A redução da carga fiscal para aliviar famílias e jovens até aos 35 anos já havia sido discutida pelo Governo liderado por Luís Montenegro, que anunciou, no passado mês de abril, a medida que contempla a redução do IRS Jovem para uma taxa máxima de 15%, da qual é excluída o último escalão, em prol do "elevado esforço fiscal" que é sentido pelos portugueses, e que "impede a criação de riqueza, atração de investimento, geração de emprego e melhores salários".
Segundo a tutela, "sem melhores salários não será possível reter os nossos mais qualificados", e por isso, de forma a promover esta valorização salarial, será aprovada esta quinta-feira, 23 de maio, em Conselho de Ministros, a medida que fixa a taxa máxima do IRS Jovem nos 15% para os jovens até aos 35 anos, o que significa, de acordo com as declarações do Governo, que "os nossos jovens irão pagar menos 2/3 de IRS face à sua situação atual".
A medida, contudo, só deverá entrar em vigor no próximo ano, inserida num pacote que abrange várias medidas para os jovens, nomeadamente a isenção do IMT e Imposto de Selo na compra da primeira casa, ou a
garantia pública que ajudará no financiamento desta aquisição.
Joaquim Miranda Sarmento, Ministro das Finanças, assinalou na semana passada que a medida terá um custo de cerca de "mil milhões de euros", sendo que a atual tem um custo de 200 milhões e, conforme o ministro, uma vez que a medida custa 1,2 mil milhões de euros, "o impacto líquido é de mil milhões".
A proposta contempla que a atualização do IRS Jovem seja aplicada "de forma duradoura e estrutural, o que implica uma redução de 2/3 nas taxas atualmente aplicáveis, com uma taxa máxima de apenas 15%, dirigindo esta medida a todos os jovens até aos 35 anos, com exceção do último escalão de rendimentos", ou seja, do 8.º escalão.