o volume de investimento observado nos segmentos estrela e mais tradicionais, destacando-se o investimento de mais de 100 milhões de euros em residências de estudantes localizadas em Lisboa e Porto. Em 2023, foram concluídas 79 transações de investimento, 54% das quais assinadas por investidores nacionais, representando 30% do volume total de investimento imobiliário. Segmentos Alternativos – PBSA (Purpose Built Student Acomodation) Este segmento tem sido um dos mais dinâmicos do imobiliário. O ano de 2023 registou um aumento de 3% no número de alunos em relação ao ano anterior, demonstrando que, apesar de um contexto económico incerto, as famílias continuam a priorizar o acesso ao ensino superior, com a procura por alojamento estudantil a manter uma trajetória crescente. No entanto, a realidade do segmento de PBSA em Portugal tem sido marcada por uma escassez oferta de alojamento para estudantes , que constitui um dos grandes desafios do governo, universidades, famílias e alunos. A atual oferta das cidades de Lisboa e Porto regista apenas 3.800 camas, servindo apenas 2% do número total de alunos inscritos no ensino superior em Portugal. Atualmente, estão presentes em Portugal 23 operadores, cuja oferta perfaz um total aproximado de 9.600 camas. Escritórios No final de 2023, o mercado de escritórios em Lisboa registou um volume de absorção de 112.474 m 2 , assinalando um decréscimo de 59% face a 2022 , uma tendência consistente com outros mercados europeus. O ano terminou com 152 transações. A renda prime encerrou o ano nos 28€/m 2 /mês, indicando um aumento de 8% em relação a 2022. Este aumento sublinha a resiliência de todos os fundamentos do mercado. Além disso, a renda média para a zona Prime CBD fechou em 23,81 €/m 2 /mês, refletindo um aumento de 9% em relação a 2022. Por outro lado, o mercado de escritórios do Porto, por sua vez, apresentou um volume total de absorção de 50.048m 2 , refletindo um decréscimo de 14% face a 2022. Apesar disso, a cidade Invicta manteve um nível de atividade resiliente, registando 64 transações. Olhando para o futuro, a cidade do Porto prevê um pipeline substancial para os próximos dois anos, abrangendo cerca de 90.000 m 2 . Entre os projetos mais emblemáticos previstos estão o Matadouro, o VIVA Offices e a Mutual. Indústria & Logística Em 2023, o mercado industrial e logístico português demonstrou uma atividade robusta, totalizando um take-up de aproximadamente 430.000m 2 , com as operações logísticas a representarem 300.000 m 2 deste valor. No entanto, após dois anos de volumes de ocupação históricos, 2023 registou um decréscimo de -16%. Na Grande Lisboa, 70% da Área Bruta Locável (ABL) ocupada em 2023 foi dedicada à logística, com 85% deste espaço a exceder os 5.000 m 2 e a ser utilizado por operadores de distribuição e logística. Entretanto, na região Norte & Porto, o volume total de absorção atingiu 125.111m 2 , registando um aumento de 4% face a 2022, com as operações logísticas a constituírem 65% do volume total de transações fechadas. Com um stock logístico de cerca de 3,3 milhões de m 2 na Grande Lisboa, a procura de ativos prime está a tornar-se cada vez mais competitiva, especialmente no que diz respeito aos padrões ESG & Sustentabilidade. Retalho 2023 revelou-se um ano de resiliência e adaptação para o mercado nacional de retalho em Portugal. Apesar de enfrentar ventos contrários macroeconómicos que impactaram o consumo privado, o segmento de retalho ultrapassou os desafios com abordagens inovadoras. Num contexto de incerteza económica e de alteração de comportamentos dos consumidores, o índice de volume de negócios no setor registou uma contração de 0,8% ao longo de 2023, após um crescimento de 4,7% no ano anterior. As famílias portuguesas, que apresentam uma maior propensão para a poupança, contribuíram para a diminuição do volume de vendas, refletindo um a abordagem cautelosa num contexto de pressão económica. No entanto, houve espaço para que diversos setores retalhistas prosperassem, com foi o caso da distribuição alimentar e os conceitos de retalho não alimentar de baixo custo, que surgiram como os segmentos mais resilientes, registando crescimento e desafiando as recessões do mercado. Além disso, a procura pelo retalho de proximidade continuou em trajetória ascendente, realçando a preferência dos consumidores pela conveniência e acessibilidade. Em particular , o comércio de rua registou uma atividade significativa, impulsionada pelo crescimento do setor do turismo. Em cidades como Lisboa e Porto, observou-se um aumento de novas lojas de rua, com uma presença notável de marcas que atendem a diversos setores, como restauração, moda e estilo de vida. Residencial O mercado residencial nacional tem enfrentado desafios significativos devido ao aumento dos custos de construção, com impacto direto no valor dos imóveis para os clientes. O desafio predominante continua a ser o custo da mão de obra, em grande parte atribuído à sua escassez. No final de dezembro de 2023, os custos de construção tinham aumentado 1,8% em termos anuais. A venda de casas em Portugal Continental, em particular na Grande Lisboa, no Grande Porto e no Algarve, registou decréscimos de aproximadamente 17%, 24% e 25%, respetivamente. O cenário económico cauteloso também teve impacto no número de habitações licenciadas na Grande Lisboa, registando uma quebra significativa de 33,6% face ao ano anterior. Por outro lado, o Grande Porto terminou 2023 com resultados positivos, exibindo um aumento de 14% em relação a 2022. O novo Simplex Urbanístico promete dar resposta a estas questões e simplificar os processos de licenciamento, no entanto, estes efeitos ainda não se sentem no mercado. No que diz respeito ao mercado de arrendamento, Lisboa e Porto registaram aumentos de preços e diminuições no número de contratos assinados, impulsionados pelo aumento do custo da habitação. No final de 2023, os preços médios de arrendamento atingiram um pico em Lisboa e no Porto, atingindo 19,9 €/m2 e 16,3 €/m2, respetivamente, refletindo aumentos de 22,8% e 25,4%, respetivamente. Acompanhe no SUPERCASA Notícias todos os temas de relevância para o mercado imobiliário
Fonte: Freepik Autor: Redação A freguesia de Lordelo do Ouro, freguesia do concelho do Porto, vai contar com um novo projeto urbanístico que visa a construção de 291 novos fogos para arrendamento acessível , depois da Assembleia Municipal do Porto ter aprovado a desafetação de uma parcela do terreno municipal onde terá lugar a empreitada. Com uma área superior a 45 mil metros , este projeto conta com um investimento superior a 64 milhões de euros , tendo o processo de loteamento sido submetido no início de dezembro a consulta pública. De acordo com a informação tornada pública pelo município, a desafetação de parcela do terreno municipal vai permitir a reestruturação da malha urbana e a consolidação da relação entre o edificado e o espaço público existente , sendo que existem várias carências verificadas na cidade ao nível habitacional. Leia depois: Coimbra quer atrair mais investimento tecnológico , Construção contribuiu para atenuar efeitos da inflação
Fonte: Freepik Autor: Redação Todos os partidos buscam atingir os mesmos objetivos: aumentar a oferta e tornar os preços de compra e arrendamento mais acessíveis . No entanto, é a abordagem para alcançar esses objetivos que os distingue. As principais diferenças residem entre os espectros de esquerda e direita, com os partidos de esquerda a destacar a estratégia de crescimento económico baseada no turismo, alojamento local, vistos gold e a aplicação do IRS mínimo para residentes como causas da crise habitacional. Por outro lado, os partidos de direita atribuem aos processos de construção a responsabilidade pelas dificuldades e burocracias , argumentando que um mercado livre seria a melhor opção tanto para inquilinos como para proprietários. Aqui, poderá conhecer algumas das principais propostas de cada partido para a habitação. Partido Socialista Aliança Democrática Chega Iniciativa Liberal Bloco de Esquerda Coligação Democrática Unitária Livre Pessoas – Animais – Natureza Partido Socialista (PS) Aquisição de casa própria: • Garantia pública ao financiamento bancário para créditos habitação de indivíduos até 40 anos sem imóveis em seu nome; • Possibilidade de manter a casa como habitação permanente mediante pagamento de uma renda ao estado em caso de incumprimento no pagamento do crédito habitação. Habitação para os jovens: • Aumento da despesa dedutível com arrendamento em sede de IRS em 50 euros por ano, até atingir os 800 euros; • Revisão da fórmula de cálculo para atualização de rendas, incluindo a evolução dos salários nos critérios de atualização em anos com inflação superior a 2%. Para a construção: • Assegurar a integração de soluções a custos controlados no licenciamento de novos projetos; • Fomentar um programa de aquisição por parte do Estado de casas hipotecadas à banca, com garantia de arrendamento vitalício aos proprietários ou integração dessas habitações em programas de arrendamento acessível. Aliança Democrática (PSD, CDS e PPM) Para resolver a crise na habitação, as propostas da AD (PSD, CDS e PPM) passam essencialmente pelo: • Aumento da oferta habitacional; • Redução de impostos e burocracias; • Injeção dos imóveis públicos no mercado. Habitação para os jovens: • Libertar as faixas etárias mais novas do imposto de selo e do IMT na compra da primeira casa; • Garantia pública para viabilizar o financiamento bancário da totalidade do preço da mesma. Para a construção: • Aplicação de IVA à taxa mínima de 6% em obras de construção e reabilitação; • Criação de parcerias público-privadas para construir e reabilitar habitações em larga escala. Um dos grandes pontos da campanha da AD passa também pela revogação de medidas implementadas pelo anterior governo, como o congelamento das rendas, o arrendamento forçado e as medidas penalizadoras do Alojamento Local. Chega Nos impostos, o Chega propõe: • Revogar o AIMI; • Abolir o IMT e IMI quando se trata de habitação própria permanente. Habitação para os jovens: • Na compra da primeira casa, o partido propõe restabelecer o Crédito Jovem Bonificado com linhas de crédito específicas; • Taxas de juro bonificadas para os empréstimos concedidos a jovens até aos 35 anos. Para a construção: • Disponibilizar terrenos adequados à construção habitacional; • Incentivar a construção de habitação acessível utilizando terrenos públicos com concessão de 90 anos. Iniciativa Liberal (IL) As propostas da Iniciativa Liberal passam por eliminar o congelamento de rendas, aumentar o número de terrenos disponíveis para habitações, incentivar a construção e eliminar quaisquer formas de arrendamento forçado. Habitação para os jovens: • Redução do IVA da construção dos atuais 23% para a taxa mínima de 6% para edificado novo; • Eliminação do IMT na compra de habitação própria permanente. Para a construção: • Criação de um regime de incentivo à nova construção para arrendamento ( built-to-rent ); • Aumento do número de terrenos disponíveis para construção e maximização da utilização desses terrenos através da construção em altura. Bloco de Esquerda (BE) Para o Bloco de Esquerda, começar a resolver a crise na habitação passa por três tópicos: controlar as rendas, baixar os juros e aumentar a oferta. Para controlar as rendas: • Estabelecer tetos máximos para as rendas, considerando variáveis como área do imóvel, qualidade do alojamento, certificação energética, localização e tipologia; • Limitar a atualização legal das rendas com base na evolução do poder de compra. Para os créditos habitação: • Utilizar a posição da Caixa Geral de Depósitos para implementar uma política de juros baixos no mercado do crédito habitação; • Incentivar a redução do custo dos empréstimos à habitação própria e permanente. Para a habitação acessível: • Reservar parte das novas construções para habitação acessível; • Apoiar a construção pública de novos alojamentos destinados ao arrendamento a custos acessíveis. Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) Para o CDU uma das medidas mais urgentes passa pelo alargamento da oferta pública de habitação: • Através da mobilização do património do Estado para fins habitacionais e um investimento na construção de habitação pública; • Apoio ao movimento cooperativo, setor social e mutualista para construção de habitações de qualidade a custos controlados, destinadas ao regime de renda apoiada ou condicionada, incluindo casos de recuperação, construção e reabilitação. No caso da habitação acessível e para estudantes: • Criação de um programa de residências universitárias com construção a custos controlados e acesso gratuito para alojamento estudantil; • Reconfiguração do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) como organismo público central promotor de habitação pública e dinamizador das políticas de construção e reabilitação urbana. Para o arrendamento o partido comunista propõe: • Revogação da lei dos despejos e criação de um regime especial de proteção dos inquilinos para limitar o aumento das rendas e os despejos; • Alteração do regime de renda apoiada para garantir que a renda não exceda uma taxa de esforço de 15% do rendimento líquido do agregado e que as alterações de rendimento se reflitam automaticamente no valor da renda. Livre Uma das bandeiras para o Livre é alcançar 10% de habitação pública, para minimizar a falta de oferta no mercado de arrendamento, alocando verbas do Orçamento de Estado para o contínuo investimento na construção, reabilitação e conservação, de modo a atingir, a longo prazo, 600 mil fogos . O Livre acredita que a habitação pública não deve se restringir à habitação social, mas sim ser expandida a fogos que integram outros programas, exigindo um levantamento rigoroso do número de habitações do parque público. Para quem quer comprar a sua primeira casa, o partido propõe: • Um financiamento até 30% do valor de mercado do imóvel para quem compra a sua primeira casa, sob a forma de um empréstimo de capital próprio para ajudar no valor de entrada e despesas, com a garantia de fiador como contrapartida; • Para ser elegível para o programa, o custo da habitação não pode ultrapassar o valor médio por metro quadrado aferido pelo INE para o município de localização do imóvel, e a tipologia da habitação deve corresponder à constituição do agregado familiar. Relativamente ao alojamento acessível e para estudantes: • Aumentar o número de vagas em residências universitárias e o apoio social ao alojamento de estudantes deslocados, através da criação de residências universitárias em património subutilizado do Estado; • Criar um balcão da habitação que funcione como uma rede nacional única de atendimento especializado, presencial e por plataforma digital, para tratar de todos os aspetos relacionados com o acesso à habitação; No campo do arrendamento: • Incluir o arrendamento de quarto, numa habitação de tipologia adequada à quantidade de pessoas que partilham a casa, no programa Porta 65, direcionado para uma única pessoa independentemente da idade; • Estabelecer limites máximos no valor de renda, durante pelo menos cinco anos, nos imóveis habitacionais de proprietários que recebem financiamento de programas promovidos pelo Estado. Pessoas – Animais – Natureza (PAN) Na pasta dos arrendamentos, o PAN propõe: • Reduzir significativamente o IRS dos senhorios que promovam rendas acessíveis; • Atualizar os preços das rendas abaixo dos valores da inflação. Para os jovens: • Converter imóveis públicos devolutos em habitação para jovens, nomeadamente para estudantes, com rendas enquadradas no valor das residências universitárias. Propõe-se que possam residir ali durante um ano após o fim dos seus estudos; • Aprovar um regime de concessão de crédito bonificado para jovens dos 18 aos 35 anos no crédito habitação e assegurar uma redução de despesas adicionais na compra de casa própria. O PAN prevê ainda: • Criar um regime de não-discriminação no acesso ao arrendamento por famílias com animais de companhia; • Rever os instrumentos de gestão territorial para incluir e prever uma eventual limitação e suspensão de autorizações em alguns casos e zonas do país no alojamento local. Acompanhe também: Onde vivem os políticos candidatos às legislativas? Descubra
Fonte: Freepik Autor: Redação As despesas com rendas de habitação pagas durante o ano de 2023 podem ser deduzidas no IRS deste ano. Para tal, é crucial garantir que todos os recibos de renda estão devidamente registados no e-Fatura . Caso os recibos eletrónicos não estejam visíveis no Portal das Finanças, não há motivo para preocupação, já que muitos deles só ficaram disponíveis até dia 15 de março. No e-Fatura, pode não ser imediatamente visível a informação dos recibos eletrónicos de renda nos mosaicos relacionados com deduções provisórias em IRS ou despesas dedutíveis em IRS. A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) explica que ao passar o cursor sobre o mosaico Habitação e Imóveis, pode aparecer a mensagem Ainda não incluídos os recibos de renda eletrónicos. A falta de informação sobre os recibos eletrónicos de renda emitidos pelo senhorio no e-Fatura não deve alarmar os contribuintes , uma vez que a informação será disponibilizada pelo Portal das Finanças até 15 de março do ano seguinte à emissão dos documentos , como esclarece a AT. Esta informação é crucial para inquilinos ou para aqueles que viveram em habitações arrendadas durante o ano passado. As rendas de casa são dedutíveis no IRS até um máximo de 502 euros, podendo influenciar significativamente o montante a pagar ou a receber no reembolso de impostos. É importante observar que com o Orçamento de Estado para 2024, o limite da dedução das rendas em IRS aumentará dos atuais 502 euros para 600 euros , o que será aplicado no IRS a ser entregue em 2025. Acompanhe estes e outros temas em SUPERCASA Notícias
Fonte: Pexels Autor: Redação Estão a surgir novas formas de habitação influenciadas por mudanças socioeconómicas à escala global, que fazem nascer tendências, novas alternativas à casa tradicional e modos de vida nómada que exigem diferentes burocracias para a questão da morada. A tecnologia e a evolução da industrialização na construção está a empurrar muitas pessoas para soluções mais económicas de habitação, como casas pré-fabricadas, casas modulares ou até autocaravanas. Diferenças entre domicílio fiscal e morada fiscal, quais são? O domicílio fiscal contempla questões de procedimento e processos, que implicam, por exemplo, a cobrança de impostos para corrigir ou entregar declarações, ou ser chamado à execução, entre outras situações. A residência fiscal, por outro lado, é a informação que aufere se um contribuinte tem ou não uma conexão forte o suficiente para ser tributado em território nacional , sendo que, grosso modo, esta se traduz no facto de o contribuinte dispor de uma habitação própria e permanente, na qual pernoita, recebe os seus amigos e família, faz as suas refeições, passa o seu tempo livre – basicamente, vive –, tratando-se de um imóvel próprio ou arrendado. O domicílio fiscal é apurado de acordo com o Artigo 19.º da Lei Geral Tributária baseando-se no local de residência habitual . Este pode coincidir, na maioria das vezes, com a habitação própria e permanente do contribuinte. O domicílio fiscal pode aplicar-se a autocaravanas ou casas pré-fabricadas? Para ser considerada uma residência habitual, o domicílio fiscal deve pressupor um grau de permanência geográfica. Assim, alguém que viva numa autocaravana, que à partida estará em constantes deslocações, não é aplicável a domicílio fiscal, pelo que é inviável determinar a sua localização concreta para a atribuição de procedimentos ou processos. Por outro lado, uma autocaravana afeta com carácter de permanência, se assim estiver registada, mantendo-se assente ou fixa no mesmo local por um período de mais de um ano, pode ser considerada domicílio fiscal , ainda que estejam abrangidas pequenas alterações sobre o local onde se situa. Ou seja, uma autocaravana com esta afetação pode fazer pequenas transferências para locais da área circundante. O mesmo é aplicável às casas pré-fabricadas ou modulares, que podem ser consideradas permanentes e fixas, apesar não serem, literalmente, habitações fixas ao solo. Para este efeito, são consideradas prédios , sem qualquer dúvida de que podem ser um domicílio fiscal. Que procedimentos deve ter para constituir domicílio fiscal e casas pré-fabricadas? Para constituir domicílio fiscal neste tipo de habitação, estas têm que estar devidamente licenciadas pela Câmara Municipal, nos mesmos trâmites em que são constituídos os processos de licenciamento exigidos para a construção de habitações convencionais. De acordo com o Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, mais concretamente o artigo 2.º sobre o conceito de “edificações”, uma casa é legível a domicílio fiscal se for uma habitação destinada a habitação ou utilização permanente, ou, por exemplo, através da instalação de um restaurante, bar ou loja aberta ao público, para os quais é exigido um processo de licenciamento, ainda que não seja de carácter obrigatório que a habitação possua características de permanência e inamovibilidade do solo. Conseguiu perceber as diferenças? Sobre Habitação, outros temas que lhe podem interessar: Cancelar a hipoteca: tudo o que precisa de saber , Manutenção preventiva: entenda a importância deste conceito ou O que é a Área Bruta Privativa?
Fonte: Freepik Autor: Redação Está a aproximar-se do objetivo final: formalizar o negócio da venda da sua casa . Nesta fase, a primeira coisa a fazer é ter em ordem todos os documentos necessários , nomeadamente escrituras, certificado energético, licenças de construção ou qualquer outra papelada relevante. Ao organizar estes papéis, ainda antes da formalização do negócio e da assinatura do contrato-promessa compra e venda, estará a poupar tempo para quando chegar a verdadeira altura de avançar com o negócio. Esta proatividade deve partir de si, independentemente de estar ou não a ser acompanhado por uma agência imobiliária, contudo, o mais certo é que, enquanto decorrem os processos de divulgação e visitas ao imóvel, a agência que o acompanha lhe peça para começar a reunir esta documentação fundamental. Mas vamos por partes. Tem um interessado no seu imóvel? Dizemos-lhe o que deve fazer a partir daqui! Discuta o valor de venda da casa Vai ter de começar a entrar em negociações assim que alguém manifestar interesse na casa que está a vender. À partida, e se tiver seguido todos os passos que lhe explicámos em artigos anteriores, nomeadamente a Avaliação do imóvel na venda: como e porquê? , já deverá ter definido um valor final para a venda , contudo, e porque muitos são os compradores que gostam de regatear, este pode ser um valor mutável . Ainda assim, não deve baixar ou aumentar o preço só porque sim . Em negociações deve ter sempre definido um objetivo mínimo razoável sobre o qual não deve baixar, fazendo a negociação em função desse mesmo valor. Depois de acertado o valor, certifique-se de que tem todos os documentos de que lhe vamos falar abaixo, para, finalmente, poder avançar com a formalização do negócio. Que documentos deve ter na sua posse para poder avançar com a venda Se não é conhecedor das burocracias associadas à venda de uma casa ou sabe pouco acerca do mercado imobiliário e de como funcionam estes trâmites, só precisa de saber que, para conseguir avançar com a venda, deve ter na sua posse uma série de documentação importante, exigida por lei durante o processo de venda, para formalizar a venda, nomeadamente: • Certidão predial permanente atualizada • Caderneta predial urbana • Licença de utilização • Ficha técnica do imóvel • Certificado energético • Distrate do imóvel • Plantas do imóvel • Escritura de compra e venda • Cartão de cidadão Explicamos-lhe do que trata cada um destes documentos. Certidão predial permanente atualizada Pode obter este documento na Conservatória do Registo Predial, sendo que este é um documento que lhe permite, basicamente, consultar todo o historial do imóvel – com informação acerca da construção, sucessões hereditárias ou possíveis penhoras associadas. Caderneta predial urbana Neste documento, terá acesso a todas as informações do imóvel do ponto de vista fiscal , nomeadamente o titular do imóvel e respetivo valor patrimonial tributário, bem como a sua localização e características. Este vai ser um dos documentos mais importantes para a formalização do negócio, através do contrato-promessa compra e venda. Através da caderneta predial urbana poderá calcular o Imposto Municipal sobre o Imóvel (IMI) e o Imposto sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), sendo fundamental estar atualizado. Licença de utilização O objetivo deste documento é comprovar que o imóvel foi previamente inspecionado e que está em total conformidade com a obra realizada , projetos aprovados por autoridades competentes e com as normas legais e em vigor , bem como comprovar a idoneidade do edifício ou fração autónoma para o fim pretendido. Ficha técnica do imóvel Esta ficha técnica dar-lhe-á a informação sobre as características técnicas e funcionais de um prédio urbano com fins habitacionais , depois de concluídas as obras de construção ou reconstrução, e pode ser pedida no Laboratório Nacional de Engenharia Civil e na Direção-Geral do Consumidor, sendo que o requisito para a sua obtenção é que os prédios tenham sido edificados ou submetidos a obras de ampliação, construção ou reconstrução depois do dia 30 de março de 2004. Certificado Energético Este é um documento onde encontra não só a avaliação da eficiência energética do imóvel, numa escala de “muito pouco eficiente” (F) a “muito eficiente” (A+), bem como informação sobre características do imóvel, tais como isolamentos, tipos de ventilação, climatização e produção de águas quentes sanitárias, e o seu efeito no consumo de energia. Além disso, reúne medidas de melhoria que sugerem formas para baixar o consumo energético e a indicação dos benefícios fiscais e tipos de financiamentos disponíveis. Distrate do imóvel Só precisa de apresentar este documento caso exista um crédito habitação associado ao imóvel , o qual é apresentado no momento da escritura pública na transmissão do imóvel, uma vez que comprova a extinção da hipoteca associada à casa que está a transacionar. É um documento emitido pelo banco. Plantas do imóvel Estes desenhos do imóvel descrevem a sua constituição, a nível de divisões, espaços disponíveis e outros elementos que podem ajudar à venda do imóvel, pois apresentarão uma visão completa da casa e das suas áreas . Deve ter este documento na sua posse, uma vez que o mesmo pode ser solicitado pelo banco ao comprador do imóvel aquando do pedido de empréstimo habitação, ou pelo próprio cliente comprador , aquando da tomada de decisão. Escritura de compra e venda Este documento é obrigatório para poder avançar com a venda de um imóvel , uma vez que verifica as condições da transação anterior. Depois de reunidos estes documentos, passará à fase crucial do processo de vender a casa, e que se trata da formalização do negócio. Sobre esse assunto, poderá ficar a conhecer tudo no próximo artigo do SUPERCASA Notícias !
Fonte: Freepik Autor: Redação Se tem um crédito habitação é importante estar a par de como funcionam as hipotecas e tudo o que envolve esta garantia ao banco, que poderá ser cancelada em três situações distintas. Através da hipoteca, assegura o pagamento do crédito habitação que tem com o seu banco ou instituição financeira, mesmo se incorrer em incumprimento, visto que o bem hipotecado serve de garantia para pagar a dívida. Mas explicamos-lhe tudo em maior detalhe. O que é uma hipoteca? Quando compra uma casa com recurso a crédito habitação, poderá fazer uma hipoteca para garantir que o dinheiro que o banco lhe emprestou será pago. Ou seja, trata-se de uma garantia . A sua capacidade financeira é avaliada neste momento, de forma a perceber se será capaz de pagar, ou não, o empréstimo que pretende contrair . Assim, a hipoteca serve para minimizar o risco de incumprimento, que é geralmente o imóvel a adquirir. Contudo, pode ser hipotecada, também, o imóvel de uma terceira pessoa , existindo bancos que aceitam a hipoteca da casa de familiares do mutuário do empréstimo. Em suma, a hipoteca é o garante do financiamento para a compra de um bem imóvel, que permite aos compradores o pagamento do valor do imóvel durante um período de vários anos. Em que situações pode a hipoteca ser cancelada? Os cenários que podem implicar o cancelamento da hipoteca são na venda de um imóvel registado com hipoteca, no pagamento da dívida do crédito habitação ou numa situação de expurgação da hipoteca. Descubra cada uma destas situações. Quando vende uma casa com hipoteca Ao comprar uma casa com recurso ao financiamento do banco, por meio de um crédito habitação , poderá ver-se a par, no futuro, com a venda desse mesmo imóvel . Nesta situação, em que vende o imóvel que está a pagar o banco, pode efetivamente cancelar a hipoteca. Nesta situação, só o poderá fazer se o dinheiro adquirido com a venda do imóvel for suficiente para pagar o empréstimo contraído, devendo solicitar, para esse efeito, o cancelamento da hipoteca e proceder ao registo da venda da casa para o novo comprador. Quando paga a dívida do crédito habitação Quando consegue liquidar a dívida do empréstimo habitação, pode pedir o cancelamento da hipoteca, pois se pagou a sua dívida, já não precisa de apresentar qualquer garantia. Depois de eliminar a hipoteca, deverá proceder ao cancelamento do seu registo numa Conservatória do Registo Predial e, depois de ter o seu empréstimo hipotecário totalmente pago, o banco envia-lhe um documento que confirma o cancelamento desta garantia . Nesta situação, fica com as suas obrigações do contrato totalmente cumpridas. O documento que o banco lhe vai enviar designa-se distrate de hipoteca . Quando expurga a hipoteca do imóvel que comprou Pode acontecer comprar uma casa com hipoteca, sendo possível cancelá-la depois da aquisição . A lei diz que o novo proprietário da casa hipotecada pode proceder a este cancelamento, contudo, apenas através de um processo judicial. Assim, caso tenha comprado um imóvel recentemente, e o mesmo esteja hipotecado, depois de registada a compra não será o responsável pelo pagamento da hipoteca anterior. Nesta situação, deve informar os credores do procedimento, pagar completamente todas as dívidas associadas à hipoteca ou chegar a acordo de pagamento com os credores, o qual pode envolver o pagamento de uma quantia igual ao valor da compra do imóvel. Depois destes procedimentos, tem de pedir um processo legal junto do tribunal, comprovando que tudo decorreu de forma correta. Ficou esclarecido acerca deste tema? Acompanhe o SUPERCASA Notícias para mais temas como este e, caso ainda lhe restem dúvidas acerca de como pode vender a sua casa, aconselhamos a ler Formalizar a venda de um imóvel: quais são as burocracias
Fonte: Freepik Autor: Redação O mercado imobiliário é um segmento muito específico que exige não só um grande nível de preparação teórica, como um compromisso para com as mudanças do setor, que está em constante evolução . Os desafios são vários e diferentes de caso para caso, mas existem premissas que nunca mudam e que deverá ter em conta se procura ser um profissional bem-sucedido e com grandes taxas de sucesso. É normal existir confusão, medo e inexperiência, e por isso mesmo, o SUPERCASA traz-lhe este artigo para o ajudar a crescer no mercado e a conseguir melhores e maiores concretizações . Descubra quais são os cinco erros a evitar e faça crescer a sua carreira! 1. Falta-lhe um plano de negócios Este é o erro crasso de muitos profissionais que entram no mercado sem experiência e/ou conhecimento. Não ter um plano de negócios vai atrasá-lo e afastá-lo dos seus objetivos, levando-o por um de dois cenários: ou estará completamente perdido e sem saber o que fazer, recorrendo ao improviso e a uma maior taxa de erro, ou será visto como um profissional amador, incompetente e sem conhecimentos que lhe permitam criar notoriedade no mercado. O plano de negócios é o passo zero quando entra no mercado como agente imobiliário, quer a título individual, quer vá trabalhar para uma agência ou abra o seu próprio negócio. Em qualquer uma destas situações , para conseguir fazer crescer a sua reputação e aumentar a sua rede de contactos, é importante que defina a sua estratégia para se conseguir destacar. Uma das formas mais eficazes para conseguir este plano de negócios é através de diretrizes sólidas e que elevem a sua reputação para outro patamar. Falamos, concretamente, de um plano de marketing , nomeadamente através da comunicação dos seus serviços, de uma estratégia para a captação de leads e de meios para concretizar os seus objetivos financeiros. Tudo isto, facilmente, conseguirá obter com recurso a plataformas de gestão imobiliária que lhe proporcionem uma integração completa e de última geração às várias vertentes do seu negócio. Assim, deve procurar serviços que o ajudem neste plano de negócios, como o CRM de Gestão Imobiliária eGO Real Estate , o mais completo, mais inovador e mais utilizado em Portugal. Com este CRM, consegue desde logo definir um público-alvo para atrair leads qualificadas e optar por uma estratégia de marketing digital ao dividi-lo por interesse. Desta forma, vai comunicar apenas a informação relevante para esse público. Descubra como pode fazer tudo isto aqui . 2. Não está totalmente familiarizado com o mercado local É possível que, caso se esteja a iniciar no mercado, ainda não se sinta totalmente à vontade com o mercado local, com a sua área de atuação ou com as particularidades da zona e segmento em que vai trabalhar. Esta é uma desvantagem que deve trabalhar para melhorar, investindo tempo em conhecer tudo o que envolva a sua área. Para conseguir este conhecimento aprofundado, a sugestão é que utilize plataformas de metasearch que lhe permitam realizar análises comparativas de mercado, relatórios de angariação, listagens com todos os imóveis disponíveis na zona em que atua e alertas de novos imóveis que entrem no mercado. Consegue tudo isto, facilmente, através do Infocasa , a maior base de dados a nível nacional. Através do Infocasa vai conseguir uma visão mais alargada do mercado e ficar a conhecê-lo mais profundamente, informando-se acerca de tendências e nichos. Desta forma, prestará um serviço mais completo e personalizado aos seus clientes, mostrando-lhes exatamente aquilo que eles querem ver. Conheça o Infocasa aqui e descubra em que outras situações ele o pode ajudar! 3. Não utiliza as redes sociais na sua totalidade As redes sociais são das plataformas mais fortes atualmente e, ao não estar a utilizá-las na sua totalidade, está a perder várias oportunidades de negócio. Qualquer comprador que esteja à procura de casa está sujeito às redes sociais, pelo que , investir numa divulgação por este meio, poderá significar uma visibilidade dos seus anúncios muito mais alargada e completa. Para conseguir esta utilização eficiente, recomendamos-lhe que invista no eGO Real Estate , o CRM do qual já aqui falámos e que o pode ajudar nas várias vertentes do negócio. No que respeita às redes sociais, a particularidade do eGO é que poderá receber as leads provenientes deste meio no seu CRM, otimizando a gestão dos anúncios e concretizando uma estratégia eficaz. O utilizador do eGO pode, assim, ativar a integração de leads da sua página de Facebook ou Instagram, fazendo o acesso e gestão diretamente no CRM. Peça uma demonstração de como tudo isto funciona aqui . 4. Não está a fazer formações contínuas Um dos pontos essenciais para uma boa progressão da sua carreira e negócio é a formação contínua e especializada , quer acerca de produtos que o possam ajudar na gestão, divulgação, angariação e prospeção imobiliária, quer acerca do mercado e das suas tendências. Tal como já mencionámos, o mercado imobiliário é um segmento em constante evolução, sendo importante que se mantenha atualizado e a par com as tendências, quer para conseguir estar preparado para qualquer situação que se lhe surja, quer para que se destaque da concorrência. Sabia que o CRM eGO Real Estate dá formações contínuas sobre diversos temas relacionados com o mercado imobiliário? É uma excelente oportunidade para participar nestes eventos, que se realizam quer presencialmente, quer online, seja ou não cliente do eGO. Se tem interesse nos webinars, descubra as várias datas aqui . Para formações e workshops, consulte o calendário para os próximos meses no link que lhe disponibilizamos. 5. Não está a acompanhar de perto os seus clientes Uma má comunicação pode ser o início do fim de muitas relações e negócios , sobretudo no mercado imobiliário, em que é comum haver uma concorrência feroz. Assim, ao não investir no acompanhamento junto dos seus clientes, poderá estar a cometer um erro fulcral. O sucesso de um bom profissional imobiliário é sustentado por uma boa rede de contactos e relações de confiança, sendo para isso imprescindível ter do seu lado uma plataforma que lhe permita organizar a informação sobre os seus clientes e, ainda, permitir-lhe um relacionamento estreito e personalizado com eles. Através do CRM eGO Real Estate consegue, por exemplo, organizar roteiros de visita em que expõe as marcações das visitas aos imóveis, estabelecendo um elo de ligação entre você, o agente, o potencial cliente e o proprietário. Fará tudo isto através das Oportunidades do eGO , e em poucos cliques, de forma muito simples: faz a marcação da visita, cria a ficha de visita, solicita as assinaturas digitais e partilha tudo isto com o proprietário. Desta forma, cria confiança com o seu cliente, apresentando-lhe toda a informação necessária, e aumenta a sua notoriedade junto do mesmo. Gostava de experimentar esta funcionalidade? Clique aqui . Leia também: Conheça a nova ACM personalizável do Infocasa , Experiências exclusivas para dinamizar vendas: 3 ideias e 5 Pontos-chave para abrir o seu negócio